Vai decorrer de 2 a 5 de Julho a 5ª Edição das Festa do Minibásquete – Paços de Ferreira – Capital do Móvel. Se na semana passada falei sobre o tema de como selecionar jovens de 11, 12 anos para estarem presente Festa do Minibásquete,

hoje quero falar sobre as arbitragens neste evento. O que me levou a escrever sobre este tema foi o extraordinário post no facebook do João Sousa, que há cinco anos atrás se prontificou como jovem árbitro a estar presente em Paços de Ferreira.

Aqui é importante dizer que quem vai a Paços de Ferreira é quem indubitavelmente gosta da modalidade. Em Paços de Ferreira não estão os grandes nomes da modalidade, em Paços de Ferreira dorme-se em salas de aula em colchões e cada um traz o seu saco cama, em Paços de Ferreira os jovens que se prontificam a arbitrar não recebem nada, mas em Paços de Ferreira, também se vive, e espero que assim continue a ser, um ambiente único e muito especial, como se pode ler no post do João Sousa.

Como o seu post é relativamente longo transcrevo uma das partes que mais me sensibilizou:

“O que falta a alguns intervenientes da modalidade, sejam eles jogadores, treinadores, adeptos e, até, árbitros é perceber que o basquetebol (e qualquer desporto) não é só sobre o jogo, é também sobre as pessoas.

Tive logo no início da minha carreira, curta ainda, o prazer de ir arbitrar a I Festa do Minibásquete, aqui ao lado em Paços de Ferreira. Quando hoje falo disto a algumas pessoas, a sua reação é de "minibasquete? que seca!". Pois posso, com todo o orgulho dizer, que foi sem dúvida das melhores experiências que já tive. Nesse ano, eramos 8 árbitros. E quem diz árbitro diz 4 de nós com curso, e outros que eram atletas ou treinadores, todos muito jovens, que se disponibilizaram para arbitrar uma espécie de Portimão/Albufeira para SUB12. Alguns dos maiores amigos que fiz no basket, até hoje, foram aí que os conheci. E foi aí que percebi que o jogo é sobre as pessoas”.

O post do João Sousa, que pode ser lido no integra aqui, é um depoimento digno de realce. Como se pode perceber deste depoimento, o valor da Festa do Minibásquete em Paços de Ferreira, vai muito para além da competição, é verdadeiramente intangível e o poder do intangível não é mensurável e passa pela capacidade de promovermos ocasiões e eventos que facilitem a vivência de troca de experiências, as relações interpessoais e a criação de amizades. Numa fase difícil da modalidade, reconhecer as pessoas, nomeadamente as pessoas, sejam árbitros, treinadores ou dirigentes, que não se importam de prescindir do conforto para estarem em Paços de Ferreira, não apenas devia servir de exemplo para muitos, como penso ser decisivo para a modalidade.