A decisão no ensino do jogo
 
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A decisão no ensino do jogo

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A decisão no ensino do jogo

Tenho enorme prazer em ensinar, gosto de dar a conhecer um pouco da minha experiência e gosto muito de reflectir sobre o que vou vendo e o que vou fazendo. A única forma que eu concebo ensinar é estar em aprendizagem permanente.

Este é o motivo, pelo qual gosto muito de participar em acções de formação e clinics, onde quando se está atento se aprende sempre qualquer coisa.

Os clinics tem, uma outra grande vantagem, pois para além de permitirem a partilha de conhecimentos e vivências, permitem-nos sempre rever amigos, como o João Ribeiro e o Jorge Fernandes e conhecer melhor companheiros como o André Martins e a Cíntia França, que fruto destes momentos de partilha, se vão tornando amigos, que é o melhor que o basquetebol me tem dado.

Antes da minha intervenção, aconselhei os participantes do Clinic Nacional de Treinadores da ABM a lerem o artigo do Mário Barros. “Ensinar primeiro, treinar depois” publicado aqui no PB no dia 28 de Outubro de 2019. No final do seu artigo, Mário Barros conclui, entre outros princípios, que o treinador de formação deve:

  • Identificar e perseguir os verdadeiros valores da formação desportiva da criança;
  • Criar situações que desenvolvam a tomada de decisão.

Estes são dois temas que me são muito caros, motivo pelo qual já tinha muito antes da publicação do artigo do Mário Barros decidido falar sobre a decisão no minibásquete.

Desenvolver a tomada de decisão em função de quê?

Dos objectivos do jogo, que na sua essência são encestar e recuperar a bola quando esta está na posse do adversário.

Estas decisões têm que ser tomadas em função do espaço e do tempo e porque é um jogo colectivo em função, quer para o portador da bola, quer para quem não tem a bola, em função do posicionamento dos outros jogadores em campo, companheiros de equipa e adversários.

Resumindo, e a título de exemplo, é importante ensinar o 1 x 0, e depois o 1 x 1, mas temos que compreender que no jogo de basquetebol o 1 x 1 não existe. O que existe é o 1 x 1 + 1, que pode ser um companheiro de equipa a quem eu posso passar a bola ou um segundo defesa que aparece para impedir a penetração para o cesto ou o lançamento, depois de o atacante ter sido capaz de ultrapassar o seu defensor directo.

Quando estou a ensinar o jogo, quero que os jogadores tenham engodo pelo cesto, motivo que me leva muitas vezes a dizer: - Olha para o cesto.

Se o jogador tiver espaço e tempo deve lançar. Se estiver perto do cesto sempre, contudo se estiver mais afastado e não tiver ninguém da sua equipa para ir ao ressalto deve lançar? Tem espaço e tempo, mas deve lançar? E se tiver um companheiro sem oposição mais próximo do cesto deve lançar? Estas são as decisões que temos de ensinar aos nossos jogadores.

Para exemplificar o que acabo de dizer, entre outros exercícios, apresentei neste clinic um exercício, que explora parte desta situação. Quem tiver interessado neste exercício, poderá em breve, ver no facebook da ABM, onde irão estar disponíveis todas as apresentações feitas pelos intervenientes deste clinic.

Ensinar a decidir é centrarmo-nos no processo e não no resultado, pelo que, se estão preocupados em ensinar, e vêem por exemplo, um jogador que claramente não deve lançar, só porque o jogador converteu, passou a ser uma boa decisão, é a meu ver um erro. Com que moral é que da próxima vez, que o jogador fizer o mesmo e falhar o que podem corrigir e chamar à atenção?

 

 


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