Porque tudo tem um fim...
 
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Porque tudo tem um fim...

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altNa passada sexta-feira, um dos mais emblemáticos sítios da blogosfera portuguesa, Seis25, anunciou o seu fim e despediu-se dos leitores de basquetebol.

Os seus dois administradores, João Cruz e Miguel Tavares, vão deixar de escrever no blog e optaram por abraçar novos projectos.
 
Toda a equipa do Planeta Basket e eu em particular, gostaríamos de vos dar os parabéns pela coragem, inteligência e força, com que durante praticamente três anos, bombardearam os vossos leitores com conteúdos de enorme qualidade.

A coragem em primeiro lugar, porque não é fácil de escrever. Não é fácil colocar os ideais e convicções de cada um no papel, sujeitando-se a inúmeras críticas e a vários problemas. A inteligência, dado que os artigos e temas escolhidos foram muito bem trabalhados, muito bem escritos e capazes de transmitir mensagens profundas. A força, pois esta foi essencial para conseguirem preencher este vosso hobby, com a regularidade que os vossos fiéis leitores exigiam.

Como vocês próprios afirmam no vosso último texto: "Ao fim de tanto tempo, o projecto deixou de ter sentido e motivação para quem o fazia". Enquanto leitores assíduos do Seis25, ficamos tristes pois ficaremos privados dos vossos conteúdos de grande qualidade. Mas enquanto parceiros nestas andanças online, fiquem sabendo que a vossa voz terá sempre espaço garantido no Planeta Basket, se assim o entenderem.

Já agora, João e Miguel, achamos que fizeram uma jogada inteligente, já que na próxima época a linha de 3 pontos, passará de seis25 para seis75 e o vosso blogue iria ficar um pouco desactualizado. Apenas ligeiramente!

Por fim, vamos desfrutar de um texto magnífico destes verdadeiros amantes da nossa modalidade.

A despedida

Estamos deitados num dos cantos do piso do pavilhão, o treino acabou e toda a gente toma banho. Sapatilhas ao lado, espreguiçamos os pés, cansados. Depois do momento de intensidade, de concentração, de suor e satisfação, o momento de intimidade.

Nós e o pavilhão silencioso onde ecoam ainda assim os sons próprios de um balneário em banho. Nós e a meia luz. Nós e o fumo que nos sai do corpo a esfriar. As tabelas enormes parecem-nos inalcançáveis.

Levantamo-nos algum tempo depois apoiados no piso e na força dos joelhos, olhamos a marca do nosso corpo no chão e pegamos nas sapatilhas como se de um galheteiro se tratasse. Suspiramos e limpamos o rosto aos coletes que descansavam, também eles, ali ao pé.

Quando um dia nos perguntarem se sabemos o que é uma despedida, sorriremos.

 

 


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