O Dream Team
 
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O Dream Team

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altQualquer semelhança com outra equipa é pura coincidência!

Tudo começou a 11.000 kms de distância

Seul, 28 de Setembro de 1988. Meia-final do torneio olímpico. Kurtinaitis penetra na passada e, com o tempo a esgotar-se, sela o resultado final da vitória da União Soviética sobre os Estados Unidos, 82-76. O domínio das selecções americanas compostas exclusivamente por jogadores universitários amadores terminava e, pela primeira vez (se descontarmos a muito polémica final de 1972, ainda hoje declarada viciada pelos americanos), uma selecção americana era derrotada, de forma legítima, em campo.

Um ano depois, a FIBA aprova a alteração da regra que impedia os jogadores profissionais americanos de participar nos Jogos Olímpicos. Foi considerada uma regra injusta e discriminatória (uma vez que os profissionais do resto do mundo podiam fazê-lo) e a sua alteração vista como benéfica para o basquetebol de todo o mundo: competir contra os melhores faria os outros países progredir.

Os Estados Unidos, apostados em recuperar o domínio do basquetebol mundial e vingar a derrota de 88, não fizeram por menos e para os Jogos Olímpicos de 1992 em Barcelona, não só recorreram aos profissionais da NBA, como juntaram os melhores dos melhores de uma geração de ouro. Uma selecção para a História. Uma equipa de sonho.

Um sonho tornado realidade

alt

Michael Jordan, Magic Johnson, Larry Bird, Charles Barkley, Patrick Ewing, Karl Malone, John Stockton, Clyde Drexler, Scottie Pippen, David Robinson, Chris Mullin e... Christian Laettner. Três dos melhores de sempre, onze All-Stars, dez jogadores da lista dos 50 melhores de sempre, 22 anéis de campeão entre eles. Nem nos melhores sonhos os fãs imaginaram uma equipa assim.

Mas o Dream Team não começou sem a sua polémica. Uma ausência saltava à vista quando saíram os nomes dos 10 primeiros seleccionados: Isiah Thomas. O base dos Pistons tinha incontestavelmente o talento e o currículo para fazer parte desta equipa, mas o seu comportamento e as inimizades que coleccionou deixaram-no aparentemente de fora. Correram rumores que Michael Jordan e outros jogadores recusaram jogar na mesma equipa que ele e, quando as duas vagas que restavam foram ocupadas por John Stockton e Christian Laettner, a conspiração contra Thomas pareceu real.

altLaettner é um nome que parece destoar nesta selecção. Mas a última vaga estava reservada a um jogador universitário e os seleccionadores estavam indecisos entre a estrela de Duke e um jovem jogador da Louisiana State University, Shaquille O’Neal. E embora se questione hoje como não escolheram O’Neal (teria sido perfeito, não é?), Laettner era, naquela altura o melhor jogador universitário do país, com quatro presenças consecutivas na Final Four da NCAA, três finais e dois títulos.

O homem designado para transformar este grupo numa equipa e guiá-los até ao ouro foi Chuck Daly, o treinador que tinha levado os Bad Boys de Detroit a dois campeonatos consecutivos, em 89 e 90.

Atenção, mundo, aí vem o Dream Team

altNunca nenhuma selecção tinha criado tanto entusiasmo, nem recebido tanta atenção mediática. Para Daly, “era como juntar o Elvis e os Beatles. Viajar com o Dream Team era como viajar com doze estrelas de rock.” O mundo inteiro queria vê-los. E eles responderam da melhor maneira. Espalharam classe e talento, venceram todos os jogos, por uma média de 44 pontos de diferença e ganharam facilmente a medalha de ouro. O jogo mais equilibrado foi o da final, onde venceram a Croácia por 32 pontos (117-85).

Mas isso foi o menos importante. A medalha estava destinada para eles desde que os seus nomes foram anunciados. Ninguém lhes poderia vencer. O mais importante foi a marca que a sua passagem por Barcelona deixou. Não foram apenas uma equipa, foram embaixadores. Os melhores embaixadores que o basquetebol podia pedir. O mundo teve uma amostra do basquetebol jogado ao seu mais alto nível. Foi a melhor promoção possível para a modalidade, responsável por uma explosão de popularidade do basquetebol em todo o mundo.

altE o objectivo de Desan Stankovic (o dirigente da FIBA que propôs a abertura da competição internacional aos jogadores da NBA) concretizou-se: os adversários podem ter perdido os jogos. Sabiam que iam perder. Mas estavam encantados e motivados por partilhar o campo com aquelas lendas. E o nível do basquetebol no mundo está a subir desde aí.

Como Daly resumiu, “eles sabem que estão a jogar contra os melhores do mundo. Vão para casa e para o resto das suas vidas vão poder dizer aos seus filhos ‘Eu joguei contra o Michael Jordan e o Magic Johnson e o Larry Bird.’ E quanto mais jogarem contra os melhores jogadores mais confiantes ficarão. (...) E virá um dia que eles vão competir connosco de igual para igual. E vão olhar para trás e pensar que o Dream Team foi um marco nesse caminho.”

E nós vamos poder dizer aos nossos filhos: “Eu vi o Dream Team jogar. Eu assisti a isso.” Que sonho.

 

 
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