Não seria homem do futebol
 
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Não seria homem do futebol

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altSe voltasse atrás, não teria sido um homem do futebol, é com esta surpreendente afirmação que Armando Soares termina a sua entrevista.

Já publicámos entrevistas com treinadores, patrocinadores e dirigentes de clubes ligados ao minibásquete. Hoje vamos falar com o Presidente da AB de Santa Maria, onde em breve vai decorrer mais um evento de grande impacto social.
 
Como podemos verificar, em Santa Maria há um grande investimento no mini. Vamos falar com um mariense de gema, que acredita nas potencialidades do minibásquete e da sua ilha.
 
Quando é que começou a sua ligação ao basquetebol? E porquê? E como caracteriza a sua experiência de dirigente no basquetebol?
Para ser conciso, fui um Homem forte do futebol, dirigente, treinador e depois passei pelo andebol. Relativamente ao basquetebol, fui abordado pelo Chermiti, no sentido de poder vir a ser Presidente da Associação de Basquetebol de Santa Maria, comecei a rir, pois o basquetebol para mim, era uma modalidade que não me dizia absolutamente nada, no entanto aceitei. O que posso dizer é que não estou nada arrependido, e tem sido muito gratificante, em todos os sentidos.
 
Quantos praticantes federados tem e qual é a importância do minibásquete na sua Associação?
Neste momento temos cerca de 200 praticantes numa ilha que tem pouco mais de 5.000 habitantes. É importante salientar o facto de só termos femininos, uma vez que na ilha a oferta é muito forte, o que levou a Associação a levar o basquetebol para os femininos. Assim sabemos o que temos, e o que temos é real, não estamos no desporto para os números, mas sim para os resultados da prática efectiva. O minibasquete para nós é TUDO, é neste escalão que temos investido muito, entendemos que o que estamos a semear neste momento, virá a dar bons frutos, mais tarde.
 
A sua Associação prima pela excelente organização de eventos de minibásquete, o que é que o levou a querer organizar um jamboree?
Como disse, os minis são para nós a aposta e o rumo. Nesta perspectiva quando tomamos posse resolvemos que em todos os jamborees estariam presentes sempre dois atletas da nossa associação. Quando estes miúdos voltavam traziam sempre felicidade. Foi esta felicidade que criou em mim a curiosidade de saber o porquê, e para conhecer bem a fundo este evento, tinha que me propor a organizar um.
 
Todos os que estiveram em Santa Maria no Jamboree vieram de lá encantados com a ilha e a simpatia das suas gentes. Pode-se afirmar que “duas magias se cruzaram; a da ilha e a do jamboree. Concorda com esta afirmação e que importância e impacto social teve este evento em Santa Maria?
Sim, as duas magias cruzaram-se e construíram uma receita que neste momento faz parte de uma ementa que muitos deveriam utilizar no menu do dia-a-dia. Gostaria de salientar que para mim o jamboree, para além da componente desportiva, tem uma enorme acção educativa juntos dos jovens. Sinto que fazem falta muitos encontros como este. Ainda hoje se fala no jamboree em Santa Maria: pais, dirigentes e atletas.
 
Certamente que durante o jamboree acompanhou o diário e os muitos comentários publicados no Planetabasket? O que pensa deste site e da cobertura que dá aos jamborees?
Muito importante, posso dizer que cada vez que leio estes comentários as lágrimas começam a sair. Existem comentários de pais que deveriam ser publicados em locais fortes da comunicação social, são comentários de uma pureza única, que transmitem sentimentos e afectos, que numa sociedade tão ocupada como a de hoje, deveriam servir como chamadas de atenção a nós pais, que por vezes vemos o desporto apenas como um espaço ocupação de tempos livres.
 
Quais são as maiores dificuldades duma Associação com as características da sua, que caminhos preconiza para as solucionar?
O maior problema para os projectos desta Associação é o facto de vivermos numa ilha. Como devem compreender as margens são curtas, o fim da ilha é já ali. Na componente técnica existem lacunas, os que temos são bons, incansáveis, trabalhadores, mas no fundo são poucos. Também temos como objectivo conseguirmos uma sede com um mini centro de estágio. Penso que o caminho será um contacto mais estreito com o exterior. Será realizar eventos “pontos altos”, podendo assim demonstrar a riqueza da modalidade, tão diferente das outras.
 
Falando de caminhos, que pensa dos caminhos que o MB em Santa Maria, nos Açores e no país estão a trilhar?
O minibasquete em Santa Maria está a seguir um caminho trilhado pelo valor educativo e formativo do jamboree. Está a dar frutos, no entanto penso que poderá melhorar mais um pouco. Relativamente ao minibásquete nos Açores, entendo fazer falta neste momento uma FESTA do minibásquete açoriano, um evento a realizar uma vez por ano, nas Ilhas que tem minis. Concretamente um jamboree açoriano, em que se fizesse um mega encontro com todos os clubes e escolinhas de minis dos Açores. Seria muito interessante. Relativamente ao caminho que os minis seguem no Continente, é um caminho seguro, que está a dar frutos. Gostaria de deixar uma mensagem aos responsáveis do Basquetebol Nacional: Nunca se esqueçam que se o Homem que trata a Terra, não a tratar bem, mesmo que tenha boas sementes, o fruto nunca será bom.
 
Uma pergunta difícil, no basquete, quais são os seus sonhos para a ilha de Santa Maria?
Que o basquetebol com o seu valor educativo nunca acabe em Santa Maria.
 
Para terminar que pergunta é gostaria que lhe fizessem e que resposta daria?
Pergunta: Se voltasse atrás seria homem do futebol?
Resposta: Não!

 

 

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