Atlético e Imortal apostaram esta época na valorização das suas equipas, com visíveis ambições de vitória no campeonato e consequente subida ao escalão superior.
Jogadores, treinadores e dirigentes puseram ao longo da época os seus esforços na preparação dos dois conjuntos, para chegarem aos momentos decisivos em condições de ultrapassarem os seus adversários. No passado fim-de-semana enfrentaram-se os dois na Tapadinha nos jogos 2 e 3 da 2ª ronda do Play-Off do CNB1 Sul, e foi o Imortal a passar no exame. Com a vantagem de uma vitória conseguida na semana anterior, os algarvios precisavam de vencer um dos dois jogos para seguir em frente, tarefa que não se adivinhava fácil conhecendo-se a atitude competitiva habitual do Atlético frente ao seu público. No sábado essa dificuldade foi bem evidente com o Imortal a acabar derrotado (64-60), o que elevou a expectativa para o definitivo encontro de domingo. Quando se podia esperar que o Atlético aparecesse galvanizado pelo sucesso da véspera, o que se viu no jogo 3 foi um Imortal em excelente condição física, com um perfeito controlo das emoções e totalmente concentrado no jogo, e que ainda trouxe uma lição táctica bem estudada corrigindo aspectos em que tinha estado menos bem no jogo 2.
No sábado o Atlético manteve algum ascendente na 1ª parte, terminando em vantagem o 1º período (18-14) e o 2º (31-29). No 3º quarto o Imortal esteve particularmente eficiente nos lançamentos e isso valeu-lhe passar para a frente (46-49), mas no último período os locais conseguiram tirar partido das perdas de bola dos visitantes e chegaram em vantagem aos momentos finais do encontro. A 40 segundos do fim um triplo do Imortal ainda colocou a diferença em apenas 1 ponto, mas na sequência de um ataque bem trabalhado, o Atlético respondeu igualmente com um triplo, fixando os 4 pontos da diferença final.
No encontro de domingo foram os visitantes que tiveram predominância no 1º período, que terminaram a vencer (12-16). O esforço de recuperação do Atlético permitiu-lhe chegar ao fim da 1ª parte com o resultado empatado (27-27), mas a partir do meio do 3º quarto o Imortal passou para a frente de forma definitiva. Uma entrada para o cesto terminada com afundanço pareceu soltar os algarvios, que conseguiram quase de seguida 3 roubos de bola, 2 deles terminados com contra-ataque, e 2 dos seus 3 triplos do encontro. No final do 3º período o Imortal vencia (43-48). No último quarto, apesar de todos os esforços dos locais para se aproximarem, o bom desempenho defensivo dos visitantes não o permitiu, e a 1 minuto e 45 segundos do fim o marcador acusava 9 pontos de vantagem para a equipa de Albufeira. O Atlético passou a usar o recurso às faltas para parar o cronómetro mas não conseguiu com isso dispor das oportunidades de lançamento suficientes para recuperar, pois o Imortal, embora tenha vacilado um tanto da linha de lance livre, esteve muito bem no ressalto ofensivo não deixando ao Atlético as posses de bola de que este necessitava, e o final do jogo chegou com a vitória dos visitantes (63-70).
O Imortal apresentou-se nesta eliminatória no seu melhor momento de forma da época. Numa equipa com algumas limitações de rotação, a disponibilidade de todos os jogadores é fundamental, pelo que a recuperação da forma física de jogadores que tinham tido períodos de afastamento durante a fase regular criou as condições para a equipa passar esta ronda com sucesso. No decisivo jogo 3 os algarvios mostraram muito bom desempenho na defesa ao jogo interior alcantarense, com as ajudas a surgirem no momento certo e a obrigarem o Atlético a mais lançamentos exteriores do que gostaria. Também nos ressaltos os visitantes levaram vantagem, ficando como aspecto mais negativo a baixa percentagem de lances livres no jogo 3. Em 44 tentativas os algarvios concretizaram apenas 25 (57%), em contraste com os 91% do Atlético (20 em 22), o que poderia ter-lhes sido fatal na parte final do encontro. Do lado alcantarense as ausências registadas afectaram principalmente a sua capacidade de lançamento exterior, e mesmo conservando o bom nível do seu jogo interior, não foi no Play-Off que se viu o melhor Atlético da temporada.
Na outra eliminatória confirmou-se a esperada superioridade da Academia sobre o Montijo, num jogo ainda com menos pontos do que no 1º encontro (49-38).
A final da Zona Sul vai assim colocar frente a frente Academia e Imortal, e face às decisões federativas entretanto anunciadas, de manutenção do quadro competitivo da Liga e Proliga, só o vencedor subirá de divisão.
Jogo 1
Sábado, 5 de Maio de 2012
Imortal-Academia às 17:30h no Pav. Desportivo de Albufeira
