A consistência tem sido a imagem de marca dos Grizzlies nos últimos anos, no entanto a equipa nunca conseguiu dar o salto qualitativo para sonhar com algo mais.

Quatro presenças consecutivas nos playoffs (2010/11 a 2013/14), sendo que numa dessas temporadas, os Grizzlies avançaram até à final da conferência Oeste são bem elucidativas do bom trabalho que vem sendo desenvolvido em Memphis nos anos mais recentes. Contudo, a época passada não foi fácil, já que depois do mau começo de prova, que ficou intimamente ligado à lesão de Marc Gasol, os Grizzlies viram-se na cauda da classificação do Oeste, e só com o decorrer da temporada conseguiram subir várias posições para terminar no 7º lugar da conferência. Apesar da desvantagem do fator casa nos playoffs, os Grizzlies causaram enormes problemas aos Thunder que só garantiram a passagem à segunda ronda ao fim de sete jogos. O objetivo para este ano passa por assegurar novamente a presença nos playoffs, mas de resto a situação não deverá mudar muito até porque comparativamente com a época passada, poucas foram também as alterações no plantel dos Grizzlies. Mike Miller (Heat) e James Johnson (Raptors) são as ausências mais notadas, mas para o seu lugar chegaram Vince Carter e Earl Clark, que deverão manter alguma qualidade na rotação do conjunto. Mike Conley no exterior e Zach Randolph e Marc Gasol nas áreas próximas do cesto voltarão a ser as grandes referências da equipa, com Beno Udrih, Nick Calathes, Courtney Lee, Tony Allen, Tayshawn Prince, Quicy Pondexter e Kosta Koufos a assegurarem alguma profundidade de opções à disposição de David Joerger.

A figura: Marc Gasol

Consistente em ambos os lados do campo, Gasol é a imagem da equipa e um dos líderes a par de Conley e Randolph. A sua ausência por lesão no início do ano passado foi a prova evidente da sua importância na manobra do conjunto, que melhorou a olhos vistos assim que o poste espanhol regressou à competição. Forte fisicamente, mas capaz de se afastar do cesto para lançar com eficácia de meia-distância, Gasol é um jogador eficiente, muito competente e altruísta que é capaz de chamar a si as atenções para libertar a bola no momento certo para um colega em melhor posição. Os seus números são bons mas não tão exuberantes quanto os de outras figuras da competição, mas tal deve-se sobretudo ao seu espirito coletivo de envolvimento dos seus colegas no jogo da equipa.

O treinador: David Joerger

Um dos mais jovens treinadores da competição, Joerger desenvolveu grande parte do seu trabalho em ligas menores, como a CBA ou a D-League, antes de dar o salto para a NBA. Começou como adjunto nos Memphis Grizzlies em 2007 e na última temporada assumiu o cargo de treinador principal. Apesar do mau começo, os Grizzlies encarrilaram a partir da mudança do ano civil, o que valeu a Joerger a distinção de treinador do mês da conferência Oeste nos meses de Janeiro e Abril. A boa ponta final da época permitiu aos Grizzlies o apuramento para os playoffs e garantiu ao seu treinador a extensão do seu contrato por mais três anos.

Cinco inicial

• Mike Conley
• Courtney Lee
• Tony Allen
• Zach Randolph
• Marc Gasol

O joker: Zach Randolph

O poderoso extremo-poste dos Grizzlies é indubitavelmente aquele que maior diferença pode fazer na equipa em virtude do seu enorme talento. Caso esteja com a cabeça no lugar, Zandolph consegue competir ao nível da elite da prova, como o provou nos playoffs de 2011, onde obteve números estrondosos (26.2 PPJ e 10.8 RPJ). Mas apesar de momentos extraordinários e de ter conseguido estabilizar o seu jogo ganhando um novo sentido coletivo desde que chegou a Memphis, tem faltado a Randolph alguma consistência para se manter ao nível All-Star.