Hoje, dia 12 - recordemo-lo, uma vez mais, o número da camisola com que ele sempre atuou, e, curiosamente, também seus filhos e netos -, neste que será o penúltimo contributo, em jeito de homenagem, ao nosso querido 'companheiro de armas'
que dava pelo nome de Luís do Ó, e numa altura em que as competições internas, particularmente na área da formação, começam a dar os primeiros passos, ocorreu-nos abordar um tema que muito tem a ver, afinal, com o ser-se ou não capaz de (bem) programar.
Partindo do elementar princípio de que não programar ou programar mal, corresponderá, inevitavelmente, a programar o.…fracasso!
Daí que, programar bem, estará na óbvia dependência de ser-se competente. Mas, perguntar-se-á, face a algumas diabretes que muito vamos observando em diversos quadrantes, a competência atrapalha, e a quem?
Numa abrangência, diremos que, vezes quantas, atrapalha o sistema! Considerando que o sistema é o conjunto das instituições de uma sociedade - desportiva ou não -, a que os indivíduos se subordinam, quer a nível de clubes, quer de associações ou federações representativas, até porque as leis silenciosas que comandam as ações de todos que o integram, é factual (!), rejeitam a competência, porque ela realmente atrapalha, faz evidenciar a incompetência de certos (des) orientadores.
É que ser competente, - dirigente, treinador, atleta - significará possuir habilidades e atitudes compatíveis com a tarefa a desempenhar e ser capaz de colocar esse potencial em prática, no momento certo e de forma coerente.
Nos tempos que sobre nós vão desaguando, numa sociedade quase em letargia coletiva e egoísta, relativamente à essência dos valores do humanismo, em que predominantemente se vai dando mais importância à 'moda' dos selfies, por tudo e por nada..., em detrimento de se ser e de se sentir, ser...competente!
Precisamente, como nos transmite mestre - porque sábio! - António Damásio, nesta já muito célebre ideia-pensamento: "Antes de chegar ao saber é preciso percorrer o ser e o sentir".
Como o Luís de Ó, praticante de basquetebol de eleição, particularmente no ato de lançar ao cesto, 'intragável' para os adversários, mas muito aplaudido por companheiros e adeptos, gostaria de compartilhar connosco temas desta natureza!
De uma simplicidade de processos, com a humildade como pano de fundo e com um fortíssimo carácter na relação com o próximo e com a sociedade, de então, que o rodeava, Luís do Ó, sem o pretender - o que mais o valorizava! -, constituiu-se num ídolo? Mas, assim tanto, poder-se-á argumentar. Sim, num ídolo, porque ensinava, sendo!
Luís do Ó, um dos irmãos que não tivemos!
Paz á sua alma.