Princípios do Treino
 
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Princípios do Treino

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João RibeiroO Treinador, deve contemplar na sua planificação anual não só momentos de atualização de conhecimentos, como também reler e refletir sobre os mais simples

e elementares princípios que orientam a sua prática. É um pouco decorrente dessa cíclica leitura-reflexão-leitura que trago para o artigo desta semana o tema que o intitula.

Diz a literatura específica da Metodologia do Treino Desportivo que, para que se verifiquem adaptações perante a aplicação de cargas de externas de treino (materializadas nos exercícios de treino), estas deverão ser aplicadas sem quebras de continuidade em respeito dos restantes princípios do treino, como por exemplo o princípio da relação ótima entre o exercício e o repouso. Assim, continuamente, o treinador deverá elaborar o seu programa de treino concebendo tempo para que os efeitos internos da carga externamente aplicada se façam sentir.

Se no alto rendimento o princípio se aplica, na formação de jogadores é igualmente válido falar de continuidade e de relação ótima entre exercício e repouso. E se de jovens falarmos, inevitavelmente, teremos de incluir no seu processo de desenvolvimento os efeitos da carga cognitiva inerente ao percurso escolar. Também ao nível escolar os princípios do treino e da aprendizagem se aplicam. E é neste drama que o Treinador de Jovens e o Professor vivem, separados culturalmente por preconceitos que tardam a não se unirem, mas trabalhando para o mesmo fim – melhorar o rendimento do aluno/atleta.

Neste conflito processual aplicam-se cargas externas (por vezes difíceis de gerir no plano mental) em momento cruciais de avaliação escolar. A fadiga e a disponibilidade mental para suportar a dor física e psicológica da carga de treino são atenuadas (imagine-se) pela necessidade de estar mentalmente disponível para a assimilação de conteúdos na proporção de muitas páginas e uma variedade de áreas do conhecimento importante na formação académica de qualquer jovem.

É uma evidência que só poderemos estar a falar de um conflito processual que apenas ideologicamente consegue encontrar. Este conflito será tão duradouro quanto duradoura será a resistência dor órgãos competentes para entenderem a formação desportiva como uma área específica do desenvolvimento humano, que deverá coexistir com a formação académica e, consequentemente haver uma lógica de planeamento complementar. A consequência desta complementaridade será entender que a formação desportiva não tem de ser feita segundo os modelos de época desportiva dos seniores, do puro rendimento económico-desportivo; bem como entendermos o processo de formação académica como algo que terá de proporcionar espaço para desenvolver várias inteligências. Nesse pensamento, o grande desafio passará por uma relação ótima entre a aplicação de uma carga externa (cognitiva, emocional, físico-motora) e o tempo necessário para que os seus efeitos possibilitem a adaptação necessária à aplicação de uma nova carga. A continuidade deste processo será inevitavelmente o grande desafio.

No nosso País temos tudo para entendermos de forma integrada um processo de desenvolvimento académico e desportivo assente nos princípios biológicos e metodológicos do treino. A secretaria de estado da juventude e do desporto e o ministério da educação e ciência são sem sombra de dúvida os órgãos governamentais capazes de regulamentar esta questão. Dramático é que novos conceitos e ideias possam chegar ate cada um destes órgãos institucionais, ao ponto de gerar o tão esperado corte epistemológico e una entidades que servem os mesmos fins.

Até lá o Treinador de jovens irá desenvolver mais uma vez o seu planeamento num contexto mais reduzido, aproveitando eventuais pausas das provas em que participa, realizando uma ginástica mental para que os seus jovens atletas consigam gerir a elevada carga horária escolar e desportiva, sem que se sintam operários fabris, a trabalhar sempre com o mesmo turno semanal e sem que o repouso possa limpar convenientemente as toxinas deste processo. Nesta lógica, teme o treinador que a partir do final do percurso escolar obrigatório, o princípio da continuidade possam ser posto em causa em virtude de deixar de ser possível conciliar cargas diferentes. Teno o jovem atleta de optar pela que lhe irá “garantir” um futuro mais próspero.

 

 


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