Integrado no título/base que deu origem a este nosso regresso às 'lides' do Planeta Basket: 'Só se sabe aquilo que se vive' e mobilizado pelo respeito que princípios e valores que a Ética nos merece,
emprestando o contributo dos nossos modestos préstimos, arregacemos, então, as mangas.
Com a visão, clara e responsável, de que o processo psicopedagógico que a D.O.E. (Direção e Orientação de Equipa) sempre deverá representar, será a atitude (mais) assertiva de virmos a engrossar a partícula da 'gota' do 'Oceano' do...conhecimento.
Havíamos anunciado para hoje uma abordagem/balanço do que iria resultar, em termos técnico-táticos, a 'Festa do Basquetebol' que, na sua 16ª edição, decorreu em Albufeira entre 03 e 07 do corrente mês.
E, de entre os vários desempenhos para observação, optámos pelo gesto técnico seguramente mais importante do jogo: o lançamento. Não obstante, e noutro tempo e espaço, podermos trazer à realidade competitiva destes dois escalões etários - sub-14 e sub-16 - outro tipo de análise, talvez até com mais alargada análise, determinada por alguns efeitos comparativos, quer na competição 'portuga', quer eventualmente trazendo à liça o que nos transmite outra realidade, bem próxima de nós - a de 'nuestros hermanos' -. Que serão contas de outro rosário...
Situemo-nos, então, com base nos dados estatísticos recolhidos, no que nos 'deu' o lançamento. Dados extraídos das quatro finais e nos dois setores, não especificando de quais as seleções e de quem contra quem, nem o resultado, nem quem ganhou ou perdeu - afinal, tão só o resultado de uma competição, de um jogo - talvez até para não ferir eventuais suscetibilidades, importando, isso sim, proporcionar uma reflexão que nos permita interiorizar de qual o 'estado da nação'...
Fixemo-nos, então, no desempenho das oito seleções finalistas, indicando quer em %, face aos lançamentos, de 2 e de 3 pontos, também lances livres (LL), quer em média, quando se trata de assistências (passe a concluir com cesto) ou de TO (posses de bola sem lançamento), reportado às equipas finalistas, uma vez que a qualidade do lançamento terá sempre uma relação direta e determinante com o que foi 'feito'..., a 'montante' e coletivamente, naturalmente que muito em função do modelo de jogo desenvolvido, que dará o resultado a...'jusante' ! Tema, pela importância de que se reveste, a ser desenvolvido futuramente.
Nota a considerar: Os jogos tiveram, como o regulamento estabelece, a duração de 4 períodos de 8 minutos, o que perfaz 32 minutos, logo com 20% menos de duração dos, digamos, normais 40 minutos; 20% que dará para acrescentar ou diminuir em função dos dados apresentados e melhor se poder precisar, naturalmente.
Terão certamente compreendido o porquê de termos dado o título: Qualidade do lançamento, parente pobre...
E mais não adiantaremos, pois que constituirá um 'aporte gastronómico' - a justificar uma relação com a prática do jogo -, para irmos fazendo a 'digestão', quem sabe se até à 17ª edição da Festa, para - só aí - tomarmos o pulso à 'pobreza'..., com efeitos comparativos?! Estamos em crer que 'medidas' poderão ser obviadas para que a 'jusante'... os resultados sejam outros, para melhor!
Porque, a propósito, é factual, permitam-nos que referenciemos um escrito nosso, editado nesta mesma tribuna, a 30 de junho de 2022, hoje com 7.892 visitas, quando, a dado passo, referíamos a importância de termos vindo a observar a fragilidade dos fundamentos técnicos apresentados pelos jogadores. Dizíamos, na ocasião, e como hoje o podemos reafirmar, a necessidade de: "Aprender fazendo, integrado no processo ensino-aprendizagem, face à realização de exercícios tão necessários à aquisição do equipamento técnico com base nos fundamentos do jogo, que deverá servir para 'moldar' os jogadores".
Exercícios a desenvolver que deverão estar plasmados numa "situação simuladora do contexto competitivo que o treinador manipula para facilitar ou sobre estimular o limite do desempenho do praticante, dando preferência aos aspetos que (mais) interessam desenvolver nesse momento, nesse eventual ciclo de trabalho".
De considerar, sobremaneira, que o sucesso da execução irá depender da habilidade, também da capacidade percebida por parte do praticante e do nível de desafio e dos objetivos a alcançar presentes em cada exercício.
Uma máxima, no entanto, nos 'compromete' no decorrer do desenvolvimento da D.O.E., face à 'rota' traçada, e enquanto vigilantes e atentos ao 'teatro de operações': Ensinar primeiro, para, só depois, se treinar, levando em linha de conta que: iremos jogar conforme treinarmos!
De há muito - umas dezenas de anitos...- que, convicta e responsavelmente, consideramos serem estes os elementos essenciais, a 'argamassa' indispensável para, em cinco etapas, construirmos o "edifício-atleta", a saber:
- Desenvolver as capacidades das habilidades;
- Desenvolver a velocidade, a força, a resistência;
- Desenvolver a velocidade de execução a introduzir nos gestos técnicos, visando alargar o leque de opções, para uma melhor tomada de decisão;
- Proporcionar a alegria de jogar, de desfrutar o jogo.
Porque, também factual: A construção do "edifício-atleta", e a 'argamassa' a utilizar, foi objeto de comunicação apresentada, a convite da FPB, num Congresso realizado em Julho de 2015, em Coimbra, com organização da Associação local, designado por: "Basquetebol Primeiro".
Time out fechado, para, de seguida, vos anunciar que regressaremos a 25 de Abril com: O talento, a fama e a presunção (II), sendo que o (I), dista de 12 de julho de 2022, hoje com 7.278 visitas.
Até lá, bom Basket.
Aquele abraço fraterno.
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