Alberto Babo expõe as ideias
 
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Alberto Babo expõe as ideias

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altO novo treinador do basquetebol do Petro de Luanda expõe as ideias que tentará desenvolver no clube petrolífero sem se desviar do rumo de títulos. Alberto Babo não estará preocupado apenas coma equipa profissional mas também se entregará de alma e coração aos escalões de formação. E reflecte ainda a preocupação social que norteará a sua missão em Angola...
 
Apresentado há cerca de uma semana como novo treinador do Petro de Luanda, que objectivos traça para o clube? 

O primeiro objectivo que pretendo atingir é construir uma equipa que dê garantias de poder alcançar o máximo de vitórias possíveis e vencer o máximo de provas. Não só angolanas, mas também africanas, pois o Petro de Luanda também tem alguma responsabilidade nesse contexto. Posso adiantar, também, que melhorar a formação do clube será outras das minhas preocupações. Essa foi a minha proposta, proposta essa que mereceu a concordância dos máximos responsáveis do Petro de Luanda.

Podemos depreender, então, que o seu contributo terá um âmbito bem mais alargado do que o cargo de treinador da equipa principal...

É essa a minha responsabilidade e a minha motivação também. Não estar só ligado à equipa principal e profissional, mas estar atento à juventude e olhar desde o minibasquetebol até aos juniores, acompanhar de perto os futuros craques da modalidade. De que forma? Coordenando as diferentes áreas de intervenção. Será um trabalho extremamente aliciante e a desenvolver esperando que resulte em bons frutos a médio ou longo prazo. A minha experiência nesse sector também poderá ser muito positiva neste projecto. Recordo que durante anos estive ligado à formação do FC Porto, tendo alcançado diversos títulos nacionais portugueses.

CAMPEONATO VAI SER COMPETITIVO

Há várias formações com o propósito de reforçar os respectivos plantéis tendo em vista, também, o título. Qual será o papel do Petro de Luanda neste cenário, que parece extremamente equilibrado?

Será o mesmo de todos os anos. Lutar pelo título, lutar por outras competições em África. Vamos lutar, lutar muito por aquilo que todos nós ambicionamos. Sei que as outras equipas estão a procurar jogadores de grande qualidade, africanos e não só, e algumas até apostaram em técnicos não naturais de Angola. Previsivelmente será um campeonato muito competitivo.

A base do grupo de trabalho do Petro de Luanda está já constituída?

Sim e tem muito a ver coma equipa do ano passado, à excepção dos americanos Frederick Gentry e Heshimu Evans, que não mostramos interesse em que continuassem. A base, digamos, está conseguida com um excelentes jogadores.

ESTRANGEIROS... APÓS ESTUDO DAS LACUNAS

Está em condições de adiantar nomes?

Vários que venceram agora o Afro Basket e outros que já se encontravam no clube. Carlos Morais, Eduardo Mingas, Vítor Carvalho, Albano, Roberto Fortes, Milton Barros, Paulo Santana. Mais um outro basquetebolista que surge com a referência de ter conquistado o título na Líbia: Filipe Abraão. Temos ainda alguns atletas em vista que fizeram um pequeno estágio de três anos nos Estados Unidos, entre eles Emanuel Neto.

Frederick Gentry e Heshimu Evans não ficam. Existe a perspectiva de integrar outros estrangeiros?

Existe essa possibilidade. Há duas vagas em aberto...Vamos estudar essa situação no âmbito do enquadramento comos jogadores que já lá estão. Veremos quais as posições menos fortes para serem colmatadas. Não é uma situação com carácter de urgência. Vamos ultrapassar algum tempo de treino para decidir.

A VIDA DE MUDANÇAS DOS TREINADORES

Como se enquadra em Angola, estando mais habituado a uma realidade portuguesa e europeia? Aliás, é a primeira vez que treina fora de Portugal.

Vou fazer aquilo que mais gosto, que é trabalhar basquetebol. E o basquetebol, como todas as modalidades, é universal. É óbvio que há características próprias do meio em que vou incluir, que no caso angolano é um basquetebol forte fisicamente, rápido, agressivo nos aspectos defensivos e ofensivos, portanto extremamente desgastante. Vou apresentar conceitos novos e uma filosofia própria, esperando que nos adaptemos uns aos outros. É isso que está subjacente a todos os processos de entrada de um novo treinador. O enquadramento será, sempre, na perspectiva de introduzir melhorias, sendo que os fundamentos e concepções de jogo táctico, segundo pude observar, já existem. Fundamentalmente, vou viver mais uma etapa da vida de... treinador. Aconteceria o mesmo se fosse para um clube de Portugal, embora neste caso se apresente um ambiente geográfico diferente.

NÃO HAVIA MELHOR ADJUNTO...

Manuel Silva (ex-adjunto na Física de Torres Vedras, da Liga de Portugal) será, nessa integração, um óptimo reforço da sua equipa técnica...

Sem dúvida. É natural de Luanda, internacional por Angola, tem curso de treinador português, jogou em Portugal ao mais alto nível e entende a metodologia que levarei para Angola. Ao mesmo tempo, conhece perfeitamente os cantos à casa, pois também foi atleta do Petro de Luanda. Não poderia escolher melhor braço-direito.

De que forma poderá contribuir para o desenvolvimento do basquetebol angolano?

O papel do Alberto Babo poderá ser importante na introdução, mais nos jovens do que nos seniores, pois esse já possuem cultura desportiva e de alguma cultura táctica. Julgo que as minhas concepções de jogo poderão beneficiar bastante os atletas, se estes se mostrarem disponíveis para a adquirir.

NATURALIZAR?... SIM, SEM PROBLEMAS

Angola é potência em África e tem presença assídua nos melhores campeonatos de selecções. Qual poderá ser o desempenho no Mundial da Turquia, em 2010?

O basquetebol angolano é bom, forte, evoluído, e joga de igual para igual com qualquer país. Perde, depois, por uma questão que tem a ver com a sua matéria humana morfológica. Tem muitos basquetebolistas com 2,00 metros, mas a nível internacional nos confrontos com os melhores, que possuem atletas de 2,07 e mais altos ainda, fraqueja. Se em Angola se produzissem jogadores com essa estatura... cuidado, poderíamos estar perante uma agradável surpresa. Esses centímetros são um factor determinante para a conquista de taças ao mais alto nível.

Mediante essa fragilidade, parece-lhe correcto a naturalização de basquetebolistas?

Não coloco, sequer, dúvidas. As grandes equipas mundiais possuem jogadores naturalizados. Por que motivo haveria de haver complexos dessa natureza? Em Angola há muitos e bons bases e extremos, mas falta-lhe um poste possante, intimidador para os adversários, que crie imensas dificuldades na zona pintada, próximo ao cesto. Se estivessem disponíveis 2, 3 jogadores com essas características, seria, então, a favor das naturalizações. Não diminuiria a qualidade do basquetebol angolano. Muito pelo contrário, colmataria uma das poucas lacunas existentes do qual o basquetebol angolano apresenta.

LUÍS MAGALHÃES PARA FICAR

Defende a continuidade de Luís Magalhães na Selecção?

Luís Magalhães fez um óptimo trabalho. Que se pôde constatar no AfroBasket. Encetou uma pequena revolução ao renovar alguns jogadores, que se enquadraram perfeitamente no espírito. Ganhou os jogos todos do AfroBasket! Acho que devem continuar aqueles que lá estão e serem avaliados outros atletas que apresentem qualidade no próximo campeonato. Luís Magalhães vai estar de olho neles. O cargo de Seleccionador está muito bem entregue.

 

 

 


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