Elogio à capacidade de elogiar
 
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Elogio à capacidade de elogiar

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Elogiar“Dois pescadores estão a apanhar caranguejos, há um que os mete no balde e os tapa e outro que deixa o balde destapado. Por curiosidade o pescador que tapa os seus caranguejos

pergunta ao outro porque não os tapas. A resposta vem célere. Estes caranguejos são portugueses, quando um sobe os outros tratam de o puxar para baixo.”

Gosto muito de observar comportamentos das pessoas nas iniciativas em que me envolvo. São sempre um enorme campo de reflexão. Na senda das comemorações dos 50 anos de minibásquete, e fruto das informações, que me vão chegando afirmei no meu último artigo, que gostamos muito de elogiar quem já não está vivo ou no activo, mas de uma maneira geral temos muitas dificuldades em assumir o elogio e o reconhecimento de quem está no terreno.

Na realidade tenho verificado que temos uma cultura de receio, pruridos e hesitações sempre que se trata de reconhecer ou elogiar alguém do presente. No entanto para criticarmos e dizermos mal, muitas vezes pela calada, somos muito lestos.

Para exemplificar o que estou a dizer, vou dar um exemplo do dia-a-dia. Se formos a uma repartição pública e formos bem atendidos, de uma forma delicada e diligente, no final não fazemos nenhum elogio. A nossa atitude é, não fez mais que a sua obrigação. Se por outro lado formos recebidos de uma forma pouco expedita ou educada, resmungamos, mas raramente assumimos de uma forma educada e frontal a crítica, mas quando estamos fora do local dizemos cobras e lagartos do funcionário ou funcionária que nos atendeu. Para além da facilidade com que dizemos mal, o mais curioso no meio disto tudo, é a pressão social que existe para não reconhecermos ou elogiarmos quem executa bem as suas tarefas e o seu trabalho.

Exemplificando se eu for bem atendido numa repartição e no final elogiar a forma como fui tratado, logo há, de surgir alguém quem pense, para estares para aí a elogiar deves querer alguma coisa, ou, é para nos atender bem que eles são pagos, estão lá para isso, não tens nada que elogiar.

Regressando às comemorações dos 50 anos de MB, e ao desafio que foi feito às Associações, para indicarem nomes para serem reconhecidos neste evento. que me levou a estas considerações. Senti que houve situações muito curiosas, desde, quem de uma forma directa ou indirecta se auto elogiou, a quem não se dignou a elogiar ninguém, até quem felizmente teve a preocupação de estimular e motivar pessoas desconhecidas do grande público que estão no terreno.

É provável que alguns dos que foram escolhidos venham a ser alvo de reparos, mas espero que todos os que foram reconhecidos, não se deixem levar pela história dos caranguejos, e continuem no terreno a dar o seu melhor. Com todos os riscos, que o elogio e o reconhecimento público implica, para termos um minibásquete e um basquetebol melhor está na hora de termos a capacidade de reconhecer motivar e elogiar quem merece. O futuro do minibásquete merece este reconhecimento e esta celebração.

 

Comentários 

 
+1 #2 Humberto Gomes 16-12-2014 13:10
Porque solicitei mais um "timeout",uma sugestão: vamos ler o recente livro do "monstro"-porque carinhosamente, mestre !-Prof. Teotónio Lima: "De Jogador a Treinador"!!!
Provaremos, assim, ao San Payo que, afinal, porque refletimos bem não tivémos assim tantas difuldades em "assumir o elogio e o reconhecimento de quem está no terreno".
Apenas para aguçar o apetite: no lançamento da obra, apresentação de Olímpio Coelho; introdução do Comité Olémpico de Portugal; prefácio de Eliseu Beja; testemunhos de Jorge Araújo,Vicente Costa, Manuel Campos, José Curado e Hermínio Barreto.
Para "medir a tensão", diz Eliseu Beja: "o convite para prefaciar a presente obra de Teotónio Lima constitui um desafio tão difícil de aceitar quanto de recusar".
Como contributo para justificar o desafio, ter presente outro mestre - porque sábio ! -, prof. Manuel Sérgio . "Hoje, conhecimento e informação com eficácia, é teoria que a prática confirma a sua utilidade"
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+1 #1 Humberto Gomes 16-12-2014 12:02
Meu querido amigo SanPayo,
Mesmo em tempo de quadra natalícia, em que se apela à tolerância; tempo mais propício à solidariedade ou, mais do que isso, à generosidade, deixa-me felicitar-te por te expores e trazer a debate e à reflexão um tema tão delicado - face às nossas susceptibilidad es culturais...-, quanto decisivo para se caminhar com a ideia e o objectivo claro do "sigam-me" e não do "vão por ali"...
Por ser tempo de generosidade, recordar que
:"Num mundo que se faz deserto, temos de encontrar um amigo", de Saint Exupéry e que. "Um amigo nunca desaparece, encontra sempre um pretexto para estar presente", de Anadrina Tokezú.
E quando os amigos são competentes; que me desculpem os que ficaram no "banco", mas obrigado Rui Nazário (!), "o futuro do minibasquete merece este reconhecimento e esta celebração".
Que não te doam os dedos, amigo e competente San Payo.
Um Santo e Feliz Natal para todos.
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