O problema não são as crianças
 
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O problema não são as crianças

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O problema não são as criançasDisse no meu último artigo e passo a transcrever: “As razões essenciais pelas quais se criam regulamentos técnico-pedagógicos são: 1. Proporcionar nos jogos tempo e espaço de aprendizagem para todos os intervenientes.

2. Proporcionar condicionamentos que ajudem na evolução técnica dos praticantes.

3. Evitar grandes desequilíbrios que possam ser utilizados como humilhação do adversário.

Quem não considerar que estes aspectos são importantes na formação desportiva levante o braço e apresente os seus argumentos.”

Eu levanto o braço para continuar a defender, que no minibásquete devemos preservar a existência de regulamentos técnico-pedagógicos, que levem em consideração as razões evocadas. Contudo uma coisa é aceitarmos esta ideia e outra é a forma de dar corpo e operacionalizar num regulamento estes princípios.

Muitos anos ligados ao minibásquete permitem-me, fazer um longo historial de diferentes regulamentos-técnico-pedagógico, como me permitem também fazer um longo historial, como os adultos, conseguem sempre perverter e adulterar esses mesmo regulamentos.

Exemplificando o que acabo de dizer. No regulamento que criei para a Festa do Minibásquete, em Paços de Ferreira está regulamentado, que todos os jogadores têm de jogar rigorosamente o mesmo tempo, e se algum dos minis sai por ter atingido o número de faltas permitidas, este é substituído pelo jogador com menos pontos marcados. Como os treinadores preferem utilizar os jogadores mais realizadores, alertam para que estes tenham cuidado com o número de faltas.

Contudo, infelizmente, já assisti a um treinador colocar no primeiro quarto do Jogo, o jovem mais frágil da sua equipa e instiga-lo a fazer faltas o mais rápido possível e festejar, quando este rapidamente fez todas as faltas que lhe eram permitidas ainda no primeiro quarto do jogo. Como os jogadores que estavam no banco, ainda nenhum tinha jogado, o treinador pôde escolher o melhor jogador da sua equipa, que no primeiro quarto tinha ficado no banco; e desta forma jogar, de forma legal,  mais do que os dois quartos permitidos.

Será que foi cometida alguma irregularidade? Não foi, mas há muitas coisas na vida, em que não estão a ser cometidas irregularidades, mas não deixam de ser de uma falta de ética total. É por estas e por outras que eu digo sempre, que na formação desportiva o problema nunca são as crianças, são os adultos. No entanto, que fique bem claro, alguns adultos, que certamente não tem perfil para estar no minibásquete. Outra coisa que não deixa de ser curioso, e à qual vou voltar,  é que o treinador de minis que como jogador mais internacionalizações teve em Portugal, o José Costa, está nos antípodas deste comportamento.

 

Comentários 

 
0 #1 António Albuquerque 28-01-2020 11:05
Eu concordo com tudo, mas se os treinadores não estiverem formatados para olhar o fundamental, que é dar oportunidades iguais a todos e não ganhar jogos...

Um abraço Professor!
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