Ainda e sempre as zonas - P1
 
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Ainda e sempre as zonas - P1

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Defesa ZonaAinda e sempre as defesas zona. Questão velha, muito velha, suscetível de criar controvérsia, com opinião divergentes, numa classe - a dos treinadores - e numa modalidade,

pela qual todos devemos pugnar para que continue a ser considerada como um dos mais completos desportos de equipa.

No recente artigo do companheiro João Ribeiro: "Novamente as defesas zona", em que muito apreciámos a riqueza do seu conteúdo e as reflexões no mesmo suscitadas, dava-nos conta, em 1ª mão, de que na próxima Festa do Basquetebol apenas será possível utilizar a defesa HxH em ambos os escalões sub-14 e sub-16.

Pretende-se, com a obrigatoriedade da defesa HxH que sejam respeitados os princípios básicos desta defesa, considerando-se qualquer tipo de defesa que os viole como uma defesa zonal, salvaguardando-se as defesas que utilizam o 2x1, com rotações para repor os princípios do HxH são permitidas.

Situemo-nos na definição do que se entende por defesa zonal: Defesa de uma equipa, na qual cada defensor é responsável por defender uma área do campo e qualquer atacante que esteja nessa área.

A prioridade das zonas é proteger a área próxima do cesto, "convidando" o ataque a lançar "de fora".

Estamos em crer que o objetivo da introdução desta regra (recordemos que a mesma já se aplicava no escalão de sub-14) não será penalizar a defesa HxH mal executada, mas sim o desrespeito pelos seus princípios básicos, pelo que, nos casos em que haja dúvidas sobre se tais princípios estão, ou não, a ser respeitados, deve ser dado o benefício da dúvida à defesa.

Quando, a finalizar o referido artigo, João Ribeiro nos interroga: "Vale a pena pensar nisto”? Naturalmente que sim, razão pela qual vamos a "jogo"- alguns companheiros até já o comentaram, casos do Diogo Almeida Santos, Carlos Bio e João Lima.

E vamos a "jogo" centrando a nossa análise, precisamente até ao escalão de sub-16, sobre a utilização das defesas zona, tendo como ponto de partida, "desembrulhando" a questão, velha questão, desta forma:

Através das competências adquiridas, dos conhecimentos que temos do jogo, das experiências vividas, da responsabilidade que nos cabe face ao caminho a percorrer para uma melhor evolução dos praticantes, o ensino e treino da defesa, correspondendo às exigências competitivas, tem a ver com as defesas zona?

Até que ponto é permitido, é lícito, o recurso a defesas zona (e outras mascaradas de "mistas") com o propósito evidente de ganhar jogos?

E esse ganhar de jogos, resulta de uma efetiva dinâmica e mérito defensivo ou de uma clara incapacidade e demérito do ataque?

Quando assim se procede, tem-se a verdadeira noção e consciência de que ganhar jogos, assim, não significa ganhar melhores defensores /jogadores, que sempre deverão constituir o foco principal da nossa atenção?

Quando se utiliza essa "arma" - prá frente zona é que é o caminho, já foram suficientemente trabalhados todos os conteúdos da técnica e da tática, individual e coletiva, em termos defensivos?

Já nos estamos a inclinar, a tomar posição, sobre qual o melhor caminho a percorrer, já se terão apercebido disso. Já alguém dizia que as questões não se devem medir pelo resultado das respostas, mas antes pelo que as perguntas suscitam!

Estamos plenamente convictos de que, relativamente ao ensino do jogo - e da defesa - e da sua natural evolução, indispensável se torna uma relação individual ataque-defesa: estabelecendo, diagnosticando, desenvolvendo, corrigindo e otimizando procedimentos e práticas, em função do estádio de desenvolvimento dos praticantes e daquilo que a competição requere e exige, escalão a escalão, do estilo "step by step", sem queimar etapas e respeitando compromissos para com o jogo e, sobretudo, para com a evolução dos jovens praticantes.

Pensamos ser esse o caminho que melhor serve os interesses do praticante e do modelo que, subsequentemente, será o mais indicado.

Para melhor sustentar a nossa tese, rebuscámos com muito cuidado e aqui está, o importante contributo de alguns mestres: Mestre Jorge Araújo, que já nos anos 80 se debruçava sobre esta velha questão. Jorge Araújo, apenas para os menos avisados, que era o selecionador nacional de seniores, que era o treinador dos treinadores - fomos seu discípulo - um privilégio! Em três cursos: estagiário (Lisboa), regional (Coimbra) e nacional (Porto) - e que nos trazia, na altura, as novidades do seu contacto internacional, não deixando nada na "manga" – uma certa forma de estar.

Jorge Araújo, dizíamos, que em tom firme, mas sereno, nos transmitia: "Definitivamente está demonstrado o quanto é negativo, os escalões de formação utilizarem tal meio - defesas zona - sem que, prioritariamente, tenham sido adquiridos todos os conceitos e aspetos importantes anteriormente pedidos para a defesa individual com ajudas".

Falámos em "Defesa de ajudas". Atenção, porque tocou a campainha, e mesmo ao nosso lado estava o velho companheiro, mas também mestre Mário Barros: artigo in "Planeta Basket", de Fevereiro/2014, com cerca de 13.000 visitas e à distância de um click.

Pode ler a segunda parte deste artigo na próxima quinta-feira, dia 12 de Março.

 

 


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