Diz-me onde gastas o dinheiro…
 
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Diz-me onde gastas o dinheiro…

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altFinalmente e depois de duas oportunas entrevistas ao Armindo Calção e Pedro Silveira, termino a minha sequência de textos sobre o tema “Desenvolver o minibásquete, que estratégias.

Quero referir que não há soluções mágicas. Não devemos estar sempre à espera que nos indiquem o caminho, devemos reflectir e procurar soluções e empenharmo-nos por pô-las em prática. Os textos publicados foram sugestões que partiram sempre do mesmo princípio: no minibásquete o fundamental é a criança. Como já referi em várias ocasiões não há apenas um caminho, existem vários. Quando pensamos que encontramos todas as soluções, surge sempre mais uma hipótese, pelo que todas as opções e caminhos são legítimos desde que tenham consistência, coerência interna e apresentem resultados. Num breve resumo dos textos anteriores poderemos dizer que para o desenvolvimento de um projecto de minibásquete é necessário:

- Compreender quais são as fontes de financiamento;

- Perceber que temos de obter financiamentos, pois sem investimento não há desenvolvimento;

E levar em consideração que:

- Em eventos de qualidade não se gasta necessariamente mais, e são pólos de mobilização;

- Eventos mal organizados desmotivam as pessoas.

- Não existem projectos sem comunicação e divulgação do que é feito;

- Tudo depende do contexto;

- As pessoas são o maior capital de qualquer projecto;

Os problemas de fundo da formação desportiva, nomeadamente das suas etapas iniciais, passam por um conjunto muito alargado de circunstâncias, que estão há muito identificadas, mas que não são fáceis de modificar. Passam, como já referi e salvo melhor opinião, pela organização da actividade escolar, nomeadamente programas e horários, pelas opções de quem gere as fontes de financiamento das actividades desportivas, estado, autarquias, federações, associações, clubes, etc., pela organização e racionalização dos recursos existentes e pela qualidade dos seus agentes: dirigentes e técnicos.

Para mim ter consciência, que na base de todo este processo está a criança e o seu desenvolvimento, é decisivo para que possamos influenciar quem decide. Os problemas de fundo são difíceis de resolver, mas não imutáveis. Proceder à sua modificação implica alterar atitudes e comportamentos, o que é sempre o mais difícil. Contudo, ter conhecimento real dos problemas é o primeiro passo para a sua resolução. As respostas, não havendo capacidade de grandes transformações, encontram-se nas pequenas tomadas de posição que pouco a pouco vão possibilitando a mudança. Como costumo dizer, resolvidas as necessidades essenciais, diz-me onde gastas o dinheiro e eu facilmente, dir-te-ei o que consideras mais importante. Esta é uma verdade que se aplica a pessoas e a entidades.

 

 


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