Depois do êxito na ronda inaugural, as Sub 20 portuguesas começam a fazer história ao repetirem o feito, desta vez frente a Israel, tradicionalmente um adversário complicado que joga sempre no limite, com grande entrega e raça.

A vitória (60-46) não espelha o equilíbrio verificado ao longo de toda a partida, nomeadamente nos três primeiros parciais, com o marcador a assinalar 48-41 a nosso favor, no final do 3º período. Todavia no derradeiro quarto (12-5), uma forte defesa lusa manietou completamente o ataque adversário. Decisivas foram as prestações das segundas linhas, que saltaram do banco sendo duas delas as melhores marcadoras da equipa, casos de Marcy Gonçalves e Francisca Braga, respectivamente com 24 e 22 minutos de utilização, cada uma autora de 10 pontos, com a primeira a marcar de forma implacável a melhor jogadora israelita (a base Naama Shafir) que na véspera tinha contabilizado 20 pontos ante a Grécia. Shafir teve de se contentar com 9 pontos, com percentagens fraquíssimas. Carolina Escórcio também foi de grande utilidade, ao conseguir 4 pontos e 5 ressaltos nos 17 minutos em que esteve em campo.

A poste Sofia Carolina logo no início do encontro, num lance fortuito, abriu o queixo, tendo sido suturada imediatamente. Voltou mais tarde a reentrar e numa atitude de grande sacrifício ainda teve capacidade para marcar 5 pontos e capturar 8 ressaltos em 18 minutos de utilização.      

Em termos individuais, destaque para Marcy Gonçalves (10 pontos, 2/3 nos triplos, 3 ressaltos sendo 2 ofensivos, duas assistências, 1 roubo, 2 desarmes de lançamento e 2 faltas provocadas, com 4/4 nos lances livres), Francisca Braga (10 pontos, 3/3 nos duplos, 3 ressaltos defensivos, 1 desarme de lançamento e 2 faltas provocadas, com 4/4 nos lances livres), Luiana Livulo (9 pontos, 8 ressaltos sendo 1 ofensivo, duas assistências, 3 desarmes de lançamento e 3 faltas provocadas) e ainda Michélle Brandão, ontem a nossa melhor ressaltadora (5 pontos, 9 ressaltos defensivos e duas assistências), a despeito de pouco eficaz nos duplos.

Em termos colectivos, Portugal voltou a ganhar as tabelas (45-32 ressaltos), com grande superioridade na tabela defensiva (37-23 ressaltos) e também foi mais eficaz nos lançamentos de 2 pontos (47%-19%), enquanto nos triplos (25%-22%) e nos lances livres (68%-65%) houve bem mais equilíbrio, destacando-se também nos desarmes de lançamento (6 vs 0).

Na equipa de Israel as mais certas foram Idit Oryon, autora de um duplo-duplo (10 pontos, 11 ressaltos sendo 4 ofensivos, 3 assistências e 2 roubos) e Shira Shecht (13 pontos, 3 triplos e 3 ressaltos), enquanto a base Naama Shafir (9 pontos, 5 ressaltos, 3 assistências e 5 roubos) viu a sua valorização ser fortemente penalizada pela sua fraquíssima eficácia (1/12 nos duplos e 0/4 nos triplos).

Nos erros cometidos (20-12 turnovers) e nos roubos (6-11) as israelitas foram melhores.

No outro jogo do Grupo A, a Eslováquia derrotou a Áustria por 65-44. Portugal lidera invicto ao cabo das duas primeiras jornadas.  

Hoje o adversário das portuguesas é a Grécia, com a partida a iniciar-se às 14h15.