Após ter escrito vários artigos sobre erros clássicos que alguns pais cometem não quero terminar esta série de artigos sem deixar de dar algumas sugestões.
Os pais devem:
- Ser pacientes dar tempo ao tempo aos progressos dos seus e filhos e não terem expectativas desmesuradas relativamente aos seus filhos.
- Permitir que os seus filhos tenham autonomia na actividade desportiva que escolhem. Não é parafraseando o Henri Ford que dizia, que os carros podem ter qualquer cor desde que sejam pretos dizer e há muitas maneiras de o fazer, podes escolher qualquer desporto desde que seja o futebol, o basquetebol, etc.
- Não interferir nas opções e decisões do treinador, que sentido faz dar instruções para dentro de campo com por exemplo, dribla, quando o treinador tinha acabado de dar como primeira opção o passe. A quem obedecer ao treinador ou ao pai? Já viram a situação delicada em que colocam neste caso os vossos filhos obrigando-os a desautorizarem o treinador ou desobedecerem aos pais.
Pais dirijam a vossa atenção para o que é mais importante: o crescimento dos vossos filhos. O que deve ser decisivo para os pais, não é se os seus filhos são convocados, ou não são convocados, se jogam muito ou jogam pouco tempo, se a sua equipa ganha ou perde os jogos em que participam. Para onde os pais devem dirigir a sua atenção, é se os seus filhos estão ou não estão bem integrados no grupo, se gostam ou não gostam, eles não os pais, do treinador e da equipa em que estão inseridos, se vão com gosto e tem prazer em ir aos treinos e aos jogos e finalmente, se estão ou não a evoluir como jogadores, e mais importante do que isso se estão ou não a crescer como pessoas.
Na formação o melhor elogio que me podem dar, aquilo que costumo chamar as minhas “medalhas” mais importantes atribuídas pelos pais, é quando chegam ao pé de mim e me transmitem o meu filho cresceu, ficou mais confiante, mais responsável, mais autónomo. Essas são as “medalhas” que me dão enorme satisfação e em que sinto que cumpri o meu papel de treinador formador.