Provas europeias, sim ou não
 
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Provas europeias, sim ou não

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altO campeão nacional Benfica começa esta quarta-feira a sua caminhada nas provas europeias. O único representante português na prova vai medir forças com os ucranianos de BC Ferro ZNTU.

Após alguns anos de ausência de clubes portugueses a competir na Europa, a questão que se coloca é se vale ou não a pena participar nas competições europeias e o que trazem estas competições de positivo ao clube e ao país.

Nos últimos anos, as equipas portuguesas, no sector masculino, têm andado afastadas da Europa. A última representante foi a Ovarense Aerosoles, liderada por Luís Magalhães. E a principal razão apontada para a falta de investimento na Europa é a falta de financiamento.

A realidade é precisamente o contrario do que se passa nos países do leste da Europa, com uma única excepção - também eles sentam dificuldades em arranjar patrocínios. A crise financeira é mundial e todos os países da Europa não lhe escapam.

Mas mesmo com alguma estagnação inerente à tão badalada crise mundial, existem nestes países do leste europeu, além das provas da FIBA Europa, Euroliga e Eurocup/Eurochallenge, mais três provas locais denominadas Liga Báltica, Liga Adriática e Liga Balcânica. A última abrange equipas dos 6º ao 12º lugar de campeonatos fortes como o Grego, o Turco e o Sérvio, aos quais se juntam as primeiras 4-5 equipas de campeonatos mais fracos, como o Romeno, o Macedónio, o Bósnio ou o Búlgaro. E este ano surgiu a hipótese de se avançar para mais uma nova competição – a Liga Mediterrânea.

Ao que parece, a maioria dos clubes de leste procuram disputar mais jogos na Europa em ligas como estas, mesmo apesar dos orçamentos reduzidos e de contarem com menos estrangeiros. Porquê?

1. Normalmente, ao competir neste tipo de provas, estes clubes conseguem garantir a permanência dos seus atletas nacionais pelo menos por 2 ou 3 anos, firmando contratos de longa duração. Com as competições internacionais, atletas e treinadores são estimulados a evoluir cada vez mais. Ao aumentar os índices de competitividade, relativamente ao mais "cinzento" campeonato nacional, as equipas são obrigadas a competir contra equipas mais fortes ou com estilos de basquetebol distintos. Por outro lado, estas competições possibilitam aos clubes do meia da tabela das ligas mais fortes jogar para ganhar alguma coisa, pelo que estas provas são sempre bem vindas.

2. Uma participação numa prova europeia pode aliciar estrangeiros de melhor qualidade a assinar com um determinado clube por um valor mais baixo, que caiba dentro do orçamento do clube. A razão é simples, alguns estrangeiros, ao saber que vão defrontar as mais endinheiradas equipas turcas e gregas por exemplo, estão dispostos a reduzir o valor do contrato, para posteriormente conseguirem dar nas vistas e eventualmente um lugar melhor remunerado numa equipa de um campeonato mais forte.

3. Os custos de participação numa prova como esta são reduzidos devido à proximidade entre estes os países. O custo de participação num grupo composto por 6 equipas (10 jogos) ronda os 20-30 mil euros. Para uma equipa portuguesa participar numa competição semelhante, teria de estar preparada para pagar cerca de duas vezes mais.

Por este custo, as equipas de leste até podem optar por não contratar um ou dois estrangeiros, mas sabem que vão continuar a participar nas provas europeias. Porquê? Porque acreditam que esse é o caminho certo para a evolução e aprendizagem do basquetebol quer a nível de clubes, quer a nível nacional (selecção).

 

 


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