Saber passar o testemunho é decisivo no desenvolvimento de qualquer iniciativa evento ou actividade. Não há, não haverá, nem nunca houve insubstituíveis.

Saber passar o testemunho para quem nomeadamente, se envolve como dirigente seccionista ou mesmo simples colaborador nos clubes do universo do minibásquete é um acto de enorme importância. Ao aproximarmo-nos do final de mais uma época, gostaria de deixar aqui um mensagem para todos os adultos, que fruto das mais variadas razões, entre as quais também pode estar o facto de muitas vezes os seus filhos ou filho deixarem de ser minis, vão dar menor apoio ou largar este universo. Para todos o muito obrigado do minibásquete pelas horas dedicadas ao apoio a esta actividade decisiva para o desenvolvimento das crianças e da modalidade. Não é por acaso, que repito muitas vezes, que em Portugal, sem pais dificilmente haveria minibásquete.

No entanto como diz a sabedoria popular não há bela sem senão ou no melhor pano cai a nódoa. Em tantos anos ligado a este universo conheço alguns exemplos de pais, que enquanto os seus filhos andaram no minibásquete fizeram um trabalho extraordinário, conseguiram mobilizar pessoas, conseguiram apoios, deram uma enorme dinâmica ao minibásquete do seu clube. Durante o tempo, em que passaram pelo mini, muitas crianças beneficiaram da sua acção, razão pela qual só temos de lhes estar agradecidos. Mas às vezes, a alguns destes pais, falta-lhes o sentido social da continuidade. Falta-lhes como costumo dizer saberem passar o testemunho e perceberem que sua acção tem muito maior valor e grandiosidade se souberem encontrar e cativar alguém que prossiga com o seu trabalho. Não conheço muitos casos, mas infelizmente sei de adultos, que não só, não tem a dimensão social de passar o testemunho, como inclusivamente se comprazem em verificar, que depois de terem saído tudo se desmoronou como um castelo de areia. É muitas vezes com um pontinha de orgulho e mesmo prazer egocêntrico que afirmam: “Quando eu lá estava as coisas funcionavam muito melhor, agora vejam lá ao que aquilo chegou.”

Terminou em Ponte de Lima, no dia 2 de Julho, com enorme sucesso o 20º jamboree. É com enorme satisfação e alegria que verifico que o testemunho está passado. Ao fim de 19 edições, no jamboree de Ponte de Lima limitei-me a ser, apenas observador atento. A proximidade das férias e o excelente trabalho desenvolvido pelo Sérgio Rosmaninho levam-me a interromper a série de reflexões que tenho vindo a publicar, para fazer a minha homenagem pública ao Sérgio pela sua capacidade de liderar e acima de tudo, com o seu estilo próprio, saber de um forma exemplar recriar o espírito do jamboree. Dêem-lhe condições e certamente, que o futuro dos jamborees está assegurado. Parabéns Sergio, parabéns a toda a equipa de monitores do 20º Jamboree.