Entrevista com Sérgio Salvador
 
Localização: HOME

Entrevista com Sérgio Salvador

Enviar por E-mail Versão para impressão PDF
Avaliação: / 1
FracoBom 

altSérgio Salvador vai iniciar a sua quarta época como treinador principal do Casino Figueira Ginásio. Em entrevista ao Planeta Basket, o treinador Luso-Brasileiro fala da sua já longa permanência em território nacional, enquanto nos dá a conhecer a sua forma de ver o jogo e desvenda uma ponta do véu sobre o seu Ginásio, versão 2008/09.

Está em Portugal há vários anos, onde durante cerca de 7/8 anos foi adjunto de Orlando Simões. O que aprendeu com ele?

Estou em Portugal há exactamente 25 anos sem interrupção, tenho a nacionalidade portuguesa há 18 anos, e conheço o Orlando desde os primórdios, foi meu treinador enquanto jogador, e depois tive a oportunidade de fazer a transição, jogador-treinador, também com ele, com quem aprendi muito.

Entretanto passou a treinador principal do Casino Figueira Ginásio, cargo que ocupa desde há três anos. O que mudou na sua vida desde que ocupou o cargo?

Fora de campo não mudou nada, continuo sendo a mesma pessoa que sempre fui. Com a mudança para treinador principal as situações ficaram diferentes, porque, embora exista a colaboração de mais pessoas, gerir o grupo e tomar decisões é responsabilidade do treinador principal.

O ponto alto da história recente do Ginásio foi, sem dúvida, a presença na final do play-off da LCB há duas épocas atrás. Como foi conduzir uma equipa, à partida não favorita, a essa final?

Tínhamos um grupo de jogadores que queriam e acreditavam que era possível fazer algo diferente, sempre lhes passei a mensagem de que éramos um grupo novo e que cresceríamos durante a competição, mas era preciso trabalhar muito e não deixar de acreditar. Tivemos algumas dificuldades na primeira parte da prova mas depois acabamos bem. Os jogadores conheciam o jogo e para mim foi motivante porque, de jogo para jogo, a nossa equipa apresentava alguma situação diferente, mínima, mas diferente e os jogadores encaixavam estas mudanças muito bem. No meio disso tudo, foi importante a colaboração do Miguel Faria e Valdemar Ferreira, meus treinadores-adjuntos.

Nas últimas épocas, o Ginásio tem conseguido surpreender conjuntos, à partida considerados favoritos, como AD Ovarense, FC Porto e SL Benfica. Qual o segredo para derrotar estas equipas?

Nós preparamos os jogos sempre da mesma maneira, seja com quem for, respeitamos todos de igual modo como queremos ser respeitados, sempre tendo como objectivo a velha "máxima" de deixar tudo dentro de campo, porque fora dele já não interessa nada. Ganhar a qualquer uma dessas equipas não é nada fácil e depende da conjugação de diversos factores.

As suas equipas apresentam-se sempre muito bem preparadas tacticamente, tirando todo o partido dos atletas à sua disposição. É esta uma das bases da sua filosofia de jogo?

Eu gosto muito de jogar com organização, tanto ofensiva, como defensivamente, e isso implica muito trabalho táctico, que os jogadores assimilam e acabam transferindo para os jogos, mas hoje em dia como as equipas mudam muito de ano para ano, essa organização demora algum tempo a conseguir, porque o treinador e os próprios jogadores têm que se conhecer ao máximo para daí tirar partido do potencial do grupo.

O plantel do Ginásio para a próxima época está definido? Quais os jogadores com contrato para 2008/09?

O plantel ainda não está fechado faltando ainda a contratação de 2 jogadores portugueses, situação que pode ser resolvida a qualquer momento. Com contrato temos o José Costa, João Manuel, Joaquim Soares, Bento Cardoso, Marco Rosa, José Doria, Josimar Vieira e 3 jogadores estrangeiros que devem chegar no começo da próxima semana.

O regresso de José Costa à Figueira da Foz é uma grande mais valia, apesar dos seus 34 anos de idade. O que espera do seu experiente base para a época que se avizinha?

O regresso do José Costa à Figueira é sempre de se saudar, porque, foi aqui que fez toda a sua formação e como sénior foi o clube que mais tempo representou. Pode transmitir toda a sua experiência aos mais jovens e ajudá-los a crescer como jogador. Espero que continue a ter prazer em jogar, e se assim for, tenho a certeza que vai fazer mais uma grande época.

Qual o jogador com quem mais gostou de trabalhar?

Seria, ou poderia cometer algum tipo de injustiça caso referenciasse algum nome, nesses três anos, embora a ultima época tenha sido a mais complicada nesse sentido, os jogadores sempre corresponderam, ou pelo menos tentaram, àquilo que lhes era pedido.

Qual é a equipa Europeia que mais gosta de ver actuar? Porquê?

CSKA de Moscovo, mas também gosto muito de ver jogar o Joventud Badalona e Real Madrid, porque são equipas de elevado potencial, e cada jogo é um verdadeiro "clinic" de basquetebol. CSKA e Real Madrid pela inteligência e cultura táctica e J. Badalona pela irreverência que põem em jogo.

Quais os seus objectivos para a sua carreira enquanto treinador?

Para já espero contribuir, com o que me é possível, para que o basquetebol volte, a curto prazo, a ter o prestígio que teve a uns anos atrás. Pôr a minha equipa a praticar um basquetebol de qualidade, ajudando assim os jogadores a evoluírem nas suas carreiras.

O que pode aconselhar aos jovens treinadores que estejam a dar os primeiros passos nas suas carreiras?

Que se dediquem de corpo e alma, que nunca se acomodem e renovem sempre os seus conhecimentos sobre tudo de novo que acontece na modalidade, seja em que escalão for.

 

 


Facebook Fronte Page

Buscas no Planeta Basket

 
Faixa publicitária
Faixa publicitária
Faixa publicitária
Faixa publicitária