Mário relembra o seu homónimo

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altNão me considero uma pessoa saudosista, mas, obviamente, tenho saudades...das "coisas boas"! Felizmente, no basquetebol têm sido muitas. Como os grandes jogadores doutros tempos, entre os quais o Mário Albuquerque é um nome maior!

Admirado por todos quantos gostavam de basquete, não podia ter sido doutra forma, pois reunia em si tudo o que se aprecia num jogador: inteligência, eficácia, leitura de jogo, técnica individual e...não "tremia" nos momentos decisivos!  Quando o vi jogar, assistia habitualmente aos jogos na companhia de outros jovens treinadores e lembro-me de, muitas vezes,  comentarmos, entre nós, quando os jogos estavam "renhidos": o Sporting vai acabar por ganhar, se for preciso um "cesto decisivo"...o Mário Albuquerque "vai pô-la lá dentro"! Felizes dos treinadores que tiveram a oportunidade de treinar um jogador assim... Isto dizia-me (nos) o Prof. Hermínio quando, às segundas-feiras, fazíamos a "análise do fim-de-semana", nas tertúlias basquetebolísticas do (então) ISEF.
 
Lá voltamos às saudades. Já agora... Também tenho muitas de ver a Luz, Alvalade, a Tapadinha, a Tapada d'Ajuda (onde jogavam os clubes sem pavilhão próprio, como o "meu" Algés, o Nacional, o Belenenses, o Carnide...) a abarrotar de gente para ver jogos de basquete!
 
Seria bom que todos os que gostamos da nossa modalidade pudéssemos contribuir para que voltássemos a ter pavilhões cheios...
 
Seguramente que um dos aspectos mais importantes para que tal seja possível é o de cuidarmos das nossas referências (como o Mário Albuquerque), pois, valha a verdade, essa não tem sido uma preocupação de há muitos anos a esta parte... Tem sido um erro grave, um verdadeiro "tiro no pé"! 
 
Tal como se passa com um país, ou com um povo, um basquete sem memória é um basquete sem futuro...

 

 
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