Olivais ganha a sua primeira Taça
 
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Olivais ganha a sua primeira Taça

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Desta vez as previsões bateram certo. O Olivais confirmou na Arena de Évora, funcional e acolhedor recinto que a autarquia eborense colocou à disposição da FPB para a realização da Final Four da Taça de Portugal feminina, a razão da superioridade manifestada ao longo da época.
 
Em Outubro conquistou em Nelas a Supertaça, precisamente ante o seu adversário desta tarde. No fim-de-semana passado terminou a fase regular da Liga Feminina na primeira posição, com apenas dois desaires (frente ao CAB Madeira). Hoje bateu o Vagos, detentor do troféu, na final por 73-63.
 
Diga-se desde já com toda a justiça. Embora a pressão estivesse na nossa opinião do lado das campeãs nacionais, por vários motivos aliado à circunstância de nas sete vezes anteriores em que foram finalistas nunca tinham saboreado a vitória, o certo é que as comandadas de José Araújo conseguiram ultrapasssar também esse estigma... e deste modo levaram o caneco para Coimbra. Custou mas à oitava foi de vez.
 
Todavia o triunfo do Olivais não foi fácil. Quem assistiu à excelente primeira parte das olivanenses (18-43), mercê de um jogo colectivo quase perfeito em que tudo saía bem (65% nos duplos, 57% nos triplos e 100% nos lances livres), aliado à supremacia nas tabelas (9-23 ressaltos), não estaria à espera da reacção do Vagos. Detentor do troféu, conquistado há um ano em Coimbra, frente ao Algés, a equipa vaguense, com o orgulho ferido, encheu-se de brios e encetou espectacular recuperação no regresso do balneário. Do prejuízo de 25 pontos as pupilas de Nuno Ferreira reduziram-no para 7 apenas (43-50), à custa de muita entreajuda, querer e ambição. O parcial de 25-7 alcançado no terceiro quarto revela a transfiguração operada. Melhorou na defesa, melhorou nos ressaltos, melhorou nas percentagens, que haviam sido fraquíssimas nos primeiros vinte minutos (15% nos duplos, 29% nos triplos e 57% nos lances livres), em comparação com as do seu opositor. A 4ª falta de Aja Parham (minuto 26, aos 30-47), obrigando José Araújo a resguardá-la no banco, até ao final do 3º período, obviamente também ajudou à redução da diferença pontual, mas não tiremos mérito ao Vagos. O espírito de conquista das jogadoras vaguenses não abrandou e nos derradeiros dez minutos a emoção atingiu o rubro porque o Vagos esteve primeiro a 3 pontos (53-56, no minuto 34), depois a 4 (55-59), no mesmo minuto e por último a 5 (62-67, no minuto 39), quando a brasileira Clarissa dos Santos, MVP da partida com 35,0 de valorização, que subiu imenso de rendimento na segunda metade (8+16 pontos) e (5+11 ressaltos), apareceu mais uma vez a impor a sua capacidade física na área pintada. A partir daí a estratégia de Nuno Ferreira foi parar o cronómetro, fazendo faltas rápidas, na tentativa de recuperar. Mas as jogadoras do Olivais das cinco vezes em que foram à linha de lance livre, no minuto 40, fizeram 6/10, enquanto as contrárias só lograram uma situação análoga (1/2).
 
A vitória das campeãs nacionais assentou no colectivismo, com uma exibição de luxo nos primeiros vinte minutos.Todavia não podemos deixar de destacar três nomes: Ambrosia Anderson (26 pontos, dos quais 22 na 1ª parte, 14 ressaltos sendo 4 ofensivos, duas assistências e 5 faltas provocadas, estando irrepreensível nos lances livres, ao conseguir 9/9), totalizando 32,5 de valorização, a jovem base (ainda Sub-18) Michelle Brandão (18 pontos, 2/2 nos duplos, 4/5 nos triplos, 4 ressaltos, 2 roubos, uma assistência e 6 faltas provocadas) e Aja Parham (17 pontos, 8 ressaltos sendo 2 ofensivos, 3 assistências, 1 desarme de lançamento e 8 faltas provocadas, com 8/11 nos lances livres). A poste Ana Sofia Santos (9 pontos, 2 ressaltos, 4 assistências e 1 roubo) e Ana Fonseca (3 pontos de lance livre, 5 ressaltos, duas assistências e 1 roubo), completaram o cinco inicial, mas não foram tão determinantes como as anteriormente referidas.
 
Em termos de indicadores, a superioridade do Olivais esteve nos duplos (27%-50%), nos triplos (41%-43%), nos lances livres (64%-77%) e nas tabelas (28-34 ressaltos). Ao invés o Vagos esteve melhor nos turnovers (13-20), nas assistências (13-12) e nos roubos (8-4).
 
Por seu turno as mais valiosas no Vagos, que vendeu cara a derrota, batendo-se com muita galhardia, foram a poste Clarissa dos Santos (24 pontos, 16 ressaltos sendo 6 ofensivos, 3 assistências, 2 roubos, 1 desarme de lançamento e 7 faltas provocadas, com 8/10 nos lances livres), a grande distância da extremo/poste Ana Teixeira (12 pontos, 2/3 nos triplos, 5 ressaltos sendo 3 ofensivos, uma assistência e 1 roubo) e da base Carla Nascimento (9 pontos, 2/5 nos triplos, 4 ressaltos, duas assistências, 1 roubo e duas faltas provocadas com 3/4 nos lances livres).
 
Ficha do jogo
 
Vagos (63) - Carla Nascimento (9), Raquel Soares (2), Fernanda Beling (8), Ana Teixeira (12) e Clarissa dos Santos (24); Paula Seabra (4) e Ana Nunes (4)
 
Olivais (73) - Michelle Brandão (18), Ana Fonseca (3), Aja Parham (17), Ambrosia Anderson (26) e Ana Sofia Santos (9); Ana Catarina Rodrigues e Sónia Guilherme
 
Por períodos: 8-23, 10-20, 25-7, 20-23.
 
Árbitros: Carlos Santos e Ana Miramon
 
Arquivo: Liga Feminina
 
 

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