É preciso ter-se ambição e objectivos
 
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É preciso ter-se ambição e objectivos

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altMariyana Kostourkova é a seleccionadora nacional de Sub18 Femininos desde Setembro de 2005, cargo que desempenha em simultâneo com o de Responsável pela equipa feminina do CAR Jamor.
 
Antes da partida para o Campeonato da Europa, Divisão B, a realizar de 2 a 12 de Julho em Eilat (Israel), auscultámos os seus anseios e preocupações, a respeito de mais esta competição, ela que é veterana nestas andanças, tendo estado em Chieti (2006), Timisoara (2007) e Skopje (2008).
 
Como tem decorrido o plano de preparação?
Não tem sido fácil. Praticamente não pudemos fazer uma preparação completa, porque o campeonato este ano calhou mais cedo, apanhando antes a fase de exames escolares, o que nos causou alguns problemas. Mas todas as equipas estão nas mesmas condições. Felizmente que o grupo teve competição praticamente até aos últimos dias, o que foi positivo. As jogadoras estão numa forma física razoável. Não tivemos muitos jogos (apenas um contra as Sub 20 da Holanda, em Rio Maior), sendo essa a principal lacuna nestas duas semanas de preparação. Vamos tê-los agora, na Holanda (Amesterdão), onde iremos colocar em campo as nossas ideias que transmitimos ao grupo.
 
Todavia esta selecção já teve competição internacional esta época, concretamente no início de Janeiro, quando participou no Torneio das 4 Nações, em Ludwigsburgo (Alemanha), com as congéneres anfitriã, da Polónia e da Holanda, tendo ficado em terceiro, atrás das polacas (são da Divisão A) e da Alemanha. E agora seguem-se mais três jogos, antes da partida para Israel, ante as Sub18 (dois encontros) e as Sub l6 holandesas (a finalizar). Foi um aspecto positivo, não concorda?
O torneio em Janeiro foi uma excelente experiência, sem dúvida. É importante que as jogadoras tenham motivação e objectivos. Sem ambição é complicado atingir-se o que pretendemos, como em tudo na vida. Também é a primeira vez que estamos a fazer um estágio prolongado (2 semanas consecutivas) e algumas jogadoras não estão mentalmente preparadas para a dureza dum estágio deste tipo. Por outro lado o calor que se fez sentir principalmente na 2ª semana acabou por ser uma situação parecida com a que previsivelmente iremos encontrar no Europeu em Israel.
 
No Campeonato deste ano Portugal está no Grupo B, com a Eslovénia, Finlândia e Suiça, nossos adversários na 1ª fase da prova (dias 2, 3 e 4), por esta ordem. Com um total de 16 países participantes, distribuídos por 4 grupos, o modelo de 2009 permite emendar um eventual percalço que ocorra na fase de grupos. Não é dessa opinião?
Este modelo dá teoricamente mais possibilidades na questão do apuramento para os 8 primeiros. Na 1ª fase os últimos classificados de cada grupo ficam logo afastados das posições cimeiras e  irão discutir os últimos lugares da tabela (13º ao 16º). Conseguindo ser um dos 3 primeiros no nosso grupo, isso permite-nos entrar numa 2ª fase para um grupo de 6 equipas (iremos cruzar com o Grupo A, onde estão a Hungria, Estónia, Roménia e Inglaterra), que irão definir as 4 primeiras posições para o apuramento (1º ao 8º). Teoricamente acho que a Eslovénia é candidata a subir de Divisão. No ano passado ficou em 3º lugar nos dois escalões, tanto nas Sub 18 como nas Sub 16, pelo que tem um núcleo de jogadoras bastante forte, que já fazem parte da selecção sénior (nomeadamente a base Nika Baric e a poste Gortnar). O conhecimento que temos da Finlândia dos campeonatos anteriores (2006 e 2007), respectivamente em Chieti (Itália) e Timisoara (Roménia), onde ganhámos os dois encontros, pode não corresponder ao valor actual da equipa finlandesa. Isto porque a geração actual foi a que conseguiu subir à Divisão A no Campeonato de Sub 16 (2º em 2008, na Bulgária). Mesmo assim se conseguirmos impor o nosso ritmo e jogar o nosso basket, organizado, com controlo, acredito que podemos vencer a Finlândia. Neste tipo de competição é fundamental haver ambição. Quanto maior for o número de vitórias na 1ª fase, mais perto ficaremos do apuramento para os 8 primeiros. Naturalmente que consideramos a Suiça como a equipa com menos argumentos. Pelo menos é a noção com que ficamos da equipa que vimos o ano passado na Macedónia em que foi a última classificada, em 20 países.
 
Do 5 inicial mais utilizado no campeonato de 2008 em Skopje, mantêm-se 3 jogadoras: Michelle Brandão, Maria João Correia e Luiana Livulo. Não concorda que isso é uma mais valia para a equipa deste ano, em função da maior experiência deste trio?
Sem dúvida que a Michelle (base) e a Maria (2º base) já têm uma leitura de jogo mais madura, graças aos minutos que tiveram na Liga Feminina e na competição europeia. Noto uma grande melhoria e evolução no rendimento de ambas em jogo. Não posso dizer o mesmo da poste Luiana porque teve uma lesão que a levou a ter de ser operada em Novembro e portanto perdeu praticamente a época. Espero que ela consiga entrar no campeonato e dar a volta, ajudando a equipa.

 

 


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