Clinic de SMU – parte III
 
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Clinic de SMU – parte III

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Fran  FraschillaComo treinador, será que estás preparado para ter resposta a todas as situações que te aparecem? Será que no processo de treino dedicaste o tempo suficiente?

Foram com palavras energéticas e bem objectivas que Fran Frascilla começou a sua intervenção no Clinic de SMU. Com antepassados italianos, o treinador Fran é uma pessoa energética e muito firme nas suas palavras, que treinou basquetebol universitário ao mais alto nível (Universidade de Manhattan, St. John´s e Novo México) e é considerado há muitos anos o melhor analista de basquetebol universitário dos Estados Unidos (ESPN) e um dos melhores em relação ao basquetebol internacional.

Começou por fazer uma pergunta a toda a plateia, “Como treinador, será que estás preparado para ter resposta a todas as situações que te aparecem? Será que no processo de treino dedicaste o tempo suficiente?”, e continuou, “Temos que estar preparados para tudo ou pelo menos quase tudo... quantos de vocês têm várias defesas para as diferentes saídas dos bloqueios directos e indirectos? Quantos de vocês têm definido o ressalto ofensivo? E o defensivo? As transições, os ataque secundários, as rotações defensivas?”. De seguida para dar ainda mais ênfase ao seu ponto sobre preparação e organização, diz o seguinte: “Até quando peço um desconto de tempo, tenho organizado como os jogadores se sentam! À minha frente o meu base, o meu general em campo, a minha extensão, por trás dele em pé o seu substituto, nas duas cadeiras ao seu lado direito os dois extremos, e por trás deles em pé os dois extremos que estão no banco, nas duas cadeiras ao lado esquerdo do base os dois postes e por trás deles de pé os seus substitutos. Assim quando peço um desconto de tempo estou a falar directamente com uma ordem e sei que se precisar de substituir no minuto a seguir, quem entrar ouviu exactamente o que eu disse e pode entrar em campo para fazer o seu trabalho.”

Sempre muito activo, começou por dizer que devemos nos agarrar ao que acreditamos, ou seja, se somos treinadores que acreditamos em ataque de continuidade (motion) então devemos trabalha-las até à exaustão, se somos treinadores de jogadas onde os movimentamos para uma determinada posição (set play´s) então devemos trabalha-las, agora o que não devemos, é achar que devemos trabalhar tudo, pois mais vale sermos muito bons num aspecto do jogo, do que medianos em tudo.

No seguimento fala-nos da influência que o jogo internacional tem nele e começa por demonstrar um ataque de continuidade onde o objectivo é jogar 2x2 num lado do campo, colocando o jogador interior do lado contrario, entre a posição de base e extremo na linha de três pontos do lado fraco, de modo a que possa receber a bola, e após o corte do extremo, joga novamente 2x2 com o jogador do canto. Uma movimentação muito rica em termos do espaço entre sectores e abre o campo para cortes e bloqueios directos e desfazer.

Acaba a sua intervenção referindo que “ensinem o jogo como ele é, não tenham medo de inovar mas não queimem etapas essenciais na formação dos atletas pois eles podem não perceber o mal que lhes estão a causar, mas a médio longo prazo irão pagar a factura. Sejam sempre muito exigentes e honestos com eles, olhem nos olhos e digam a verdade, mesmo que este possa doer no momento, mas se for benéfico para o seu crescimento não pensem duas vezes. Eu amo este jogo logo tenho uma obrigação profunda de ser correcto para com ele pois ele já me deu muito mais do que eu alguma vez imaginei.”

Amanhã termino os artigos relativos ao clinic de SMU com a intervenção de Larry Brown, alguém que me impressionou por vários motivos, especialmente pela humildade de alguém que já pertence ao quadro da fama do basquetebol (Hall of Fame).

Eu Vejo-te...
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