Tel Aviv (Israel) – A comitiva portuguesa chegou esta madrugada (00H55) ao Aeroporto Ben Gurion, em Tel Aviv, procedente de Viena, onde se fez uma escala de 6 horas e meia.
Cumpridas as formalidades habituais sem qualquer complicação, saímos do Aeroporto com destino ao Hotel Leonardo, pertencente à cadeia com o mesmo nome, instalado na Leonardo City Tower, uma torre enorme (30 andares pelo menos), que tem também apartamentos (zona residencial).
Depois de uma ceia ligeira, foi hora de recolher aos quartos, cerca das 02H30, para o merecido descanso. No final do pequeno-almoço a equipa técnica decidiu anular o treino que estava marcado para as 13H00, preferindo que as jogadoras recuperassem do desgaste acumulado (a equipa está nestas andanças desde meados de Maio, portanto há 2 meses, com grandes deslocações pelo meio) e ao princípio da noite façam um bom treino à hora do jogo de amanhã.
Logo após o pequeno-almoço alguns membros do staff fizeram uma pequena caminhada com o objectivo de desentorpecer as pernas, mas o excessivo calor (ainda não era meio-dia) agravado pelo facto de haver poucas sombras no percurso, encurtou o passeio decorridos cerca de 45 minutos.
Antes do treino desta noite, fizemos a habitual antevisão do encontro com o seleccionador nacional, Ricardo Vasconcelos. Sabendo que o jogo de amanhã (início às 21H00) é o último da campanha iniciada a 13 de Junho, na Ucrânia e que Israel já está completamente afastado da hipótese de apuramento, após a derrota sofrida em Sopron, na passada 4ª feira ante a Hungria (vitória das húngaras por 73-66), com mais uma prestação decisiva da norte-americana naturalizada Quigley (20 pontos) por banda do conjunto magiar, questionámos o nosso interlocutor se acredita eventualmente em alguma desmotivação por parte das israelitas, que conjugada com o facto de termos discutido o triunfo em Casal de Cambra (derrota por 60-62), há pouco mais de duas semanas, dará alguma réstia de esperança às nossas representantes para a obtenção do 1º êxito luso.
«Israel vai fazer o primeiro jogo sem a pressão competitiva a que esteve sujeito até à ronda anterior. Vem de uma jornada de desalento em que perdeu matematicamente as hipóteses de se qualificar. É claramente a equipa do ponto de vista biométrico que não apresenta uma estatura tão alta como os outros opositores e a verdade é que todos ficámos com a noção de que era um adversário que podíamos ter vencido em casa. Sabemos no entanto que a selecção israelita é uma equipa fortíssima em casa (só perdeu com a Hungria), com um ambiente que ajuda a galvanizar as suas jogadoras e essa será claramente a sua maior arma.», referiu o seleccionador luso na sua abordagem à questão.
Mais adiante analisou de uma forma pragmática as nossas possibilidades em conseguir um resultado positivo: «Assim penso que estão reunidas todas as condições para fazermos mais um jogo onde queremos ser competitivos, entrar a pensar em ganhar, sem perder de vista que é mais uma oportunidade de ganharmos mais experiência, importante neste tipo de competição. Acredito que a sua base e a “2” são as que mais desequilíbrios criam a jogar no 1x1 e no 2x2, pois são jogadoras com experiência de Euroliga, concretamente a Shay Doron no Ekaterinburg (Rússia) e a Liron Cohen no Familia Schio (Itália) e portanto tenderemos a organizar a nossa defesa no sentido de diminuir o tempo de posse de bola nas mãos destas duas jogadoras.».
Fazendo uma leitura da estatística do jogo da 1ª volta em que por exemplo foi evidente o equilíbrio na área pintada (20 pontos nossos contra 18 das israelitas), o que não foi possível nos confrontos com os outros adversários, muito fortes nesse capítulo, Ricardo Vasconcelos disse que «temos necessidade de provocar mais faltas e ter mais atenção à Abramzon que pode aproveitar as folgas da pressão que vamos fazer em relação à Doron e à Cohen.».