Dificuldades de um jogador americano
 
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Dificuldades de um jogador americano

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altAito Garcia Reneses foi treinador principal, e director desportivo do Barcelona durante muitos anos, onde as suas equipas ganharam 3 campeonatos da primeira divisão, 3 taças de Espanha, 1 taça do rei, 2 taças FIBA Europa, e 2 taças Korac.

Desde 2003 que Reneses foi treinador do Badalona, onde ganhou 1 taça FIBA Europa (2006), 1 taça do rei (2008) e 1 taça ULEB (2008). Foi considerado o treinador do ano da taça ULEB na época 2007/2008. Em 2008 liderou a selecção nacional espanhola nos Jogos Olímpicos de Beijing, conquistando a medalha de prata. Desde aí é o treinador principal do Unicaja Málaga.

Nos jogos olímpicos de 1984 em Los Angeles, a equipa espanhola jogou mal, e perdeu a medalha de ouro para a equipa americana. Os jogadores americanos eram todos estudantes universitários, e tinham em média 21 anos de idade. Em 1992, em Barcelona, os EUA foram representados pela primeira vez por jogadores profissionais da NBA. Esta equipa, composta por jogadores como Larry Bird, Magic Johnson, Michael Jordan, e outras estrelas, esmagou todos os seus adversários, e conquistou facilmente a medalha de ouro. Ainda hoje, essa equipa é conhecida como a “Dream Team”.

Desde essa altura, outras equipas americanas, constituídas por jogadores da NBA foram apelidadas de “Dream Team”, no entanto, quando disputaram títulos internacionais, não foram capazes de alcançar a vitória. Não eram lá grande “Dream Team”. O nível do basketball progrediu muito por todo o mundo desde 1992, e os americanos aperceberam-se que necessitavam duma melhor e mais longa preparação, de trabalhar mais em equipa, de maneira a vencerem uma competição internacional. Já não podiam depender da sua superioridade física, força, velocidade, com apenas uma ou duas semanas de preparação. Tinham que defender de forma mais agressiva. Tinham que trabalhar em equipa. Esta clara falta de preparação foi evidente quando os americanos perderam novamente, desta vez nas meias-finais dos campeonatos mundiais da FIBA em 2004 com a Argentina. Ainda sem perceberem que tinham de ter mais tempo para se prepararem colectivamente ao longo do ano, os Americanos e as estrelas da NBA perderam outra vez, agora com a Espanha, num jogo pelo 5º lugar do campeonato mundial da FIBA em 2006. O campeonato foi disputado em Indianopolis, Indiana, e os fãs americanos testemunharam que a equipa americana e as suas estrelas da NBA já não eram os melhores jogadores do mundo. Nos jogos olímpicos de 2008 em Beijing, a selecção dos EUA recuperou a supremacia perdida, vencendo a Espanha no jogo da final. Temos que admitir que, jogando com as regras da FIBA, os jogadores da NBA estavam em desvantagem – mas não necessariamente – porque alguns árbitros eram demasiado liberais na sua interpretação das regras, como por exemplo os passos. No futuro, a unificação das regras irá trazer muitas vantagens. A NBA introduziu novas regras, como a defesa zona, e muitos jogadores estão a tentar adaptar-se e a tentar utilizar isso para seu benefício. A adopção da zona indica que a NBA reconheceu que o seu jogo se estava a tornar muito individualista (muitos 1 para 1), estava a perder a característica fundamental do nosso desporto, que é o jogo de equipa.

No último artigo que escrevi com Sito Alonso (treinador principal do Badalona, e antigo assitente de Aito) para apoio FIBA (volume 32), analisámos os momentos de relaxamento em que os jogadores entram muitas vezes durante os jogos, em vez de dar o seu melhor sempre que estão dentro de campo, e relaxar no banco. Naquilo que toca a ex-jogadores da NBA que actuam agora na Europa, esta atitude é uma consequência da importância que eles dão ao 1 para 1. Infelizmente, os outros quatro jogadores em campo, normalmente ficam passivos à espera que algo aconteça, em vez de participarem de participarem de forma activa no ataque da equipa. Sabemos que na Europa e no resto do mundo, o trabalho de equipa é fundamental, onde os jogadores se concentram na movimentação sem bola no ataque, e na entreajuda na defesa.

Muitos ex-jogadores da NBA, que vêm para a Europa sem um bom lançamento exterior, ficam surpreendidos quando lhes aparece uma defesa zona que “fecha” a área restritiva, impedindo os jogadores de penetrarem, como faziam nos EUA. De maneira a terem sucesso na Europa, estes jogadores têm que mudar o seu estilo de jogo, têm que se integrar no conceito de ataque colectivo, de maneira a ajudar a equipa. Infelizmente, alguns jogadores não têm humildade suficiente para fazer isto, talvez nem para tentar perceber porquê que é necessário fazer estas alterações no seu jogo.

Certamente que os jogadores Americanos vão eventualmente reconhecer o erro neste tipo de pensamento, e irão eventualmente atingir o estatuto de melhores jogadores do mundo. Na Europa, temos que aprender com os muitos problemas encontrados pelos jogadores e pelas selecções americanas nos últimos 16 anos, e fazer o nosso melhor para evitá-los. Ao fazer isso podemos ter a certeza que o nosso estilo único de jogar basketball vai continuar a melhorar e a crescer cada vez mais.  

Tradução Francisco Pessoa

 

 


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