Erro clássico dos pais
 
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Erro clássico dos pais

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Erro clássico dos paisHoje dia 18 de Setembro embarco no Armas, cheio de projectos e sonhos, e de armas e bagagens, com destino ao Funchal onde vou dar início a um novo ciclo na minha vida. Vou aproveitar a viagem, serão vinte e quatro horas de reflexão.

A vida é indubitavelmente feita de ciclos, uns novos e outros que, como a estações: verão, outono, inverno e primavera, se renovam ano após ano. Setembro é na organização desportiva sempre o início de um novo ciclo. Neste ciclo, os pais são fundamentais no minibásquete, pelo que, como fiz no Belenenses o meu último clube, este é um bom momento de lhes dar sugestões sobre a forma de envolvimento nas actividades desportivas dos seus filhos.

O envolvimento dos pais na formação desportiva dos seus filhos é muito importante, até porque já o disse e escrevi várias vezes, sem pais não há minibásquete, e a sua participação permite de diversas formas a realização de muitas actividades. Contudo, nesse envolvimento por mais bem-intencionados que os pais estejam, são por eles cometidos erros. Convêm referir, alguns pais, porque não gosto de generalizações. Neste artigo e nos próximos vou abordar os erros mais frequentes.

Um erro clássico dos pais é a necessidade absoluta da vitória. O resultado no final do jogo é a única coisa importante. Neste caso o foco deixa de estar na criança. Não importa se a criança gostou de jogar, não importa se esta se divertiu, não importa observar a evolução da sua aprendizagem, não importa se soube estar em campo dando o melhor de si, e como tal valorizando o seu empenho e esforço. O que interessa é o resultado.

Diz-me a minha larga experiência, que em muitas destas situações, os pais sobrepõem os seus desejos aos seus dos seus filhos. Os seus sonhos, as suas expectativas são vividos como se fossem eles que estivessem dentro do campo a jogar. Se o filho ou filha ganhar, esses pais vivem essa situação como se tivessem ganho, se o filho ou filha perdeu, sentem a derrota como se esta fosse sua. São pais que necessitam das vitórias dos seus filhos para se sentirem “alguém”. Quanto narcisismo existe neste comportamento?

Para a semana que vem, já no Funchal, continuarei a abordar este tema. Envolvimento dos pais precisa-se, é necessário, fundamental, só que na medida certa e desde que não prejudique os seus filhos. Pois assim sendo, prejudica certamente a sua aprendizagem e evolução e consequentemente prejudica a sua equipa. O minibásquete é um desporto colectivo. A influência negativa sobre uma criança acaba por se reflectir em todo o grupo. Acabo como comecei, este é um erro clássico dos pais, mas convêm reforçar que não faço generalizações, de alguns pais.

 

Comentários 

 
+1 #3 Duarte Klut 01-10-2018 16:39
Totalmente de acordo. É a falta de cultura desportiva.
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+1 #2 San Payo Araújo 20-09-2018 09:13
Caro Paulo Pires
Há muito tempo que não comentava um comentário, passe a redundância. Obrigado pelas suas palavras e sugestão. Da minha parte estarei sempre disponível para acções de sensibilização e informação. Os meus próximos artigos irão continuar a abordar este tema.
Cumprimentos
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+1 #1 Paulo Pires 18-09-2018 21:47
De facto, assiste-se de uma forma generalizada ao "fenómeno" descrito no artigo, não só no basquetebol. Em outras modalidades assume dimensões por vezes impensáveis chegando ao cúmulo de haver pais a gritar com os filhos (Mexe-te! Corre! Vai à bola!....) e com outros intervenientes do evento desportivo (o mais comum, os árbitros) de tom mais depreciativo.
São comportamentos anti-pedagógicos, não contribuem para o desenvolvimento saudável das crianças, criam estereótipos de comportamentos enviesados que se assumem como normais na mente das crianças, que passam a demonstrar comportamentos dentro de campo pouco consentâneos com o espírito desportivo, não se divertem como deveriam, não evoluem nos aspectos técnicos aquilo que poderiam.
Sugiro realizar acções de sensibilização sobre o papel dos pais na educação desportiva dos filhos? Um Workshop no início de cada época e reuniões específicas com pais que ao longo da época vão tendo esses comportamentos!
Talvez ajudasse...
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