Os Oklahoma City Thunder são os claros favoritos desta divisão e apontam à presença na final. Quanto às restantes equipas, a imprevisibilidade é a palavra de ordem.
Oklahoma City Thunder
A lesão de Russell Westbrook foi um dos momentos decisivos dos playoffs do ano passado, pois assim que o explosivo base se foi abaixo, os Thunder ficaram bastante mais limitados e acabaram por ser presa fácil para os Memphis Grizzlies na 2ª ronda. Com o parceiro afastado por lesão, Kevin Durant teve de assumir praticamente sozinho as despesas do conjunto e o desfecho não foi o melhor para os de OKC.
Neste início de época e com Westbrook ainda a recuperar da lesão, os Thunder sentirão certamente algumas dificuldades e esperam que Serge Ibaka, Thabo Sefolosha e Reggie Jackson assumam maior protagonismo ofensivo para tirar algum do peso de cima dos ombros de Durant. Entre entradas e saídas, os Thunder ficaram a perder, nomeadamente com a saída de Kevin Martin para os Wolves, mas contam com o jovem Jeremy Lamb para assumir o seu papel. No banco continua Scott Brooks, um jovem treinador que tem tido bons resultados nas fases regulares, mas que não têm tido a continuidade desejada nos playoffs. O objectivo volta a ser o título, mesmo apesar da equipa aparentar estar um pouco mais fraca que em anos anteriores.
Denver Nuggets
Os Nuggets foram dos grandes derrotados do defeso com a perda de Iguodala para os Warriors e de George Karl para o desemprego. Foi um final inesperado de uma ligação de nove anos entre Karl e os Nuggets, até porque em cada uma dessas temporadas os Nuggets atingiram os playoffs. Para o seu lugar chega Brian Shaw, um dos discípulos de Phil Jackson nos Lakers e que nos últimos anos foi treinador associado de uma das equipas mais bem sucedidas da liga, os Indiana Pacers.
Shaw irá liderar um plantel com um enorme potencial físico e irreverência, mas com um QI basquetebolístico algo limitado, sobretudo no jogo interior. Alem de Iguodala, os Nuggets viram tambem partir Corey Brewer e Kosta Koufos e não poderão contar com Danilo Gallinari por tempo indeterminado devido a lesão. Para os seus lugares chegam Nate Robinson, Randy Foye e J.J. Hickson, elementos capazes de contribuir de imediato, e que se juntam ao núcleo duro formado por Ty Lawson, Wilson Chandler, Kenneth Faried e JaVale McGee. A equipa de Denver vai tentar lutar pelos playoffs, mas a tarefa será árdua.
Ano de revolução em Salt Lake City com as saídas de Al Jefferson, Paul Millsap e Mo Williams, todos eles membros do cinco inicial na época passada. A Utah chegam dois rookies promissores, o base Trey Burke e o gigante francês Rudy Gobert mas pouco mais. É sinal claro da aposta na juventude e no futuro não muito próximo da equipa.
Gordon Hayward, Derrick Favors e Enes Kanter são talentos promissores e deverão assumir este ano maior protagonismo na liderança da conjunto. Mas na presente época os Utah Jazz irão passar por muitas dificuldades, podendo considerar-se que a presença nos playoffs não passa de uma miragem.
Portland Trail Blazers
Ter individualidades com talento não chega para tornar uma equipa bem sucedida. E os Blazers dos últimos anos disso têm sido um bom exemplo. Damian Lillard foi uma das grandes revelações da temporada transacta, ao vencer o título de rookie do ano e é já um dos líderes do conjunto. O outro é LaMarcus Aldridge, que apesar dos excelentes números, tarda em demonstrar ser capaz de conduzir a equipa a patamares superiores.
O conjunto de Portland perdeu Hickson para os Nuggets, mas reforçou-se bem com Mo Williams, Dorell Wright, Thomas Robinson e Robin Lopez. Nicolas Batum e Wes Matthews são um garante de consistência nas posições de extremos, pelo que na teoria, a equipa está mais forte e poderá muito bem chegar este ano aos playoffs, objectivo falhado nas duas últimas temporadas.
Minnesota Timberwolves
Depois de mais uma época difícil e marcada por inúmeras lesões, os Wolves parecem estar prontos para causar impacto este ano. Disso depende provavelmente a continuidade de Kevin Love em Minnesota, até porque o conceituado extremo-poste já deu a entender que quer lutar por títulos e que se os Wolves não lhe derem essa possibilidade, ele iria considerar uma mudança de ares.
A condução do ataque estará entregue ao base espanhol Ricky Rubio, que procurará traduzir para o campo as ideias de Rick Adleman, um dos melhores treinadores da competição das últimas décadas. Os grandes reforços dos Wolves são Kevin Martin e Corey Brewer, com destaque para Martin que se reencontra com Adleman, depois de terem trabalhado juntos em Sacramento e Houston. Há ainda que contar com as contribuições de Nikola Pekovic, Derrick Williams, Alexey Shved e José Juan Barea e esperar que as lesões não voltem a estragar a época. Os Wolves apontam aos playoffs e poderão muito bem consegui-lo, juntamente com uma grande dose de espectáculo com que deverão presentear os seus adeptos, sobretudo quando Rubio estiver em campo.