O Forum, as férias e irmos "a jogo"
 
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O Forum, as férias e irmos "a jogo"

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altHavíamos anunciado que, relativamente ao Forum Basquetebol Primeiro - Coimbra, 11 de Julho 1015 -, nos debruçaríamos sobre o que de mais relevante e significativo por lá ocorresse.

Registe-se antes de mais as palavras do presidente da FPB, prof. Manuel Fernandes, que no encerramento dos trabalhos se expressou : "O Forum excedeu todas as expetativas".

Competirá a cada um de nós acompanhar e contribuir para os subsequentes desenvolvimentos, a curto - uns - e a médio prazo - outros -:

  • Recordemos os temas que compuseram os três paineis:
  • Aumentar a massa crítica do Basquetebol;
  • Promover a sustentabilidade, modernização e valorização do Basquetebol Português;
  • Melhorar a qualidade do jogo.

Por estar mais próximo da nossa realidade, da nossa experiência vivida, incidiremos a nossa análise e comentários sobre "Melhorar a qualidade do jogo", sem deixar de reconhecer a importância e o interesse de qualquer dos outros dois temas. Aliás, fará todo o sentido a coexistência entre eles na procura de uma mais-valia e visibilidade, reconquistando o reconhecimento de primeira modalidade de pavilhão no nosso País, se atentarmos na sua exigência técnica e pedagógica e a correspondente espetacularidade, dando razão a quantos a consideram o mais completo desporto de equipa.

Fundamental se torna definir um plano estratégico de desenvolvimento da modalidade, alicerçado no espírito empreendedor de um célebre ditado irlandês :"Antes de sabermos para onde vamos, temos primeiro de saber onde é que estamos".

Constitui realmente um grande desafio, possível de alcançar e de lhe dar continuidade, se nos comprometermos com o legado de grandes mestres, personificado por esse companheiro, possuidor de imensa sabedoria, duma invejável lhaneza de trato e nobreza de caráter e de uma humildade a toda a prova que dá pelo nome de Hermínio Barreto.

Confidenciáva-nos o prof. ao almoço, em local aprazível, no dia do Forum, uma última expressão de sua filha : "Ainda não chega pai, com tantas idas a eventos?". Não, não vai chegar tão cêdo. O prof. continuará a estar presente, porque assim o quer, porque é uma grande referência e sempre nos ajudará a manter à tona, nos momentos mais difíceis, e a nos estimular para nos projetarmos para outros e melhores cometimentos. Bem haja, prof. Hermínio.

Respiguemos da dúzia de conclusões, quatro delas, a saber:

  • O jogador deve ser entendido como o centro do processo do treino;
  • Reforçada a ideia de que se deverá ir buscar jogadores que tenham capacidade de competir e de compreensão do jogo;
  • Um dos problemas mais visiveis do basquetebol português é a formação de jogadores e treinadores, pois o que se está a fazer na maioria dos clubes é centrar o trabalho não no jogador mas no resultado desportivo. Pede-se coerência entre o que dizemos e na realidade fazemos;
  • Reiterada a importância do surgimento de um coordenador técnico nos clubes.

Permitam-me que, "brasa à minha sardinha", nos desafiemos para, no periodo de férias que se aproxima, nos debruçarmos muito sériamente sobre a importância do coordenador técnico - contributo que tivémos oportunidade de defender no Forum. Coordenador técnico que se deverá constituir como o primeiro e principal garante da construção do edíficio-atleta, que, em síntese, recordemos, resultará de percorrer sem atropelos, até porque a natureza não dá saltos, as quatro etapas : condição genética - desenvolvimento das qualidades das habilidades - intensidade - velocidade de execução.

Lançamos duas peças do puzle a construir por cada um de nós:

  • "Caberá ao coordenador técnico a importante tarefa da criação de um documento técnico orientador, que reflita a sua filosofia de jogo, as suas ideias e os conceitos que pretende transmitir para que, em cada um dos diversos escalões etários, sejam definidos os conteúdos a serem ministrados para que, de forma determinada e consistente, se faça o que tem de ser feito"
  • "Como questão absolutamente nuclear, a constituir como que imagem de marca para o trabalho a desenvolver, ter presente que ganhar ou perder é apenas o resultado de um jogo, de uma competição, e que com eficiência: fazendo bem e com eficácia: fazendo certo, não dependem disso".

Temos vindo a alicerçar as nossas convicções na "bússola" fornecida há precisamente 36 anos por esse saudoso grande mestre Lou Carnesecca : "O fulcro do basquetebol, não reside nos sitemas táticos ou nos exercícios que utilizamos, mas sim naquilo que, por via deles, cada treinador consegue ensinar e fazer melhorar os jogadores com quem trabalha".

Importará, face ao desafio, recordar o companheiro José Almeida (foi um prazer conhecê-lo pessoalmente, a quando do Clinic de Cantanhede, na companhia - imagine-se ! - de um grande treinador e nosso amigo de peito de há 40 anos : Mário Barros. Que agradável surpresa !), que no nosso artigo "Que prática transformadora II", de 11 de Junho último, ao comentá-lo, nos mimou - grato, de coração ! - com : "Fazer renascer nele alguma esperança de, em qualquer hora, em qualquer lugar, há sempre alguém disposto a fazer o melhor possível pela nossa modalidade".

Só espero não vir a desmerecer desse mimo e, entretanto, bom aproveitamento dessas (muitas) capacidades. Só pode, quando se aprecia e convive com Mário Barros. São, afinal, as tais referências.

À medida que fôrmos recolhendo as peças do puzle - é essa a condição -, o que significará irmos "a jogo", regressaremos ao Forum e às conclusões de "Melhorar a qualidade do Jogo". Questão simples: cada um dará o seu contributo, coerentemente.

Com uma premissa apenas : coordenar tecnicamente a formação, corresponderá até ao escalão de sub-16. Com 9/10 anos de prática o jogador já deverá estar "formado" (não obstante durar uma vida), já "pinta" ou não.

A partir daí "presunção e água benta" cada um tomará a que quer, se e enquanto respeitar que o jogador deve ser entendido como o centro do processo do treino.

Regressaremos a 10 de Setembro.

Até lá, boas férias e bom trabalho, para regressarmos em "melhor forma" comparativamente à época anterior.

 

Comentários 

 
+2 #1 José Almeida 28-07-2015 00:12
Caro Humberto Gomes,

Parecem-me quatro pilares, essas quatro conclusões que destacou, sobre os quais (e sobre outros certamente) se poderá construir, com segurança, uma maior qualidade do processo de ensino e aprendizagem da nossa modalidade.

Estes pilares, penso eu, foram abordados de certa forma, pelos seus últimos artigos e na sua proposta pelo que está o amigo de parabéns!

Um abraço
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