Quem quer ser campeão?
 
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Quem quer ser campeão?

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altNa última semana dei a minha opinião sobre a forma a encarar o basket nos escalões jovens.

A questão levantada por um dos leitores, que me perguntava como poderíamos combater a saída de atletas de clubes menos fortes para os clubes mais fortes, muitas vezes influenciados pelos próprios pais, é de todo interessante.

Eu acredito seriamente que não basta querer as coisas para elas acontecerem… Temos de criar as condições necessárias para elas acontecerem. Temos de lutar por elas.

Como já referi noutros artigos toda a gente gosta de ganhar… Se nós, adultos, queremos ganhar, imaginemos os jovens atletas que ainda pouco valor dão à aquisição de competências basquetebolisticas…

Contudo, penso que o ponto crítico nesta questão não passa pelos jovens, mas sim pelos clubes.

Estão enganados aqueles que dizem: “no meu clube apenas formamos jogadores, não interessam as vitórias…”

Todo o atleta precisa de conviver com a vitória, e se o clube fosse realmente bom formador de jogadores a sequência natural seria o clube aparecer no mapa dos clubes vitoriosos.

Mas dêmos uma vista de olhos pela nossa realidade…

Quem são normalmente os nossos treinadores de mini-basket?

Muitas vezes, jovens ainda inexperientes e com poucos anos dentro da modalidade, seja em que papel for, e que por qualquer motivo foram encaminhados para treinadores.

O grave disto é que pela falta de anos de basket é perfeitamente normal que haja pouco para transmitir aos “miúdos”.

Sabemos que é importante no mini-basket prender os atletas à modalidade, mas é também no mini-basket que estes começam a adquirir competências para dar os próximos passos na modalidade, e o que acontece normalmente é que o atleta tenha como referencia o seu

treinador.

È então importante que o treinador tenha competências, tenha conhecimento da modalidade, tenha objectivos definidos e para mim também importante mas muitas vezes desvalorizado, é que o treinador saiba executar o que pede aos atletas…

Não podemos esquecer que os jovens atletas aprendem, visualizando.

No seguimento dos escalões a lógica deve ser a mesma, aumentando claro a aquisição de conhecimentos.

Temos portanto de mudar a nossa mentalidade, e esta mudança tem de partir das direcções e coordenação dos clubes.

Deixemos de ser os pobres coitados que não conseguimos ganhar porque o nosso melhor atleta saiu para outro clube, e vamos passar a formar com mais qualidade para que os jogadores não se sintam tentados a sair. As vitórias serão naturais se a formação for eficaz.

Em suma, para mim o segredo para os jovens atletas não saírem do clube onde estão para um clube que ganha títulos, é que o tal clube onde jogam também queira ganhar títulos. Que forme a ganhar.

Acredito firmemente que assim estaremos a formar melhor e que esse é o caminho certo para darmos o bom rumo que todos desejamos para o basket português.

 

 


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