Ovarense tem futuro assegurado
 
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Ovarense tem futuro assegurado

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Uma das principais explicações para a existência de uma cultura do basquetebol, bem enraizada em Aveiro, deve-se ao facto de a região ter sido pioneira na "adopção" da modalidade em Portugal. Desde que o "bola ao cesto" chegou ao nosso país, mais concretamente às localidades de Águeda, Aveiro e Ovar, decorria o ano de 1932, que o basquetebol faz parte das tradições aveirenses. Por esse motivo, mas também pelos reconhecidos méritos desportivos, quando se fala em basquetebol, é obrigatório falar da Ovarense.
 
Apesar de ter sido um dos primeiros clubes a aparecer em Portugal - foi mesmo um dos fundadores do I Campeonato Regional de Aveiro , o básquete da Ovarense acabou por desaparecer, ressurgindo em força na década de 70, pela mão do saudoso João Gonçalves. O primeiro grande feito aconteceu em 1976/77, quando o clube garantiu a subida à II Divisão, alegria redobrada na época seguinte com a promoção à I Divisão, onde se mantém desde então. "A existência do basquetebol na Ovarense deve-se ao Sr. João Gonçalves. Foi ele a pessoa que iniciou verdadeiramente o basquetebol em Ovar! Aliás, a Arena onde jogamos tem o nome dele, embora o 'naming' oficial seja Dolce Vita. Foi o nosso primeiro treinador, o primeiro dirigente, foi ele que lançou as sementes para o início do básquete aqui", destacou o director-desportivo do clube, José Eduardo.
 
Com um total de 370 atletas federados, orientados por 20 treinadores, a Ovarense é o clube com mais praticantes do país. Um facto que não surpreende José Eduardo. "O basquetebol tem muita tradição em Ovar. O sucesso desportivo e a credibilidade dos projectos da Ovarense ajudam a despertar a atenção dos miúdos para os modelos de referência, mas também é verdade que temos uma boa organização e boas condições para oferecer", apontou o dirigente, lembrando a importância da modalidade para a região. "Já tivemos cinco clubes em simultâneo na I Divisão (Sangalhos, Illiabum, Beira-Mar, Esgueira e Ovarense)", recordou. "Apesar de não sermos a região com mais praticantes (é o Porto), somos ,de certeza, a região onde o basquetebol é mais importante", finalizou.
 
Apesar de saber que a actual conjuntura económica mundial não é favorável aos clubes, qualquer que seja a modalidade, José Eduardo sublinha que as dificuldades financeiras são um dos principais entraves à evolução do basquetebol português.
 
"Mesmo com o apoio dos nossos patrocinadores, temos muitas dificuldades. Atendendo à crise global, estes apoiam dentro das suas possibilidades, mas apoiam menos do que acontecia há uns anos. Por exemplo, neste momento, temos uma redução no nosso orçamento de 70 por cento comparativamente há uns cinco anos", referiu o director-desportivo do clube de Ovar, apontando uma possível solução: transmissões televisivas em canal aberto. "A televisão é um factor essencial no desenvolvimento de qualquer espectáculo. A televisão permite ter mais patrocinadores, os patrocinadores permitem ter melhores jogadores e os melhores jogadores trazem mais público aos pavilhões. É uma bola de neve que efectivamente ajuda os clubes". "A redução sistemática que tem havido no número das transmissões televisivas e o facto de não haver jogos na televisão em canal aberto torna o basquetebol praticamente desconhecido do público", criticou José Eduardo, embora reconhecendo que a formação da Ovarense não tem sido muito prejudicada com este aspecto, uma vez que "a nossa formação vive muito do nível local".
 
José Eduardo recorda com saudade a passagem de Mário Elie pela Ovarense. Em finais da década de 80, o agora "adjunto" dos Sacramento Kings, actualmente com 46 anos, deu os primeiros passos como profissional no clube vareiro, antes de vir a sagrar-se tricampeão da NBA - Houston Rockets (93/94 e 94/95) e San Antonio Spurs (98/99). "Quando ele chegou cá era desconhecido. Não contratámos um jogador da NBA, mas um jogador que vinha da Irlanda. Via-se que tinha carisma, força interior e uma vontade enorme de atingir os seus objectivos", apontou o dirigente, considerando que Portugal continua a recrutar "excelentes jogadores".
 
"Básquete é um culto desportivo"
 
Com tantos jovens a praticar basquetebol, a Ovarense só pode perspectivar um futuro risonho. Quem o assegura é o novo coordenador da formação, Tam Ling. "Em Ovar há uma cultura desportiva de basquetebol", sublinhou o também treinador dos infantis masculinos, que não tem dúvidas que o futuro dos vareiros passa pela aposta nos mais jovens. "A formação é bastante importante, no sentido de podermos ligar a modalidade à cidade e às pessoas de Ovar. E, sobretudo, pelas questões económicas: se desenvolvermos um bom trabalho na formação, o clube vai certamente beneficiar com isso", analisou.
 
Tam Ling recordou ainda que o grande objectivo do clube passa por conseguir "desenvolver os miúdos por forma a que amanhã eles possam ser jogadores da equipa sénior". "O importante para nós é a formação do homem e do atleta. Mas a nível desportivo, dos 300 atletas que estão na nossa formação, daqui a cinco/dez anos, queremos ter um na equipa sénior, um de cada dez nas selecções, um de cada dez na equipa de juniores e um de cada dez juniores chegar à equipa sénior. Se conseguirmos isso todos os anos, significa que estamos a desenvolver um grande trabalho de formação", apontou, embora reconhecendo que não será um trabalho fácil. "Sabemos que há anos bons, nos quais aparecem miúdos muito talentosos, e anos maus. É sazonal e temos de saber viver com isso".
 
Numa época em que a "playstation" faz as delícias dos mais jovens, alguns clubes podem ver o futuro da sua formação ameaçado. Jogar ao lado de Cristiano Ronaldo ou Messi, Kobe Bryant ou LeBron James deixou de ser impossível graças às novas tecnologias e pode levar os mais jovens a preferir o sedentarismo ao desporto. A Ovarense sabe que tem de conviver com essa realidade, mas Tam Ling parece não estar preocupado. "Sem dúvida que vivemos numa sociedade informatizada, mas chegarmos ao nosso pavilhão e vermos 80/90 miúdos a treinar deixa-nos orgulhosos", sublinhou o coordenador da formação dos vareiros. "Os miúdos jogam, cada vez mais, basquetebol e futebol no sofá, mas sabermos que eles vêm aqui praticar desporto é gratificante para nós", vincou. "Compete-nos agora ensiná-los, para podermos colher alguns frutos no futuro", frisou Tam Ling.
 
 
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