Nunca saberei ao certo qual é o impacto dos artigos, que vou escrevendo aqui no Planeta Basket, vão tendo ou influenciando as tomadas de decisão no nosso basquetebol. Penso que não terão grande influência, mas isso não me impede de sugerir e muito menos de pensar.
Bombardeados como somos, hoje em dia, por informação, muita dela completamente supérflua, infundada ou mesmo maliciosa, sei que, e não estou a falar de basquetebol, que muitos artigos e inclusive estudos bem fundamentados que se publicam, alertando para problemas graves da nossa sociedade ou contendo denúncias óbvias, de pouco servem para alterar o estado corrompido da nossa sociedade.
Vem estas considerações a propósito dum artigo publicado, há quase seis anos, a 8 de novembro de 2016 intitulado: “Terra de ninguém”. Nesse artigo eu alertava para a facto de o escalão de Sub-14, há muitos anos o escalão de formação com o maior número de praticantes, ser dentro da estrutura federativa o mais negligenciado. Desde março de 2000, que na estrutura federativa, com a reativação do CNMB, há um departamento que se ocupa dos jovens até aos 12 anos de idade.
Pouco depois de 2004, ano em que FIBA-Europa se autonomizou da FIBA-Mundial, começaram a realizar-se todos os anos os campeonatos de Sub-16, Sub-18 e Sub-20. Estes escalões com a formação e preparação das seleções nacionais também estavam sobre o radar da estrutura federativa.
O escalão de Sub-14, que representa a transição do minibásquete para o basquetebol era verdadeiramente terra de ninguém. Felizmente esta situação já deixou de ser verdade e espero sinceramente, que esta alteração venha a contribuir para a tendência de melhoria verificada nas seleções de formação do nosso basquetebol. Para a semana que vem continuo a abordar este tema com uma sugestão que não é consensual e não é certamente do agrado de quem tem tido a capacidade de influenciar quem decide.
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