Nada melhor, portanto, do que "irmos a jogo", partilhando com os restantes companheiros a sua posição, face ao tema proposto.
Na sua clara e consistente exposição, José Sá, dá-nos a conhecer que sempre defendeu a existência de um documento orientador para o basquetebol português/formação do jogador e que todos os técnicos/estruturas intermédias, que de uma forma ou outra estão ligados à Formação de Treinadores/Equipa Técnica Nacional:
- Formadores dos Cursos de Treinadores
- Diretores Técnicos Regionais
- Selecionadores Regionais de su-14 e sub-16
- Coordenadores e Tutores de estágio estejam comprometidos/envolvidos com o mesmo.
Para que todos aqueles, com responsabilidades na formação de jogadores se sintam comprometidos com o Processo Orientador e Jogo Básico é, na nossa opinião, fundamental que cada uma das estruturas intermédias e âmbito de intervenção, exista um projeto de Gestão e Liderança que:
- Defina um rumo, envolva as pessoas e tenha objetivos ambiciosos;
- Motive e melhore o envolvimento dos colaboradores.
Na área da Gestão, Liderar é conseguir que os nossos colaboradores queiram fazer por si próprios o que queremos que seja feito (Luís Caeiro, Programa Avançado de Gestão para executivos, 2014).
Na gestão, de um projeto de formação de jogadores, Liderar implica também fazermos nós próprios o que os jogadores querem que seja feito por eles.
Teve, ainda, oportunidade de nos transmitir o significado de DPLP (Desenvolvimento do Praticante a Longo Prazo): "Treinabilidade na Infância e na Adolescência", ao nos dar conta de que:
O processo de preparação desportiva resulta mais do treino e da procura de desempenhos corretos, numa perspetiva a longo prazo, do que a procura da vitória em situação de curto prazo.
Sustentando que, infelizmente, são muitos os treinadores e pais que encaram o treino dos seus atletas e filhos com a atitude de que eles vão ter de alcançar o seu máximo na competição do próximo fim de semana.
O basquetebol, assim como todos os desportos coletivos, necessita de uma abordagem geral nas etapas iniciais, os aspetos mais importantes do treino deverão estar no desenvolvimento geral, nos fundamentos motores e nas habilidades técnicas e táticas elementares.
Debruçando-se, depois, sobre a "Caracterização das Etapas e suas Características" (Istvan Balyi, 2005):
- Etapa dos fundamentos (6 aos 9 anos de idade) - Escalões sub-8 e sub-10
- Etapa de Aprender a Treinar (9 aos 12 anos de idade) - Escalões sub-12 e sub-14
- Etapa de Treinar para Treinar (12 aos 16 anos de idade) - Escalões su-14 e sub-16
- Etapa de Treinar para Competir (16 aos 18 anos de idade) - Escalões sub-18
- Etapa de Treinar para Ganhar (> de 18 anos de idade) - Escalões sub-20/seniores
Restará referir que, no final da sua intervenção, Mário Gomes - DTNacional - ao felicitar, abraçando José Sá, teve este comentário : "Não estava nada encomendado e eu não teria feito melhor".
Um reconhecimento por parte de quem - o DTNacional -, no início da sua "legislatura", teve oportunidade de se manifestar aos companheiros treinadores: "Vivemos um momento em que, quando muito se promete, pouco se cumpre", que : "Só encontramos algum caminho com uma base de compromisso" e : "Temos de fazer o que tem de ser feito".
Pela sua oportuna - muito a propósito, face ao que por aí muito se vai observando - e brilhante intervenção, apetece-nos, desta humilde e despretensiosa tribuna, felicitar o companheiro José Sá pela entrega à causa do engrandecimento da nossa modalidade.
Continuaremos a nossa demanda, a 30 de Junho .- altura em iremos de férias, para regressarmos a 15 de Setembro -, com o tema, tão pertinente quanto apelativo : "DTNacional sem constrangimentos".
Até lá, e bom Basket!
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