Jamborees reforçam dinâmica do minibasket
 
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Jamborees reforçam dinâmica do minibasket

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altNa senda da divulgação do movimento do minibásquete, é um acto de inteira justiça ir falar com um dos Directores Técnicos, que empenhadamente se preocupa com o crescimento e melhoria da modalidade na sua região. Vamos falar com César Castro, vamos conhecer em termos de minibásquete uma das regiões do país, principalmente se levarmos em consideração, o rácio nº de habitantes por número de praticantes, onde esta actividade tem a maior implantação no país.
 
Vila Nova de Cerveira vai em breve ser palco de mais um jamboree realizado na região do Alto Minho, na tua opinião porque é que se realizam tantos Jamborees no distrito de Viana do Castelo?

Os Jamborees são solicitados pelos clubes e por proposta da A.B. de Viana do Castelo. para reforçar a dinâmica do MB num clube ou iniciar um novo clube como é o caso de V.N. de Cerveira. Os miúdos que vão aos Jamborees noutros locais e trazem excelentes recordações e “contagiam” os treinadores e dirigentes. A A.B.de Viana do Castelo tem tido, desde a sua fundação, o objectivo de ter um clube em cada Concelho do Distrito e acreditamos ser através do MB que o vamos conseguir. Já antes de haver o actual modelo de Jamboree, realizou-se um Jamboree em V.P. de Âncora (1995) que foi um enorme sucesso! O de V.N. de Cerveira é o 4º e temos proposta para que o 5º seja realizado em Melgaço, lugar onde queremos que o basquetebol “arranque”. Acreditamos que a motivação para a prática do basquetebol tem que começar no minibásquete e os Jamborees são um momento alto do MB. Se for no distrito de Viana do Castelo, melhor.

Que importância e impacto tem tido os jamborees na forte dinâmica do minibásquete da A.B. de Viana do Castelo?

Os Jamborees são uma forma de motivar, premiar ou cativar praticantes para o Basquetebol. O Jamboree de Viana do Castelo provocou um “boom” do minibásquete na capital do distrito onde surgiu a actual secção “feminina” da E.D.Viana e um aumento na quantidade de qualidade nos praticantes deste clube. Em Valença, deu um “empurrão” importante na cativação de atletas que ainda hoje estão a jogar no B.C.Valença e outros clubes fora do distrito. O Jamboree em Paredes de Coura foi o “MEGA” Jamboree que proporcionou a continuidade do basquetebol numa região onde já existe uma dinâmica forte nos escalões mais altos. Era necessário transmitir isso aos mais novos e conseguiu-se, surgindo equipas de Sub-13 e Sub-14 e reforço no MB. O de V.N. de Cerveira tem por objectivo iniciar um novo clube onde o basquetebol tem estado presente, mas não tem conseguido mobilizar praticantes. Estamos confiantes que vamos ter sucesso.

Tanto quanto sabemos para a grande dinâmica do minibásquete no seio da vossa Associação muito tem contribuído a vossa Tournê de Minibásquete. Queres nos dar uma informação desse projecto e de que forma tem evoluído essa actividade ao longo dos anos?

A Tourné foi iniciada há 10 anos como forma de motivar os praticantes de MB, fazer com que os clubes organizassem um torneio (no mínimo) por ano e para substituir os “encontros” que até então se organizavam e tinham pouca adesão. A ideia inicial foi de dar um “calendário bonito” aos praticantes para estes saberem sempre quando e onde se realizavam os torneios. Depois, achamos que devíamos premiar a participação, entregando um autocolante do clube organizador a cada participante e uma medalha no encontro final em função da assiduidade dos atletas (medalha de Excelência, Ouro, Prata e Bronze). Temos mantido estes princípios e a Tourné continua, embora com algumas alterações. Inicialmente, os torneios eram o dia todo com refeição incluída e os clubes levavam “autocarros cheios de atletas”  realizando-se muitos jogos competitivos. Agora são apenas da parte de tarde, tivemos que pôr o limite de 3 equipas por clube e para os atletas minis mais evoluídos, criamos o Campeonato Distrital de SUB-13 onde estes podem-se juntar aos SUB-14 de primeiro ano e ter mais competitividade. Continuamos com uma participação elevada em ambas as provas e com muitas inscrições no MB. O feminino é que ainda tem uma participação reduzida, algo que nos tem preocupado embora tenha sido através das Tournés que foram motivadas para o Basquetebol atletas femininas que hoje jogam ao mais alto nível.

Sem investimento não há desenvolvimento, quanto é que percentualmente a vossa Associação investe nas actividades de minibásquete e que projectos existem no seio da vossa Associação para o crescimento da modalidade?

