A alegria do 1º cesto
 
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A alegria do 1º cesto

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altNa estrutura da federação o minibásquete está inserido no sector da captação e fomento, no entanto esta captação está muito longe de ser apenas de praticantes.

O minibásquete é actualmente, também, a grande porta de entrada de treinadores e dirigentes. Para alguns treinadores é o ponto de partida para outros escalões, no entanto, também há felizmente treinadores que se fidelizam ao ensino do minibásquete. Irina Vaise Ferreira já trabalha há uma série de anos no minibásquete, pelo que temos todo o interesse em ouvir o que pensa sobre a dinâmica do mini no seu clube, na sua região e no país.


Como habitualmente, gostaria de saber, como começou a tua ligação ao basquetebol?
A minha ligação começou há muitos anos, enquanto adolescente. Em tempos o meu pai foi jogador e eu sempre adorei desporto, até que, no 7º ano, por brincadeira, num torneio da escola, pedi ajuda ao meu pai. Nasceu aí a paixão por esta modalidade. Decidi estudar desporto e educação física na faculdade e especializar-me nesta área. Na FCDEF-UP tive o privilégio de aprender com professores universitários e colegas extraordinários e de integrar o desporto universitário. A minha disponibilidade em termos pessoais não permitiu ter um percurso enquanto jogadora, mas a paixão pela modalidade fez-me investir na carreira enquanto treinadora. A primeira experiência de treinadora foi no FCP, com o minibasquete. Abracei o projeto com muito entusiasmo e desde então não mais deixei o basquetebol. No terceiro ano da universidade, a convite do Rui Alves, integrei um projeto em Lousada (minibasquete e iniciados). Fiz a especialização de basquetebol na FCDEF, participei na organização do mundial de juniores em 99, abracei o projeto do Compal Air 3x3, desde que sou docente no algarve e conheci o Sr.º José Marrana (diretor da seçcão) que me deu a oportunidade de abraçar este maravilhoso projeto do Portimonense SC.

Há quantos anos estás a treinar os escalões de mini do Portimonense? Tens alguma ideia de quantas crianças nestes anos já passaram por ti?
No Portimonense SC estou há 5 épocas. Iniciei em janeiro de 2008 com o minibasquete. Talvez já tenham passado cerca de 250 crianças, mas o mais gratificante é ver que muitos ainda continuam ligados à modalidade e ao clube.

Que escalões estás actualmente a treinar? E como está organizado o minibásquete do Portimonense?
Há três épocas que estou a treinar os sub-14 masculinos, e sou coordenadora/treinadora do minibasquete há cinco. Todo o minibasquete é coordenado por mim; temos atletas Mini-8, Mini-10 e Mini-12. Os Mini-12 têm um treinador e treinam 3 vezes por semana, 1h30. Os Mini-8 e Mini-10, treinam 2 vezes por semana 1h30 e têm dois treinadores (professores qualificados, com experiência no desenvolvimento de atividades com crianças e com formação pedagógica). Esta tem sido a minha aposta enquanto coordenadora. Cada vez mais tenho a perceção que a qualidade nos treinadores do minibasquete é fundamental. Só assim podemos garantir a qualidade nos futuros jovens jogadores e a melhoria do basquetebol em Portugal. A verdade é que os resultados desta aposta já começam a dar fruto nos resultados do clube. Tenho por base uma relação próxima e regular com as equipas/treinos /treinadores e pais. No Portimonense regemo-nos pelo princípio da igualdade e da oportunidade e focamo-nos prioritariamente no desenvolvimento integral e motor da criança, sem saltar etapas de aprendizagem.

Nestes anos há alguma história em especial que tenha acontecido e gostasses de partilhar?
Já foram algumas as histórias, mas a mais recente foi no ano transato, nas festas do basquetebol, quando reencontrei um jogador e a família de um dos primeiros atletas que tive, ainda no Porto. A alegria com que os pais se referiram ao trabalho que desenvolvi com o seu filho, e o brilho nos olhos que se estabeleceu entre nós, deixou transparecer que são dos bons momentos e da qualidade de trabalho que desenvolvemos, que perduram como experiências importantes nas nossas vidas. Foi realmente encantador recordar aquele traquina irrequieto de 5 anos que ainda continua nos trilhos do basquetebol.

