Cada equipa tem os seus pontos fortes e fracos, de tipos muito diferentes mas que podem dividir-se em dois grandes grupos: os ligados directamente ao jogo, sejam eles de técnica individual,
atléticos ou do conhecimento do jogo colectivo, e os de ordem geral, ligados ao comportamento dos jogadores e do grupo sob a pressão da competição, designados habitualmente como motivação, competitividade ou concentração. Umas décadas atrás não era comum o uso destes termos, e as equipas que se distinguiam por estas características de nunca desistirem e procurarem a vitória até ao fim, insensíveis às situações de desvantagem, eram apelidadas com termos menos eruditos como “raçudas” ou “equipas-carraça”.
No Estoril Basket-Barreirense assistiu-se a um confronto entre dois conjuntos de características muito distintas. Dispondo de executantes de bom nível técnico, com soluções satisfatórias para todas as posições e sendo a única equipa sem derrotas no Sul A, o conjunto da casa reunia todas as condições para ser considerado favorito. Para contrariar este favoritismo, os representantes da cidade bastião operário da margem Sul trouxeram a sua atitude guerreira e o conta-rotações sempre no máximo.
O encontro bem podia ter começado só no 2º período, tão mal se jogou no 1º. Nervosismo de parte a parte originou correrias sem nexo e maus passes que deixaram o resultado dos primeiros 10 minutos num anémico (11-8). No 2º quarto a qualidade do jogo subiu e os visitantes chegaram a estar na frente, mas bastou ao Estoril colocar serenidade no ataque e começar a acertar nos lançamentos de longa distância para passar para a frente e terminar a 1ª metade numa posição dominante (37-30). A equipa da casa manteve a liderança durante o 3º período mas sem conseguir confirmar a sua superioridade e afastar-se no marcador, ao mesmo tempo que os visitantes ganhavam confiança à medida que os minutos passavam e conseguiam não deixar fugir o adversário. À entrada dos 10 minutos finais (50-46) adivinhava-se que o Estoril precisava de abrir uma diferença mais confortável para se colocar a coberto da raça barreirense nos últimos minutos. Em vez disso os homens do Barreiro continuaram a disputar intensamente cada ressalto e cada posse de bola, e a energia colocada em cada acção parecia gerar ainda mais energia e concentração para a acção seguinte. A 2:05 minutos do fim o Barreirense igualou o marcador (62-62). Este foi o toque final para os “operários” acreditarem mesmo na vitória e não deixarem o conjunto da linha voltar ao comando. Os finais de jogo equilibrados são os piores momentos para incorrer em perdas de bola, e isso aconteceu por duas vezes ao Estoril nos 2 minutos finais. O resultado final (66-70) favorável ao Barreirense é bem a expressão da vontade e do querer colocados em campo pelo conjunto do Barreiro.
O fim-de-semana do Barreirense completou-se com a vitória em casa face aos Salesianos OSJ (79-60). Duas vitórias registaram também o Algés B, na visita ao AEFCT (36-75) e na recepção ao Seixal (72-66), e o Basket Almada, em casa frente ao Basket Queluz (56-44) e fora com o Estoril Praia (34-76). Uma vitória em casa foi o que conseguiram os Salesianos OSJ com o Estoril Praia (72-34), o Seixal com o União Sportiva (63-59) e o Montijo com o Cruz-Quebradense (66-34). AEFCT na visita ao Basket Queluz (65-66) e Estoril Basket com o Cruz-Quebradense (49-59) conseguiram uma vitória fora.
O Barreirense passou a ocupar o 1º lugar da tabela a par do Estoril Basket, ambos com (7v/1d). Basket Almada (6v/2d), Seixal e Algés B, ambos com (5v/3d) e União Sportiva (5v/2d), este com um jogo a menos, completam a 1ª metade da classificação.
No Centro/Sul só Física e NB Queluz venceram os seus dois encontros. O conjunto de Torres Vedras superiorizou-se em casa ao Odivelas (77-47) e fora ao Técnico (37-56). O NB Queluz levou de vencida o Chamusca fora (61-63) e conseguiu em casa uma importante vitória face ao Atlético (71-68) que por sua vez tinha vencido no dia anterior o Belenenses em casa (79-75). Os restantes 4 encontros terminaram todos com vitória dos visitados: o Malveira conseguiu o seu 1º sucesso ao receber o Técnico (72-71), o Belenenses venceu o Malveira (82-54), o Moscavide bateu a Academia B (70-61) e o Rio Maior levou a melhor sobre o Chamusca (68-64). O Academia B-Rio Maior foi adiado. A Física passou a ser a única equipa invicta (7v/0d) após a 1ª derrota do Belenenses que é agora 2º isolado (6v/1d). O 3º lugar é partilhado por Atlético e NB Queluz (5v/2d) e o Moscavide é 5º (4v/3d), sendo de salientar a série de 5 vitórias seguidas do NB Queluz depois das duas derrotas iniciais.
No Sul B disputaram-se apenas 3 encontros devido ao adiamento do Imortal-Ferragudo. O Reguengos de Monsaraz voltou aos centenários na visita ao Beja (42-102), marca superada pelo Ginásio Olhanense ao receber o Grândola (105-57). Resultado nivelado só aconteceu no Tubarões-Salesianos de Évora (79-72). O Reguengos segue em 1º (4v/1d) mas o único sem derrotas é o Imortal (4v/0d), e em 3º está o Ferragudo (3v/1d).
No próximo fim-de-semana disputa-se a 9ª jornada do Centro/Sul e Sul A, e a 5ª do Sul B
6/12/2013
- Física-Belenenses às 21:30h no Pav. da Física - Torres Vedras
7/12/2013
- Estoril Basket-União Sportiva às 14:30h no Pav. dos Salesianos – Manique
- Montijo-Algés “B” às 16:00h no Pav. Mun. nº 1 – Montijo
- Malveira-NB Queluz às 16:30h no Pav. Mun. Engº Ministro dos Santos
- Chamusca-Moscavide às 17:00h na Esc. EB 2,3 – Chamusca
- Reguengos de Monsaraz-Tubarões às 17:00h no Pav. Reguengos
- Seixal-Basket Queluz às 17:30h no Pav. sede do Seixal
- Beja-Imortal às 18:30h no Pav. Mun. de Beja
- Odivelas-Técnico às 21:00h no Pav. Mun. Susana Barroso
- Atlético-Rio Maior às 21:30h no Pav. da Tapadinha
- Estoril Praia- Barreirense às 21:30h no Pav. Salesianos 1 - Estoril
8/12/2013
- Salesianos OSJ-Cruz-Quebradense às 15:00h no Pav. das Oficinas de S. José - Lisboa
- Basket Almada-AEFCT às 15:30h no Pav. Mun. do Laranjeiro
- Salesianos de Évora-Ginásio Olhanense às 17:00h no Pav. D. Bosco - Évora