Quando de há muito se constata que, por falta de referências no plano competitivo, ao nível dos praticantes seniores, o Algarve tem vindo a sentir algumas dificuldades de afirmação,
eis que, não obstante ter adquirido o direito desportivo - apenas batido na final da 1ª divisão pelo Dragon Force -,o Imortal de Albufeira renuncia à participação no campeonato da Proliga.
Participação na Proliga que, enquanto 2ª competição mais importante do calendário federativo, bem poderia vir a representar um estímulo e um "espelho" para os jovens praticantes do clube e da própria região, constituindo-se como uma boa referência.
A contribuir até para que, face a alguma desarticulação da estrutura interna do clube, ao não possuir equipas de sub-20 nem de sub-18, e com uma débil participação em sub-16, pudesse, então, vir a reequilibrar a pirâmide, equacionando a médio prazo outros cometimentos competitivos. A região, o Algarve ficariam naturalmente reconhecidos. Assim, renunciando aquilo que foi o direito desportivo alcançado para disputar uma competição bem mais exigente...
Não conhecemos alguns dos contornos que terão levado a esta desistência, que se lamenta, mas que inquestionavelmente o Algarve ficou mais pobre constitui uma realidade incontestável.
E isto numa altura em que, com a alteração regulamentar produzida, a Proliga se passa a disputar, a partir da presente época, com as equipas agrupadas em 2 zonas - Norte e Sul -, logo com custos de participação mais reduzidos.
Tema talvez a justificar posteriores esclarecimentos, face ao desenlace ocorrido, apresentando-se as "razões que a razão desconhece".
Esclarecimento, em tempo útil:
Mudámos o sentido da agulha, relativamente ao "comboio" dos nossos últimos escritos, muito a ver com a importância de se vir a institucionalizar a figura do coordenador técnico em cada um dos clubes.
Foram, de facto, muito poucas as "carruagens" - e por via indireta, acrescente-se - dispostas a integrar a composição a colocar em marcha.
Sinais dos tempos ?...
Quando a vontade de "ir a jogo" for, de facto, consistente voltaremos a este tema, apresentando, então, raízes históricas que aconselhariam o seu debate e posterior aplicação prática, até com o interesse e o incentivo da estrutura técnica federativa.
Recordemos, a propósito, uma das conclusões do recente Fórum Basquetebol. Primeiro, quando expressava: "Foi reiterada a importância do surgimento de um coordenador técnico nos clubes".
Tudo, a seu tempo.
Voltaremos com jogo livre, a 8 de Outubro, com continuidade ou mudança na governação política do País, oferecendo da nossa parte o modesto, mas sério e honesto, contributo.
Talvez que ocasião oportuna para uma referência/balanço ao que de mais significativo vier a acontecer no próximo "Forum Basquetebol Algarve-Preparar o Futuro", a ter lugar já no próximo sábado, 26, numa iniciativa da AB Algarve e para o qual fomos convidados a colaborar.
Até lá, e bom Basket!