Mudando de assunto o Portimonense é neste momento o único clube que já participou por duas vezes em eventos para Mini-10, onde são realizados concursos de lançamento padronizados, e por equipas. Qual é a tua opinião sobre o novo modelo do Memorial Mário Lemos e o que pensas sobre o projecto que o CNMB quer lançar para o ano que vem: O Circuito Mário Lemos?
Primeiro, gostava de partilhar que é com bastante orgulho que recebo esta notícia. Considero importante a participação dos atletas em atividades desta natureza, onde a partilha de saberes e o convívio são extraordinários. O fato de participarem nestas iniciativas, ajuda a fomentar e a aumentar o gosto pela modalidade; enquanto coordenadora, permite-me perceber se estamos a desenvolver um trabalho de qualidade ou não, comparativamente a outros clubes e a nível nacional; colabora na incrementação do basquetebol do algarve e ajuda os pais a envolverem-se e a valorizarem mais e melhor a modalidade e o trabalho desenvolvido. O novo modelo do Memorial parece um evento de excelência pelo que referi anteriormente, por isso fiquei muito feliz, por terem vindo ao algarve e, nomeadamente, a Portimão fazer uma etapa experimental. Quanto ao que pretendem lançar para o próximo ano, considero uma excelente aposta e no que depender da minha colaboração e do Portimonense SC é um projeto para continuar.

Na sequência da pergunta anterior o que pensas sobre esta aposta do CNMB em organizar actividades para o escalão de Mini-10?
Como referi anteriormente, considero extremamente importante desenvolver iniciativas e atividades desta natureza. Todos têm a ganhar, essencialmente os atletas. Pelo exposto, espero que continuem a apostar na organização de atividades nacionais só para este escalão.

Como está o minibásquete a nível regional?
O minibasquete regional tem vindo a evoluir. Esta época, foi criado o Comité Distrital de MB, da qual tive o privilégio de ser convidada a integrar. O grupo de trabalho para já é reduzido, mas pretende-se ampliar nas próximas épocas, com os restantes treinadores e coordenadores dos clubes da associação. Com este CDMB, ao longo da época, discutimos, avaliamos, preparamos e dinamizamos mais atividades, assim como contribuímos para uma melhor a estrutura organizativa e competitiva do minibasquete. Preparamos de forma mais cuidada a seleção de mini-12 com vista à participação nas Festas do minibasquete em Paços de Ferreira; observamos atletas em treinos conjuntos; avaliamos a execução de gestos técnicos considerados como essenciais, entre outras atividades. Acho que o contributo tem sido positivo, apesar de algumas arestas ainda terem de ser limadas.

O que poderia ser feito para melhorar o minibásquete a nível nacional?
Sugeria a criação de formação de treinadores/monitores a nível do minibasquete; uma espécie de clinic só acerca de minibasquete; mais atividades inter-associativas, para além dos Jamborees, talvez do género/dinâmica do Memorial Mário Lemos.

Que opinião tens do Planeta Basket?
O Planeta Basket é um “local” de excelência para a partilha de saberes e experiências. Como costumo dizer “é um local a não deixar de ir”. Sempre atualizado, com bastantes informações, vídeos, imagens, artigos técnicos, competições, entre muito mais, desde o minibasquete até à liga profissional, euroliga… enfim um mundo de basquetebol a conhecer e a visitar, onde todos têm algo a acrescentar a esta modalidade.

Para terminar que pergunta gostarias que te fizessem e que resposta darias?
Qual o escalão/faixa etária mais gratificante para ser treinador/treinar?

Resposta: O MINIBASQUETE. As pequenas melhorias são enormes conquistas e não existe nada melhor que o sorriso de uma criança de 5/6 anos quando consegue encestar pela primeira vez.

 

Comentários 

 
+2 #2 Rui Alves 22-06-2013 23:06
Grande treinadora, grande mulher, grandes memórias, grandes saudades :)
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+2 #1 San Payo Araújo 20-06-2013 11:48
Como compreendo bem o que a Irina diz quando se refere ao sorriso duma criança que consegue encestar pela primeira vez. São momentos verdadeiramente mágicos...
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