A superação
 
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A superação

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SuperaçãoFoi um desabafo do amigo Joia que me levou a escrever sobre um tema que já há muito andava com vontade de abordar, a "contratação" e concentração de jovens praticantes, nalguns clubes.

O que é que sem hipocrisias pretendem os treinadores que querem reunir os melhores praticantes de uma geração no clube que estão a treinar?

Ensinar e treinar estes jovens ou mais um troféu na vitrina do clube? Desenvolver e potenciar as capacidades desses praticantes, ou mais um título para a progressão no seu curriculum? Estão a pensar em si mesmos, ou nos praticantes?

Uma resposta sincera e séria, as estas questões, faz toda a diferença. Contudo até um agnóstico terá de dizer, por amor da santa, não devíamos nestas situações estar a falar de crianças na idade de minis. Este tipo de atitudes e comportamentos atinge, no mínimo as raias do absurdo, quando como recentemente ouvi em Évora, que uma menina de 11 anos tinha sido abordada para ir jogar para um clube de Lisboa.

Este tema levanta tantas questões, é tão complexo, que hoje vou-me ficar apenas por um dos problemas, que esta concentração dos melhores jogadores em alguns clubes pode provocar: a ausência de superação.

“Não te darás por vencido sem teres feito o máximo por venceres honrosamente”. Este é o primeiro dos dez mandamentos do verdadeiro desportista de Orton Clark. A formação desportiva das crianças deve ter espaço para actividades lúdicas e divertidas. Elas aprendem melhor desta maneira, mas nada dá mais gozo que a superação, o ser capaz de fazer. Quem comigo trabalha ou trabalhou, sabe que eu não admito que um praticante seja mini ou sénior me diga eu não consigo. Ele tem que se esforçar para conseguir, e no dia em que isso acontecer eu vou ver um enorme sorriso. Na formação muito mais do que estarmos atentos ao resultado temos que estar concentrados no empenho e entrega dos praticantes, é o que é mais difícil de ensinar.

Seria bom que houvesse um estudo sério, para saber quantas vezes na época ao longo da última década, os jovens das equipas que chegam às fases finais dos campeonatos nacionais, por exemplo nos Sub-16 e Sub-18 masculinos, tiveram de se superar para ganhar os seus jogos? Atrevo-me a dizer, que muito poucos jogos por ano. Logo poderei afirmar, que entre estes jovens não há a habituação da superação.

Contudo, entre essas equipas está seguramente uma elevada percentagem de jovens que vão constituir a base das selecções nacionais, muitos dos quais irão brevemente disputar os campeonatos da Europa. Nessa competição para vencerem terão permanentemente de se superar sem terem o mínimo dos hábitos para o fazer. Esta é apenas uma vertente da questão, outros problemas bem mais complexos e graves poderemos abordar, principalmente se estivermos a falar de “contratações” na idade de minis, que era exactamente a questão levantada pelo Fernando Joia.

 

Comentários 

 
+4 #1 João Lima 27-06-2017 14:59
Caro San Payo, começando o estudo numa ponta do país.
Algarve- Sub 16- Concentração de jogadores (4), na competição regional levou a que o jogo mais equilibrado (1 apenas) tivesse uma diferença de 13 e onde a média foi de 43 pontos sendo que em 6 jogos existiram diferenças superiores a 45 pontos.Na fase final, 3 jogos com uma diferença média de 38 pontos, sendo a maior diferença de 68 e a menor 13.
Superação, ou joguem que eu vou ali almoçar com uns amigos e já volto, para umas fotos e para receber o caneco.
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