Um gesto técnico bem executado não disfarça nem emenda uma má decisão. A execução técnica passará sempre pelo cumprimento de duas exigências – a eficácia mecânica e a execução adaptada às circunstâncias.
A aprendizagem depende dos ajustes feitos durante os anos de prática e é essa experiência adquirida que vai deixando marcas significativas na memória e permite dar respostas efetivas a situações idênticas que já se repetiram nos treinos e competições.
Mas, é erróneo pensar que o trabalho tático individual fica completo no treino coletivo; nestas circunstâncias os jogadores terão enormes dificuldades em assimilar toda a informação e estímulos recebidos. São os jogos reduzidos que melhor permitem armazenar na memória as respostas corretas às situações que irão ocorrer nas competições.
Sendo o basquetebol um jogo de incertezas é essa capacidade adaptativa do jogador que permite responder de uma forma flexível e criativa a uma imensa variedade de contextos e situações de jogo.
A experiência aumenta o nosso conhecimento, mas não elimina os nossos erros; aprender com a experiência do fracasso é conseguir mais tarde fazer aquilo que agora não fomos capazes.
O sucesso e o fracasso estão separados por pequenos detalhes; ao medo de falhar está associada sempre a uma resposta titubeante do jogador e a possibilidade de errar na hora de decidir. O principal objetivo do treinador é ensinar o jogador a pensar, a desenvolver um pensamento crítico e a resolver problemas.
A competição é uma sucessão de imprevistos. Por isso antecipar-se ao que vai acontecer reagir às situações imprevistas e assumir a iniciativa são capacidades que o jogador deve treinar.
A tomada de decisão implica pensar e atuar quase em simultâneo, trata-se de um processo complexo em que intervém a atenção, antecipação e memória de uma experiência acumulada.