Conexões entre formação e competição (Parte II)
 
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Conexões entre formação e competição (Parte II)

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altSerá que o basquetebol de formação e o basquetebol de competição são assim tão diferentes? Veja o que pensa Xavi Garcia, autor de um artigo publicado no site espanhol Solobasket e traduzido pelo prof. Mário Barros.

 

 

Este é o segundo de três textos escritos pelo treinador espanhol, que nos próximos tempos, serão publicados em português no Planeta Basket.

Neste artigo pretendemos romper com a diferenciação entre os mundos da formação e da competição, procurando reflectir mais sobre aquilo que os une mais do que sobre aquilo que os separa.

No artigo anterior escrevemos sobre os hábitos, a dualidade aprender – competir, a especialização e a definição dos espaços do jogo; agora, vamos tratar de aspectos mais específicos.

- Situações tácticas básicas (poste, bloqueio indirecto e bloqueio directo) -

Estas situações são a base de qualquer jogo ou sistema numa equipa sénior. Curiosamente, no basquetebol de base que se considera “puro” predomina o 1x1, o corte, o ritmo, a pressão e os espaços. A nível teórico a realidade é esta; cada etapa tem os seus conteúdos, mas, a nível prático isto é insuficiente.

No basquetebol jovem dificilmente se encontra um bom equilíbrio de jogo quando acontece o passe dentro. Uma coisa é dizer-se em determinado momento que já podemos jogar na posição poste, outra é saber quem e como se ensina a jogar aí; o simples facto de se utilizar o jogador poste muda muitas das disposições anteriores (1x1, cortes, etc. …) e nascem outras.

Cremos que é fundamental que os treinadores de jovens se fixem na ocupação dos espaços e nos conceitos do jogo, nos detalhes técnicos e tácticos, tal e qual como os treinadores que trabalham com elites e ensinem os conceitos básicos; quando e como passamos dentro e o que fazem os restantes jogadores quando a bola entra. E, algo que é óbvio e que descuidamos: ensinar o jogador a ganhar posição e a pedir a bola.

Este mesmo raciocínio serve para os bloqueios directos e indirectos. Quantos maus bloqueios se fazem desde os cadetes até aos seniores. Não há qualquer justificação para que não se ensine desde o início a execução correcta dos bloqueios a nível postural, espacial e temporal. A opção correcta será pois, ensinar bem e…desde o principio.

- Defesa à zona -

É um dos grandes tabus. Nesses momentos, os treinadores têm a sensação de estar a atirar uma moeda ao ar. Experimentam a zona para treinar o ataque. E, se em seniores, os jogadores, eventualmente, dominam os conceitos tácticos e estratégicos dos quandos e dos porquês da introdução da zona e a forma de a atacar, a verdade é que quase nenhum júnior tem os conceitos básicos de como mover-se no universo das zonas.

E agora, a pergunta chave. Por que razão deveríamos usar a zona na formação? E a resposta correcta é: para ensinar todos os detalhes deste tipo de defesa. Por exemplo, a defesa em tandem, o trabalho dos defesas laterais, a posição de cada jogador em função da bola, a definição de responsabilidades e áreas de influência, etc, numa zona 2-3. Outro ensino está relacionado com a mentalidade (um mau hábito muito generalizado) que é associar a zona a um decréscimo de intensidade.

- Scouting -

Outra ideia que deveria ser posta em prática nas categorias jovens. Como todos sabemos há dois tipos de scouting, o nosso e o do rival. Desenvolver o nosso scouting, gravar e editar vídeos dos nossos jogos educa o jovem jogador a utilizar a ferramenta da imagem como suporte válido para identificar erros e assim tomar consciência da possibilidade de aperfeiçoamento. Também, a partir de certo momento, utilizar as estruturas básicas do scouting do rival, pontos fortes e fracos para ajustar pequenos detalhes tácticos, é uma aprendizagem possível antes de chegar ao máximo nível. Por exemplo, se sabemos que a equipa adversária faz 2c1 nos bloqueios directos, reforçar a questão dos espaços para as triangulações.

- Oferta e procura -

Na minha humilde opinião, às vezes a formação gera um produto que não se ajusta à procura, e como sempre, falamos do jogador normal, os talentos “comem à parte” e chegam porque têm de chegar, mas haveria muitos mais que poderiam atingir um nível mais elevado se ajustarmos estes dois conceitos (oferta e procura). Assim teríamos jogadores mais que suficientes para cobrir as competições.

P.S. No artigo final vamos desenvolver este tema “Oferta e Procura”.
 

 

 


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