Entristece-me o facto de ter tantos apelos para falar sobre comportamentos dos adultos, em vez de ter solicitações para abordar a aprendizagem e o ensino do jogo para as crianças.
Uma vez mais vou pegar num comentário, feito acerca do artigo “Maus e bons exemplos” publicado em 15 de Março. É um comentário do Alberto, que penso ser do Alberto Henriques, pai das minhas amigas Francisca e Constança e que diz o seguinte: “Infelizmente haverá sempre alguns seres que não se saberão comportar! Cabe aos treinadores o papel de os "educar"? Ou talvez os dirigentes? Criar um papel de steward para chamar a atenção a esses pais? Ou a responsabilidade deveria cair sobre os organizadores? Não sei bem... Porém o que sei é que é um problema e dos grandes e que deve ser falado! Parabéns pelo artigo!”
Na realidade a quem caberá ajudar a “educar” pais com comportamentos menos correctos? Será aos treinadores, será aos dirigentes? E como devemos agir se os encarregados de educação acumulam com funções de treinadores e dirigentes e são os primeiros a agirem de forma incorrecta?
Este sim parece-me o problema mais grave e de maior dificuldade de resolução. Penso que a criação de um papel de “steward” sugerido pelo Alberto pode, se bem exercido, não ajudar a educar, mas pelo menos condicionar alguns maus comportamentos. Mas como deverá agir um “steward” sobre um dirigente de quem depende?
Se todos os que têm comportamentos incorrectos têm responsabilidade, aqueles que são dirigentes e treinadores e ainda por cima acumulam com o papel de pais tem a meu ver responsabilidades redobradas. Ter essa consciência não chega para solucionar o problema, mas talvez seja o primeiro passo, para alterar comportamentos.
E se me custa ver pais com comportamentos incorrectos, mais me custa, pela responsabilidade que tem, ver dirigentes e treinadores com comportamentos incorrectos. Também fico perplexo quando oiço treinadores e dirigentes a criticarem comportamentos de pais, para de seguida, quando passam para o papel de pais terem comportamentos, às vezes piores, do que aqueles que acabaram de criticar.para mim o auge da minha perplexidade é quando vejo.
Mas nestas confusões de funções e críticas nas bancadas, para mim o auge da minha perplexidade é quando vejo árbitros, e alguns com responsabilidade como dirigentes da arbitragem, no seu papel de pais na bancada a porem abertamente em causa o papel dos seus pares?
Comentários
Sobre este tema ´tudo o que foi dito é certo, até o mau exemplo da arbitragem, mas acima de tudo têm os órgãos federativos e associativos que fazer é dar uma imagem credível de que pugnam pela ética desportiva e ir além das boas intenções.
Sabemos que sem uma atuação rigorosa e exemplar estes casos continuam a proliferar.
São poucos é certo, mas um já é demais.
Obrigado pelo seu exemplo de formador e desportista e um abraço amigo
Vamos falar dos adultos, pais, dirigentes, treinadores, que roubam parte do seu tempo de ócio para contribuir para esta modalidade.
Eu vejo esta actividade do minibasquete como um investimento. Invisto no futuro dos meus filhos, na educação desportiva e social deles, para os tirar daquilo que são os vícios desta era. Por isso agradeço a cada um dos adultos, em que incluio todos, mesmo os das equipas adversários, porque sem eles, não haveria jogos, confraternizaçã o, etc...que me substituiem, para me ajudar nesta difícil tarefa que é formar um ser humano na vertente desportiva e social.