Período de transição
 
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Período de transição

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João RibeiroAproxima-se o término das competições nacionais. Nos escalões de formação ainda por realizar está uma fase final de grande interesse e emoção – Torneio Nacional de Sub-14.

Supostamente, um grande momento de avaliação dos jogadores (ou da equipa?), em que pais, treinadores, dirigentes vão canalizar todas as energias para que os seus pupilos possam ganhar o Torneio Nacional. Esperemos que o Pavilhão da Quinta dos Lombos, seja palco de ambiente acolhedor de um grande momento para todos estes jovens e que o lema seja o de ganhar para o futuro e não simplesmente para o presente.

Mas não se pretende neste artigo abordar especificamente esta prova, mas antes o que se passa depois de terminarem as competições oficiais. Será que a ausência de competição provocará uma desmobilização tao acentuada nos nossos atletas, treinadores e dirigentes ao ponto de haver uma interrupção tão prolongada de prática?

Defendem os norte-americanos que na época competitiva de Novembro a Março (NCAA) se constroem as equipas e que após esse período se constroem os jogadores.

Na defesa desse lema ou princípio, seria curioso estudarmos se em todos os nossos clubes se verifica uma paragem tão prolongada da prática de qualquer actividade física ou até do basquetebol, ou, se pelo contrário a prática se mantem e se os propósitos preconizados na metodologia do treino para este período da época se evidenciam.

Retomando um conceito bem recente, há que alinhar o processo e cultivar uma nova vida para o período de Junho a Setembro. Que comece nos Sub-14, mas que tenha o exemplo dos jogadores seniores. Neste sentido o Treinador tem enorme influência, mas terá mais influência a organização ou desorganização dos nossos clubes ou até mesmo os efeitos nocivos decorrentes impedimentos de natureza logistica (ex: incapacidade financeira para pagar pavilhões).

Este período de transição, assume-se vital para a melhoria qualitativa do jogador português. Estarão disponíveis dados relativamente a essa questão. Creio que ainda não.
A melhoria das capacidades físicas é um bom projecto para o período de transição de um jogador sénior. Potenciar o desenvolvimento de algumas das capacidades físicas mais carenciadas é um objectivo nesse sentido. Mas também um jovem atleta tem necessidade de aperfeiçoar, corrigir, fortificar a sua técnica e capacidades físicas.
O período de transição, que muitos denominam simplesmente “defeso” é um período de grande investimento para um jogador que está em formação. E é nele que gostaria de concretizar a ideia a transmitir no artigo desta semana – O que melhorar no período de transição? De uma forma sucinta aqui se descrevem alguns pormenores a desenvolver num período de grande importância para o atleta:

  • Desfrutar de uma semana (nalguns casos duas) de descanso, possibilitando digerir todas as aquisições efectuadas durante a época;
  • Desenvolver capacidades físicas mais débeis ou simplesmente melhorar alguma delas que tenha evidenciado grandes limitações ou carências;
  • Realizar o aperfeiçoamento das principais acções técnico-tácticas (Drible, Passe- recepção e lançamento), recorrendo a exercícios mais analíticos, realizados em ritmo lento e com grande acompanhamento do (s) treinadores (execução – observação – correcção – nova execução;
  • Fomentar um ambiente diferente nos treinos, eventualmente com momentos lúdicos ou mais informais, mas intercalados com bons momentos de trabalho técnico e táctico;
  • Estimular o enriquecimento do reportório de soluções para jogar 1x1 em diferentes áreas do campo;
  • Em escalões mais velhos (sub-16, ou sub-19/sub-19), aproveitar para calmamente, introduzir algum conhecimento de organização colectiva – Táctica Colectiva. Introduzir os bloqueios indirectos, o ataque contra zona ou uma defesa em todo campo;
  • Participar em torneios curtos que tragam novas necessidades de melhoria da técnica individual ofensiva e defensiva.

Não obstante poderem existir mais sugestões para o período de transição, importa realçar que, conforme o Prof Hermínio Barreto nos ensinou: não devemos ensinar muito, mas antes o bastante para que seja possível consolidar essas aprendizagens e potenciar outras mais complexas.

Também para o Treinador este é um momento importante para a sua formação e engrandecimento da sua função. Aproximam-se os clinics de treinadores, onde o treinador pode actualizar os seus conhecimentos, melhorar o seu programa de trabalho e partilhar informação com os seus parceiros de actividade.

O que farão nestes momentos os dirigentes? Certamente procuram a todo o custo que os seus projectos e a dinâmica dos seus clubes possam sair melhoradas. As contingências do nosso país não permitem grandes ilusões, mas os votos são os de que se concretizem cada vez mais projectos sustentáveis e que não nasçam já de si frágeis.

Que se pare e reflicta, que se façam contas e que se ajustem projectos; que se pense no que que realmente queremos para o nosso Basquetebol e que se retemperem forças para uma época que se avizinha com problemas cada vez mais agudizados.

A todos os leitores desejamos um bom período de transição e boas coisas para a próxima época.

 

 


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