O nosso investimento financeiro é muito limitado, uma vez que somos a Associação de menor dimensão geográfica e das menos populosas de Portugal continental. No entanto temos conseguido dar resposta aos projectos que têm sido pilares no desenvolvimento da modalidade, financiando os prémios do minibasquete e feito muito trabalho na organização e solicitação de meios (pavilhões gratuitos). Fruto da nossa experiência com a TOURNÉ e tendo em atenção o desnível nas inscrições entre praticantes femininos e masculinos, criamos o “Ticha Penicheiro – Circuito Feminino de Minibasquete” em colaboração com as Associações do Porto, Aveiro e Coimbra, aplicando os mesmos princípios da TOURNÉ, e temos tido muitos clubes a participar. Vamos na 4ª edição e temos conseguido consolidar o feminino em alguns clubes mas continuamos a ter dificuldade em fazer aumentar o número de equipas e inscrições femininas. Outro projecto que a A.B. de Viana do Castelo tem apoiado e está na sua primeira edição que é o “Inter-escolas da Escola Desportiva Limiana”. Atribuindo muito mérito ao clube que aplicou os princípios da TOURNÉ aos centros escolares do Concelho de Ponte de Lima, juntam cerca de 200 participantes no pavilhão municipal para participarem em 8 torneios, recebendo o respectivo diploma, autocolante e prémio no final da época. O projecto está a ser um grande sucesso e a E.D.Limiana deixou de participar nas TOURNÉS da A.B.Vi.C. por ter actividade própria e excesso de praticantes. Este ano é forte candidato ao prémio Cremilde Pereira.

Mudando de assunto sabemos que muitos dos jogadores formados nos clubes da vossa Associação surgem mais tarde a representar outras selecções distritais em Portimão na Festa do Basquetebol Juvenil, momento alto do basquetebol de formação. Pensas que as representações Associativas poderiam ser organizadas de outra forma?

Dos clubes da A.B.Viana do Castelo têm saído vários atletas ainda em idades jovens para integrar equipas que participam em campeonatos distritais mais competitivos. Embora seja motivo de orgulho, vermos os nossos atletas que vimos crescer nas Tournés a ter sucesso nos seus clubes, é com algum sentimento desconfortável que vimos os mesmos atletas, que tantos anos estiveram ao lado dos colegas com a mesma camisola, a apresentarem-se na equipa adversária nas Festas do Basquetebol Juvenil. Em alguns casos até criou desagrado entre antigos amigos que outrora riam juntos. A saída de atletas para clubes de outras associações é uma realidade que não podemos travar, e em alguns casos até felicitamos por saber que um atleta nosso entrou num clube de “top”. Mas para as Festas, somos da opinião que os atletas deveriam de regressar à Associação de origem, tal como acontece nas selecções Nacionais onde os atletas jogam noutros países, mas para as competições internacionais voltam a Portugal. Não só seria bom para a Associação, que via algum retorno pelos anos de formação e investimento no minibásquete, mas também equilibrava a competição nas Festas e motivava os atletas colegas dos que saíram para jogar noutras Associações. Aí sim. Seria mesmo uma Festa porque, para além todos os bons momentos que se vivem na Festa, servia também para reunir e trocar experiência e opiniões.

Uma pergunta difícil, na tua opinião o que poderá ser feito para melhorar o minibásquete na região na tua Associação e na Federação?

Penso que em primeiro lugar temos que continuar com os projectos que sabemos têm tido sucesso. Na A.B. de Viana do Castelo, continuamos com a TOURNÉ, o Ticha Penicheiro MB e incentivamos os clubes para organizarem pelo menos um torneio por época convidando equipas de outras localidades, tal como têm feito a E.D.Limiana com a “MiniMaratona”, B.C. Valença com o “Torneio Internacional da Cidade de Valença”, E.D.Viana com a “Edévia”, B.C.Coura com os “Jogos Desportivos”, “Festa de Minibasquete do Monção B.C.” e outros clubes que esporádicamente organizam torneios. Isto para nós é fundamental manter. Para melhorar, penso que podiamos formar uma equipa distrital que pudesse organizar um “Jamboree Distrital” por época ou algo semelhante como o Minicesto da Madeira. Este é o nosso próximo objectivo. Na Federação, penso que podia dar mais apoio com atribuição de material como bolas, a oferta dos diplomas ou os prémios para quem organiza torneios de ampla dimensão.

Qual a importância da divulgação do vosso excelente trabalho em prole do minibásquete num site como o Planeta Basket?

Gostávamos de ver a dinâmica do minibásquete também nas outras Associações, embora já se veja muito bom trabalho em todo país. Se podermos ajudar a melhorar o Basquetebol Nacional divulgando as nossas experiências, então que assim seja. O Planeta Basket é consultado por muita gente da família do Basquetebol e se a nossa experiência poder contribuir para melhorar o Minibasquete, então esta divulgação já cumpriu com o seu objectivo.

Terminamos como de habitualmente, que pergunta é gostarias que te fizessem e que resposta darias?

Frequentemente perguntam-me sobre o torneio que organizávamos, inicialmente no minibásquete e depois com os SUB-13 em Melgaço. Neste momento, temos a expectativa de poder participar em Paços de Ferreira onde será dado continuidade àquilo que começamos. Apoiamos a organização da “MiniFesta” em Paços de Ferreira e estaremos lá se a A.B. Viana do Castelo fôr convidada.

 

 

 

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