Entrevista com Mário Saldanha
 
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Entrevista com Mário Saldanha

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altQue espera das principais competições de seniores masculinos, depois de 14 anos da LIGA?



Queremos que a nova Liga Portuguesa de Basquetebol e a Proliga, assentem numa organização séria, credível, mobilizadora dos interesses e vontades de todos os interessados, que conduza no curto e médio prazo e de forma articulada, ao aumento do interesse do público, consubstanciado em mais gente nos Pavilhões a assistirem aos jogos.

Ao aumento de probabilidade de investimento de sponsors.

Ao aumento das receitas dos clubes.

Queremos maior divulgação e promoção, conquistando espaço nas diferentes áreas da Comunicação Social,  reforçando a importância e melhorando a imagem da modalidade.

Considera o fim da LCB  uma vitória da Federação?

Nenhum projecto que acabe, pode satisfazer quem tem responsabilidades na modalidade.

As vitórias da Federação medem-se pelo aumento do número de jogadores, do número de equipas, do número de clubes, e pelos resultados desportivos. A vitória do Basquetebol e que os adeptos portugueses se orgulham, foi o 9º lugar no Campeonato da Europa disputado o ano passado em Espanha, vitória do Basquetebol foi o acordo celebrado na 2ª feira com o Finibanco, que visa o apoio às Selecções, vitória do Basquetebol foi a excelente presença das escolas portuguesas no Encontro Ibérico do Projecto 3 x 3 nas Escolas.

Vitória do Basquetebol foi nos últimos 3 anos de forma consecutiva, aumentarmos o número de praticantes e equipas.

Nos últimos anos, vários jogadores internacionais portugueses optaram por competir em Espanha. Considera essa opção positiva ou negativa para a valorização desses jogadores e para a selecção nacional?

A saída dos melhores jogadores portugueses para o estrangeiro, corresponde na generalidade dos casos, à participação em competições de nível mais elevado e onde o grau de exigência do trabalho desportivo no dia a dia é bem superior.

Naturalmente que é benéfico para a valorização do próprio jogador, pois reflecte-se no aumento da prestação competitiva que, por sua vez, favorece a Selecção nacional.

Rumar a Espanha ou a outro país é também um estímulo mobilizador para   o futuro dos mais jovens jogadores portugueses que anseiam competir ao mais alto nível a seguir uma carreira profissional.

A selecção nacional teve no último Europeu um comportamento acima de todas as expectativas e colocou a fasquia muito elevada. Quais são agora os objectivos da selecção?

O resultado foi de facto o melhor de sempre e algo impensável há uns anos atrás. Todos temos consciência, que é muito difícil igualar este feito, mas o nosso grande objectivo é que os jogadores, treinadores e dirigentes, dêem à Selecção o seu melhor, que tudo façam para obter os melhores resultados. O apuramento apesar de ser uma aposta extraordinariamente difícil faz parte do sonho que todos  gostaríamos de realizar.

A contratação de Moncho Lopez irá trazer para o basquetebol português  os métodos que fizeram do basquetebol espanhol   um dos melhores do mundo?

O valioso currículo de Moncho Lopes que inclui o palmarés de vice-campeão da Europa pela Espanha em 2003, e experiência na ACB e de 8 anos ao nível das Selecções Espanholas, irá trazer mais valias para o basquetebol português, a começar nos jogadores, treinadores e restante staff que integram as Selecções Nacionais, a sua experiência vivida ao mais alto nível nos diferentes domínios, desde o planeamento, ao modo de como se forma uma Selecção, passando por questões de ordem técnico-táctica, preparação e organização de treinos e jogos, metodologias utilizadas, etc., virá a enriquecer certamente todos os que tem o privilégio de trabalhar com ele.

Mas também não se pode deixar passar em claro, que a sua presença, tem vindo a ser posta ao serviço da formação dos treinadores portugueses, Moncho Lopez já participou neste curto espaço de tempo, em diversos clinics e acções de formação e ainda à duas semanas interveio no clinic de Formação de Cantanhede que contou com a presença de cerca de 200 treinadores.

Finalmente importa sublinhar que a sua presença à frente da Selecção Portuguesa constitui um factor de prestígio para o Basquetebol Nacional.

A função social e formativa que a prática do basquetebol exerce sobre a juventude, é suficientemente compensada pelos subsídios que a FPB recebe do Estado?

Obviamente que não, e isto não é um problema exclusivo da F.P.B., tambem as nossas Associações e os nossos clubes, lutam cada vez mais para fazer face às crescentes dificuldades impostas pela situação generalizada de retracção da nossa economia, a que se associa de forma negativa, os custos cada vez mais elevados, com as instalações, enquadramento humano, arbitragem, policiamento, etc.

A F.P.B., resiste às dificuldades, impondo uma politica de maximização dos meios disponíveis e continuando com a esforçada intenção de descobrir novos recursos de modo a colmatar as carências com que nos confrontamos.

Considera que a opção por 3 árbitros é a que melhor serve os interesses do basquetebol nacional?

O Basquetebol não pode estar isolado do que se passa na Europa, as competições nacionais de topo ao nível de Clubes e Selecções é feita com 3 arbitros.

Portanto, os nossos principais jogadores, treinadores, árbitros internacionais, têm que se adaptar e estar preparados para se confrontarem  com esta realidade.

O problema fundamental da arbitragem a 3, assenta no acréscimo de custos  que representa, e é nesse âmbito que temos que sensibilizar e intervir de modo a encontrar soluções equilibradas.

Mas na arbitragem o problema mais gritante e insustentável é a escassez de árbitros para os quadros competitivos regionais e nacionais, aqui sim é preciso agir e responsabilizar a totalidade dos agentes para este problema condicionador do desenvolvimento.

Lidera a FPB com a mesma paixão de quando foi eleito pela 1ª vez ?

O basquete faz parte da minha vida, do meu dia a dia, portanto a paixão mantêm-se bem viva.

O que pensa do Planeta Basket?

Para já quero felicitar os responsáveis pelo novo site Planeta Basket, deixando os meus sinceros votos que seja um projecto que se consolide e amplie, Por aquilo que já vi ao nível da navegação, da apresentação dos conteúdos, o basquetebol está dotado de mais uma ferramenta que contribuirá para a divulgação e promoção da modalidade.

 

 


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