É habitual nesta época desejar bom ano a todos e não fugirei à regra. Cada vez que começa um ano, há em todos nós uma esperança mágica ou secreta que as coisas mudem e corram melhor que no ano anterior.
Contudo ao reflectir sobre esta tradição, uma questão assalta o meu pensamento.
Como poderão as coisas ser melhores se não alterarmos nada. O mais normal é que as mesmas soluções e comportamentos nas mesmas circunstâncias conduzam aos mesmos resultados. Este facto só por si comporta uma agravante é que talvez se tenha perdido mais um ano.
Como a entrada num ano novo é sempre um momento de reflexão e esperança, creio ser importante destacar e reforçar os bons exemplos. Colaborador e leitor atento do Planeta Basket queria realçar no início desta década três intervenções que me deixaram contentes e que me fazem sentir um certo orgulho por pertencer a uma família, a família do basquetebol, que tem pessoas, que pugnam para que esta modalidade seja diferente e melhor.
Nesta perspectiva vou transcrever três passagens que li recentemente no Planeta Basket, relativamente à importância de sermos uma modalidade diferente.
1ª Transcrição Diogo Martins
Seguiu-se a cerimónia de entrega de troféus em que foi patente o excelente ambiente vivido ao longo destes dois dias de competição. Equipas muito aplaudidas e fair-play em todos os momentos. Algo em que o basquetebol continua a marcar a diferença.
2ª Transcrição Carlos Vaqueiro
Temos que criar diferentes iniciativas para poder oferecer aquilo que os outros não podem ou não conseguem oferecer.
3ª Transcrição Luís Marinho
Desde que conheci o Daniel na Madeira, no Torneio do CAB, que me apercebi da sua apetência para ensinar os mais novos. Amigo e irmão mais velho são as palavras que encontro para descrever a relação que consegue estabelecer, nunca perdendo a autoridade e respeito dos outros. Desde lá, tem sido um treinador com uma postura exemplar e de grande respeito com as equipas de arbitragem. Como tal merece todos os elogios possíveis.
Por não ser nada usual, um elogio público de um árbitro a um treinador, terminei com esta transcrição.
Em jeito de conclusão só seremos melhores se tomarmos iniciativas e formos diferentes. No fundo não é tanto uma questão de sermos melhores ou piores é mais uma questão de iniciativa e de sermos diferentes; e que a diferença resida no exemplo, de forma que o que fazemos, fale mais alto do que o que dizemos.
Que os anos dez sejam uma boa década para todos, são os meus votos.