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FracoBom 

Real BodiesFui este domingo à cordoaria ver a exposição “Real Bodies”. No final da exposição depois de entre outras salas ter passado pela sala dos fetos humanos,

havia um corpo com uma bola de basquete na acção de drible e dei por mim a relacionar o que tinha acabado de ver com os meus artigos anteriores.

Não os iniciem cedo demais é o título do artigo de Paul Jarbala, pois é realmente necessário compreender, quando devemos iniciar a prática do minibásquete.

No diálogo da tradução publicada no meu artigo “Uma criança não é um cifrão” há pelo menos quatro perspectivas. A perspectiva do pai, a perspectiva do treinador a perspectiva do dirigente do clube e finalmente a que devia ser a mais importante de todas a perspectiva de criança.

Começando pela perspectiva da criança, para mim esta é muito simples de levar em consideração, todas as actividades desportivas que não respeitem as necessidades, interesses e capacidades das crianças são a meu ver um erro. Se respeitarmos as necessidades, interesses e capacidades das crianças, estas certamente terão prazer na actividade, e estaremos no bom caminho. Como costumo dizer o minibásquete é composto por dois elementos, o mini, que representa a criança, e o basquete que representa a modalidade. Para respeitar as crianças devemos estar preocupados no seu desenvolvimento e que daí beneficie a modalidade e não estar preocupados com o desenvolvimento da modalidade e que daí advenham benefícios para as crianças. Para sermos claros, as crianças não existem para o desenvolvimento da modalidade; o minibásquete só tem sentido se contribuir para o desenvolvimento das crianças.

Passemos à perspectiva do pai e a primeira pergunta que devemos fazer é quando é que uma criança se deve iniciar num jogo desportivo colectivo. Aqui os pais devem ser informados, que não faz muito sentido a iniciação das modalidades colectivas com 4 anos. Por um conjunto alargado de razões iniciar uma criança aos 4 anos de idade, não responde certamente nem às necessidades, nem às capacidades nem aos seus interesses.

Na nossa modalidade sinto, entre diversas pessoas, alguma “angústia” de começarmos mais cedo, ou para mim cedo demais. Meio a brincar, meio a sério já disse muitas vezes em acções de formação, que depois de surgir o minibásquete, já inventámos ou já ouvi falar em microbasket, em babybasket, já só nos falta falar de fetobasket, ou seja como conseguiremos por os fetos a jogar basket.

Há tanta coisa a trabalhar com as crianças até aos 8/9 anos de idade. O facto de nomeadamente os jogos desportivas colectivas começarem cada vez mais cedo a sua iniciação não corresponde, nem às capacidades nem à necessidade das crianças, corresponde à necessidade das modalidades, em confronto umas com as outras de se afirmarem e ganharem o seu espaço.

Felizmente, conheço alguns bons exemplos em que apesar de começarem na minha opinião cedo demais os treinadores tem essa percepção e sensibilidade promovendo dentro do espaço do campo basquete actividades ajustadas às necessidades e capacidades das crianças. É por isso que como já referi, o minibásquete é um conceito muito perigoso. Teremos sempre de saber do que é que estamos a falar. Estamos a falar de uma criança de 6 anos que se está a iniciar e oficialmente já pode jogar, ou de uma criança com 12 anos que já tem 4 ou 5 anos de prática. Para a semana darei a minha opinião em que momento da sua vida deve uma criança iniciar a prática do minibásquete.

 

Comentários 

 
+1 #2 Fernando Henriques 19-02-2016 16:05
Sabemos que é importante dotar as crianças de competências físico-motoras desde cedo, mas isso pode ser conseguido pelos pais em qualquer espaço público, com várias brincadeiras que deviam ser normais entre eles. Mas infelizmente, alguns preferem as suas próprias actividades físicas e lúdicas, e precisam de um “ATL” onde os deixar.

Depois há aqueles clubes que acreditam que se uma criança começa com 4 anos, aos 12 já tem 8 anos de “basket” e estão formados….. e fica desde logo validado o uso dos bloqueios, dos "azonamentos" e dos postes médios, baixos, altos e na diagonal…. no escalão de “rendimento" ...U14.
Nos U16, portanto já “séniores” …. Com 10 anos de prática, entra-se forte na tática colectiva e vale tudo. No final deste escalão, já com 12 anos na modalidade, terminam a “longa carreira” com muitas medalhas ao peito, e venha outra fornada de “feto-basquetebolista s”.
Abraço San Payo
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0 #1 Humberto Gomes 18-02-2016 07:54
Meu caro San Payo.
Se, " por um conjunto.alargado de razões iniciar uma criança aos 4 anos de idade, não responde certamente nem às necessidades, nem às capacidades nem aos seus interesses"; equacionando a perspetiva de pais-treinadores-dirigentes de clube, e, acima de tudo, os superiores interesses da criança, como poderemos aceitar que possa existir uma só que seja - e existe ! - Escola Nacional de Minibasquete, reconhecida como tal, com a prática regular e sistemática(com experiência ...laboratorial, imagine-se !) do BABYBASKET, quase próxima, então, do ..."fetobasket" ???
Se existe falha na questão regulamentar, para combater o "crime", terá de ser a sociedade civil, desportiva em particular, a resolver o problema que é gravíssimo !
Pelo "grito de alerta", pela persistência pedagógica de há muito evidenciada, obrigado San Payo.
Aquele abraço.
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