Falta de árbitros
 
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Falta de árbitros

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San Payo AraújoNo último domingo fui convidado pelo Carlos Santos para ter uma intervenção junto dos árbitros de Lisboa a propósito do Plano para Arbitragem da Associação de Lisboa.

Há no basquetebol uma pecha que dura há muitas décadas e que sucessivas gerações de dirigentes, por um conjunto variado de razões, não tem conseguido resolver a: falta de árbitros.

Mas atenção, este não é apenas um problema dos dirigentes, este é um problema de todo o universo do basquetebol e que deveria envolver todos os que gostamos da modalidade, dirigentes, treinadores, árbitros, jogadores e público amante da modalidade. Este é um problema sobre qual todos temos uma opinião, mas até agora ninguém conseguiu encontrar uma solução, nem a nível associativo, principalmente nas Associações maiores, nem a nível federativo.

Os objectivos do Conselho de Arbitragem da Associação de Basquetebol de Lisboa são como muito claros: ter mais e melhores árbitros. Os objectivos são tão fáceis de enunciar, mas pelo que diz a experiência, difíceis de concretizar. E aqui não há ninguém que não tenha responsabilidades. Os dirigentes pela atenção e pela forma como abordam o problema, os árbitros pela forma como se organizam, os treinadores pela forma como pressionam os novos árbitros que se estão a formar e o público pela forma com desrespeita a função da arbitragem.

Ninguém está isento de culpas. Isto leva-me às palavras que dirigi aos árbitros e que quero tornar públicas. A minha breve intervenção incidiu sobre a questão do compromisso, da perfeição e finalmente sobre a união de esforços. Resumindo sem a capacidade de compromisso nunca poderemos ter melhor árbitros, sem percebermos que a perfeição na arbitragem nunca existiu, que a única perfeição que podemos exigir aos árbitros é que tenham a genuína preocupação de sem arrogâncias tentar fazer cada vez melhor e finalmente a cooperação de esforços.

Para chegarmos a algum lado temos de mudar de atitudes, pois é muito mais fácil ver o que é que nos diferencia, do que olhar para o que nos une. E o que nos deve unir a todos dirigentes, treinadores e árbitros é a melhoria dos praticantes e por consequência a melhoria do jogo. Compreender isto é mudarmos de muitas das atitudes que vemos por esses campos fora. Contudo mudar de comportamentos é o que é mais difícil de fazer, mas é seguramente um excelente caminho para chegarmos a bom porto.

Diz-me a experiência, nomeadamente, as Festas do Minibásquete, que se os treinadores derem o exemplo os problemas de comportamento diminuem drasticamente, pois em Paços de Ferreira, os treinadores de uma forma geral tem tido comportamentos exemplares. O mais difícil é chegarmos a alguns pais, pois em Paços de Ferreira, apesar de haver um grande apelo, chamando a atenção que face à idade dos participantes, mais do que estarmos a esforçar por um basquetebol melhor estamos a lutar por uma melhor educação e cidadania, há encarregados de “educação” que não deixam de ter comportamentos no mínimo desajustados ao evento.

 

Comentários 

 
+1 #7 Humberto Gomes 26-10-2016 07:18
Sendo um tema, digamos "quente", apreciei os comentários feitos, que denotam interesse, porque foram "a jogo", e são úteis e pertinentes, do ponto de vista do contributo e da partilha, face à matéria - mais uma ! -que o San Payo nos trás.
Constituirá, pensa-se, lugar comum dizer-se que a arbitragem é tratada como o parente pobre. De certo modo é assim, mas a (in) cultura desportiva estará na origem deste pensar, na medida em que ser árbitro deverá constituir-se como modelo, como verdadeiro juiz de uma causa nobre, sempre de mãos dada com o que de mais importante o jogo tem : o jogador !
Reflitamos, para nos situarmos : A formação dada ao árbitro é suficiente? No início da sua atividade e no seu desenvolvimento é devidamente acompanhada?
Que poderemos esperar, se declaradamente a resposta é NÃO !?
Sem planificarmos ou se planificarmos mal, esta como outras matérias ligadas ao jogo, estaremos irremediávelmen te, porque somos (in) cultos, a planificar o...fracasso!!!
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+3 #6 Carlos Nunes 25-10-2016 18:06
Enquanto os próprios treinadores, desde o MiniBasket se comportarem de forma tão vergonhosa com os próprios atletas, sobrepondo o resultado que gostavam de ter a qualquer orientação pedagógica... esqueçam toda e qualquer urbanidade com os demais elementos do JOGO.
A sociedade vive frustrada, precisa de ganhar o jogo de basket ao sábado e ao domingo e para isso... VALE TUDO!
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+1 #5 Cláudio Vieira 25-10-2016 17:57
Por último deixo também uma crítica aos árbitros mais jovens, que olhando, e muito bem, para os mais experientes, procuram aprender com eles, mas, em muitos casos, quer seja por falta de qualidade de alguns mais experientes (existem muitos com qualidade, e muita, mas poucos com pouca dose de arrogância a acompanhar) quer seja por pouca lucidez de quem está a aprender, o que absorvem mais é a tal arrogância, que juntamente com a qualidade que, por estarem a começar, ainda não é muita, o resultado não é prometedor.
No meu ponto de vista, deve-se dar muito destaque na aprendizagem do árbitro, à presença em campo, que deve ser positiva, mas humilde. Os restantes intervenientes do jogo aceitam muito mais o erro do que a arrogância.
Esta é só a minha opinião, como ex jogador, ex árbitro, e também ex treinador. Há muito por onde melhorar, mas a começar é a varrer o chão da própria casa, antes de nos preocuparmos em varrer o chão do vizinho
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+1 #4 Cláudio Vieira 25-10-2016 17:56
Por outro lado existe também a questão financeira. Neste momento os árbitros financiam a atividade do seu bolso, já que um jogo por vezes demora, demora e demora a ser pago. Se antes os jogos regionais, que eram pagos na hora, pelo menos na associação do porto, ainda serviam para financiar o resto das despesas, neste momento todos os jogos são pagos posteriormente, e quando falo em posteriormente, falo em "sabe-se lá quando".
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+1 #3 Cláudio Vieira 25-10-2016 17:54
Por isso as poucas pessoas que investem na arbitragem deveriam ter um tipo de apoio completamente diferente do que têm. Apesar de estar a melhorar, não é suficiente, nem nada que se pareça. Devia haver um apoio pedagógico, motivacional e técnico tático muito superior ao que existe.
Sei bem que por vezes tal não é possível, por falta de "mão de obra", mas isso não justifica tudo, existem bases que se podem, e devem lançar, que por muito pouca gente que haja é importante que comecem a ser implementadas.
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+1 #2 Cláudio Vieira 25-10-2016 17:53
Esta questão tem muito que se lhe diga.
Há que partir do princípio que árbitro, treinador e jogador vão ver o jogo de formas distintas, e não é possível conseguir que de um momento para o outro estes intervenientes o vejam da mesma forma.
Este é um grande problema, mas para mim nem sequer é o pior. Ninguém quer "perder" sábados, domingos e noites de semana fora da família e/ou amigos para estar num pavilhão e ser constantemente questionado, insultado, e às vezes até ameaçado.
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+2 #1 Ana Pinto 25-10-2016 09:07
Quando os treinadores e árbitros perceberem que devem "remar" juntos e não separados todos os intervenientes do basquetebol vão ganhar!
Infelizmente no Alentejo esta temática está sempre em alta!!! :sad:
Beijinhos San Payo
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