Jogos desequilibrados - Uma sugestão
 
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Jogos desequilibrados - Uma sugestão

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altAssociado ao programa da Final 8 de Taça de Portugal realizada em Paços de Ferreira em 2007 organizou o CNMB um convívio de minibásquete.

Nessa época os minis ainda estavam organizados em Minis A e Minis B, sendo os Mini B os atuais Mini-12 e os Minis A englobavam no mesmo escalão, os atuais Minis 10 e Minis 8.

Quando fiz a calendarização dos jogos, como nestas ocasiões gosto de promover jogos entre clubes que não pertençam à mesma Associação, um dos jogos agendados era, face às inscrições recebidas, entre dois clubes, CD Torres Novas e Guifões, que se tinham inscrito no evento no escalão de Minis A com uma equipa mista. Quando as duas equipas apareceram no campo a minha amiga Lurdes Miranda treinadora do Guifões deitou as mãos à cabeça e voltando-se para mim disse: “Ai San Payo onde me vim meter” - pois embora as duas equipas fossem mistas e pertencessem ao mesmo escalão, a equipa do Guifões eram maioritariamente meninas e todos do actual escalão de Mini-8 e a equipa do CD Torres Novas era maioritariamente masculina, e todos do escalão de Mini-10. (Abro um parêntesis nesta história, pois foi esta experiência, e verificar que havia um crescimento no actual escalão de Mini-8, que me levou a propor a existência de três e não apenas dois escalões no minibásquete.)

Voltei-me para a Lurdes e disse-lhe para não se preocupar eu arbitraria o jogo. De imediato fui ter com outra amiga destas andanças, a Isabel Mendes, treinadora do CD Torres Novas e disse-lhe que seria eu a arbitrar o jogo, e que este seria condicionado e com regras adaptadas para que todos pudessem jogar e tirar partido da situação. Condicionando o jogo de uma maneira, que aprendi com o prof. Carlos Lima de Ponte da Barca e a partir do qual construi um exercício já aqui apresentado no PB, pedi à Isabel Mendes que ficasse no banco junto ao cesto, para qual a sua equipa estava a atacar e quando a sua equipa marcasse dois pontos, todos os jogadores em campo do Torres Novas teriam de ir ter com a treinadora para celebrar o cesto, e após uma contagem alto e pousada até cinco regressariam ao campo para defenderem. Esta situação permitia que o Guifões progredisse debaixo da pressão do tempo em direcção ao cesto do CD Torres Novas.

Contudo nem assim, face à diferença de idades e tempos de reacção, o Guifões conseguia ultrapassar meio campo, pelo que sem eu dizer nada e compreendendo o espírito deste jogo adaptado às circunstâncias a Isabel Mendes começou a fazer uma contagem até aos 10. Nunca a vitória do CD Torres Novas esteve em causa, mas a grande atracção do jogo, que passou a chamar a atenção das pessoas que estavam a assistir, era em que momento o Guifões iria debaixo da pressão do tempo conseguir marcar o seu primeiro cesto. Ao fim de algum tempo finalmente o Guifões conseguiu marcar um cesto o que provocou uma explosão de alegria entre todas as suas crianças. Nesta situação em que a vitória do CD Torres Novas nunca esteve em causa todos aprenderam mais, os do Torres Novas após um ligeiro descanso tinham que rapidamente recuperar defensivamente e a partir daí fazerem contra ataque, o Guifões fazer a transição da defesa para o ataque debaixo da pressão do tempo. Há mais soluções, nomeadamente variantes desta sugestão, que podem ser utilizadas.

Todos sabemos que as crianças querem ganhar, mas como no caso de jogos muito desnivelados a vitória não está em causa, penso ser mais importante criarmos situações de jogo em que todos beneficiem. Não é transformando o jogo numa correria insana para bater recordes de pontos, que ensinamos as crianças e jovens a jogar e a gostar da modalidade. No minibásquete pensarmos que respeitar o formalismo do jogo é mais importante que respeitar os conteúdos de aprendizagem, adaptados aos níveis dos seus praticantes, é para mim um absurdo, principalmente quando logo a seguir afirmamos, que queremos mais e melhores praticantes.

 

Comentários 

 
+5 #1 Pedro Martins 15-12-2015 10:05
Os jogos desnivelados, são mesmo desmotivante e em primeira instância para todas as crianças, as que ganham e as que perdem. Sendo seccionista de uma equipa de Mini12 vejo muitas vezes a desilusão deles quando defrontam uma equipa que ainda não sabe jogar. Ouço muitas vezes dá parte deles: preferimos perder do que dar amadas.
Felizmente vejo por parte de quase todos os treinadores das equipas mais fortes a preocupação de arranjar métodos para facilitar o jogo ás equipas menos experientes
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