Mestre e amigo
 
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Mestre e amigo

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Mário Albuquerque A pedido de pessoas dedicadas às coisas do Basquetebol endereço umas linhas a um dos maiores nomes da nossa bola ao cesto, quer em matéria de instrução escolar quer em fatores puramente desportivos. Falo de Hermínio Barreto, professor e treinador, com quem partilhei uma vida tripartida e que sempre confessou viver em conflito

pedagócico/desportivo fruto do seu currículo desportivo. Primeiro como apreciador de uma lenda que nunca tinha visto jogar, e de quem diziam maravilhas, mais tarde como seu colega de seleção, tinha eu 17 anos, num europeu em Madrid, e mais tarde como seu discípulo no Sporting de Lourenço Marques e no Sporting Clube de Portugal.

Quiseram as peripécias da vida que pela sua mão ingressasse no Sporting de Portugal onde fui treinado, pelo Prof. juntamente com Rui Pinheiro, infelizmente falecido com Tomané Ruas Alves e mais tarde com Nelson Serra colegas que transitaram também do Sporting de Lourenço Marques, a quem se juntaram muitos outros que muito valorizaram o plantel. Falo de Quim Neves e Zé Carlos Gomes, este último que infelizmente também já nos deixou.

Quero realçar o papel dos oriundos/metropolitanos da equipa, como sejam o Carlos Sousa e o Sobreiro que foram a cola que serviu de aglutinação dos jogadores de tão diferentes procedências.

Da seleção em Madrid composta por Metropolitanos e Moçambicanos, e formada pelo Tenente Coronel Neves, pai do Quim Neves, destaco, Mário Mexia também já falecido, e um dos mais afamados jogadores portugueses, Zeca Macedo, Hermínio Barreto, Zé Mário, Ip Chiu Ah, Reis Pires, Sérgio Carvalho, Benjamim Ferro, Eduardo Becas …

Nesse “Europeu” ganhámos” a Marrocos e perdemos com a Espanha do Emiliano e Sevilhano.

No Sporting Clube de Portugal, onde ingressámos em dezembro de 1974 e onde destaco o cuidado do Professor com a vivencia do grupo, composto por uma miscelânea de jogadores, alguns já do Sporting Clube e Portugal e quatro Moçambicanos.

Com todos esses jogadores, dos quais destaco o saudoso Manuel Sobreiro de quem tanto esperávamos que nos “deixou” tão cedo pelo seu amor ao clube e pelas suas qualidades físicas e mentais e o Carlos Sousa que ajudou muito na integração dos novos jogadores, o desvelo do nosso professor sempre se manifestou, salientando sempre o lado desportivo sem nunca descurar as qualidades humanas, que sempre colocou em primeiríssimo lugar.

Às vesses mal compreendida esta estratégia, mas que paulatinamente dava os seus frutos, tanto que a integração na equipa resultou em pleno como todos hoje concordam.

Desde essa data de dezembro de 1974 a 1980 o Sporting que até à data, estava arredado dos títulos conquistou 4 ou 5 Taças de Portugal e 4 ou 5 campeonatos Nacionais.

Atrevo-me a dizer que de repente a semente do grande professor gerou uma época de ouro que todos testemunharam.

Tenho a sorte de ter convivido com esta enorme figura de seu nome HERMÍNIO BARRETO e de hoje o considerar meu mestre e principalmente meu amigo.

Obrigado Hermínio!

Comentários 

 
+1 #1 Humberto Gomes 06-11-2022 04:29
Um exemplar testemunho de um grande, grande jogador ! Mário Albuquerque que, tal como hoje nos transmite, encontrou para a vida, adquirido no basquetebol, como ele tão bem nos expressa, um mestre e um amigo, o nosso querido prof. Hermínio Barreto. Afinal, dois ídolos. Sim, dois ídolos, porque nos ensinaram, sendo ! Aos dois e a todos os que o Mário Albuquerque aqui nos descreve, aquele abraço fraterno, de admiração. Aos que já partiram, paz às suas almas. Como a nossa modalidade se torna (mais) rica com exemplos destes !
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