Está tudo perfeito?
 
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Está tudo perfeito?

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Está tudo perfeito no minibásquete?Está tudo perfeito no minibásquete? Claro que não está, mas digam-me, com real conhecimento de causa e não apenas por informações superficiais, onde é que o minibásquete no país está perfeito. Há pelo menos, um sector em que na Madeira o minibásquete está a anos-luz do resto do país: o sector da arbitragem.

Sou obrigado a tirar o chapéu a todos os árbitros que comigo tem colaborado e que em muito facilitam esta minha experiência aqui na Madeira. Para além de arbitrarem tem tido, sempre que possível uma atitude altamente pedagógica para com os jovens estagiários. Contudo há sempre quem não esteja satisfeito, nomeadamente alguns adultos. Na bancada ou no banco de treinador todos sabemos ver o que está mal arbitrado. Bem mais difícil é pegar no apito e fazer melhor. A minha larga experiência permite-me encontrar pelo menos cinco condições para levar jovens estagiários ao abandono da modalidade:

1ª Condição: Ter árbitros estagiários nos jogos. Só podemos desmotivar jovens árbitros se estes estiverem a arbitrar.

2ª Condição: Não olhar para os jogos de minibásquete como um espaço de aprendizagem para todos: praticantes, treinadores, árbitros e público.

3ª Condição: Dizer que jogos equilibrados são importantes na evolução do praticante, mas nesses jogos não se focar na evolução do praticante, na sua entrega e superação das dificuldades próprias dum jogo equilibrado, mas fundamentalmente no resultado, mesmo que o jogo não conte para uma classificação. Não é por acaso que nos jogos muito desequilibrados há uma menor preocupação com os aspectos da arbitragem.

4ª Condição: Esquecendo-nos que este é um processo de aprendizagem para todos, com falta de tolerância dirigir a atenção sobre os erros dos jovens árbitros, numa visão profundamente redutora, de tudo o que está acontecer no campo.

5ª Condição: A regra mais importante para levar ao abandono: insultar o jovem árbitro, muitas das vezes um menor de idade, de forma que ele não queira voltar a arbitrar.

Eu sei que estão a arbitrar jogos dos filhos, pelo que relembro o meu artigo do “Deus da carnificina”. Sei que por se tratarem dos filhos, saber estar nos jogos para crianças, por motivos emocionais, não é fácil. Mas já pensaram que os pais do jovem árbitro, que está como os seus filhos a tentar fazer o seu melhor, também poderá estar no pavilhão a assistir ao jogo?

Também sei que, se os jogos de minibásquete, passassem a ser arbitrados por árbitros internacionais, haveria sempre alguém que conseguiria encontrar um motivo para dizer mal da arbitragem. Cada cabeça sua sentença. Esta é sem dúvida uma questão cultural e as questões culturais são as mais difíceis de alterar.

 

Comentários 

 
+2 #1 FS 13-06-2019 09:53
É colocar esses pais a apitar... E não só - ajudar na mesa, nos treinos...
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