A tortura do lance livre
 
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A tortura do lance livre

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CNB1 SulNo confronto que levantava as maiores dúvidas sobre quem passaria na 1ª eliminatória do Play-Off da Zona Sul do CNB1 o factor casa não funcionou.

O Moscavide foi ao Restelo confirmar no jogo 2 a vitória do jogo 1 e conseguiu assim ser o único dos piores classificados (5º) da fase regular a eliminar um dos melhores classificados (4º), sem necessitar do 3º encontro. Ao conjunto do Restelo não havia faltado espírito de luta no encontro anterior, pelo que era legítimo esperar que em casa os azuis melhorassem o seu jogo e colocassem os visitantes em dificuldades. Em vez disso o que se viu foi um Belenenses ansioso, incapaz de contrariar o jogo mais organizado do Moscavide e de tirar partido dos pontos fracos do adversário. Diferenças significativas de envergadura entre um defensor e um atacante a jogar em posição interior, só podem ser superadas com um grande sentido posicional e velocidade de movimentação do lado da defesa. Quando estes factores são insuficientes o que sobra é o recurso à falta, e o Moscavide não fez cerimónia neste aspecto. Cedo se viu no entanto o desacerto dos locais da linha de lance livre, e à medida que os visitantes cometiam faltas a percentagem dos azuis piorava. Ir para a linha de lance livre passou a ser uma tortura para os jogadores da casa, que não acertavam com o cesto. O Belenenses dispôs de um total de 46 lançamentos da linha de lance livre mas converteu apenas 20, correspondentes à muito fraca percentagem de 43%. Ao contrário, o Moscavide registou a boa percentagem de 79%, convertendo mais pontos (23) em menos tentativas (29). Pode concluir-se que este foi, do ponto de vista estatístico, o factor decisivo do jogo, uma vez que a percentagem de lançamentos de campo esteve nivelada por baixo (33% de ambos os lados) e o Belenenses dispôs de mais posses de bola e situações de lançamento, fruto do seu domínio nos ressaltos que o menor número de turnover’s do Moscavide não chegou para compensar. Claro que por trás da estatística estão os argumentos das equipas e a atitude que colocam no jogo, e a este nível o Moscavide mostrou a confiança e o autocontrolo nos momentos decisivos, que a maturidade e a experiência proporcionam.

O jogo começou com um parcial de (6-0) para o Belenenses, mas logo o Moscavide assentou o seu jogo e terminou o 1º período já na frente (11-14). No final do 2º quarto a diferença tinha aumentado (26-34) e chegou a um máximo de 16 pontos durante o 3º período, mas à medida que os minutos passavam o excesso de faltas dos visitantes limitava-lhe as soluções, e adivinhavam-se sérias dificuldades para o Moscavide na fase final do encontro. O 3º quarto terminou com o marcador a assinalar (39-51) e na primeira metade do último período assistiu-se a uma reacção azul que reduziu a vantagem visitante para 7 pontos. Na última fase do encontro os descontos de tempo sucederam-se, e o Belenenses procurou até ao fim inverter o resultado. A diferença mínima neste período chegou a ser de apenas 2 pontos, mas valeu ao Moscavide a serenidade no controlo da posse da bola e a segurança da linha de lance livre para garantir a vitória (56-62).

Não houve surpresas nos restantes confrontos. Todos os vencedores do jogo 1 repetiram a vitória em casa, pelo que não se efectuou nenhum 3º jogo. O Atlético obteve, face ao Ginásio Olhanense o resultado mais volumoso (73-49). Já a vitória do Estoril sobre o Seixal aconteceu por números inferiores aos do 1º jogo (57-49). No Lumiar o Cruz-Quebradense ainda se aproximou no marcador durante a 2ª parte mas não conseguiu evitar a 2ª derrota face à Academia (82-70).

Na meia-final do Play-Off o Atlético vai defrontar o Moscavide e o Estoril enfrenta a Academia, com os jogos 1 a terem lugar no domingo no Lumiar e em Moscavide.

5 de Maio

  • Academia-Estoril às 15:30h no Pav. da Esc. Sec. do Lumiar
  • Moscavide-Atlético às 17:30h no Pav. do Moscavide

 

 


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